COP26: os compromissos da conferência e como podemos combater a crise climática
Série discutirá alguns dos principais temas em pauta no evento, como os desafios dos países para conter a emissão de gases e o racismo ambiental
A COP26, Conferência Mundial das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que começa no próximo domingo (31) em Glasgow, na Escócia, é considerada a última chance para os países firmarem compromissos para combater a crise climática.
O evento, que acontece anualmente e foi adiado no ano passado por causa da pandemia, acontece em um momento crucial. Um relatório da Organização das Nações Unidas mostrou que, mantidos os compromissos atuais dos países com o corte de emissões de gases de efeito estufa, o planeta pode ter um aumento de temperatura médio de 2,7ºC ainda neste século.
Pode parecer pouco, mas cientistas veem um aumento de dois graus como um limite crítico em que eventos extremos que já presenciamos hoje, como o derretimento de geleiras, aumento do nível do mar, inundações, incêndios florestais e a desertificação de áreas densamente povoadas, se tornariam cada vez mais frequentes e intensos.
A conferência é aguardada para que países, empresas e sociedade civil tornem mais ambiciosas as metas de emissão de gases até 2030
Por isso a conferência é aguardada, principalmente, para que os líderes de diversos países — assim como empresas e entidades da sociedade civil organizada — tornem mais ambiciosas as metas de emissão de gases até 2030, período chave para limitar o aquecimento do planeta em 1,5ºC.
O Brasil, segundo a ONU, é o único país do G20 que recuou em sua promessa de cortes de emissão de gases de efeito estufa, adicionando mais 400 milhões de toneladas de carbono a serem lançados por ano na atmosfera até 2030.
Neste cenário, a Gama preparou uma cobertura especial para discutir algumas das principais questões que estarão no foco do maior evento sobre mudanças climáticas do planeta. A cobertura tem apoio de Nescafé Origens do Brasil, que assumiu o compromisso de, até 2022, tornar-se a primeira marca carbono neutro do país de café solúvel e para coar. Em parceria com a ONG SOS Mata Atlântica, a marca de café da Nestlé plantará 3 milhões de árvores no bioma pelos próximos cinco anos.
“Vivemos no dia a dia a máxima de ‘grandes poderes trazem grandes responsabilidades’: como a maior marca de café do planeta, possuímos o principal programa de sustentabilidade de toda a cafeicultura – que em setembro completou dez anos de cuidados com o produtor, os processos e a natureza”, afirma Rachel Muller, diretora de cafés da Nestlé.
Durante os 13 dias de realização da COP26, a série de reportagens da Gama trará a visão de ativistas brasileiros no evento sobre os desafios que o país enfrenta. Jovens lideranças e influenciadores sobre preservação vão ensinar que práticas no dia a dia nós, como cidadãos, podemos adotar por uma vida mais sustentável.
Traremos ao debate também por que a agenda do clima não está dissociada do combate ao racismo ambiental, isto é, de como os efeitos da mudança climática afetam mais rapidamente populações vulneráveis. Conheceremos ainda as iniciativas de diversas empresas brasileiras que vêm assumindo, na iniciativa privada, compromissos para atender à crescente demanda de práticas sustentáveis.
Após a realização da COP26, outra reportagem discutirá com especialistas na questão ambiental seus possíveis avanços e retrocessos e como o Brasil ainda pode assumir uma posição de liderança global nas iniciativas de preservação ambiental.
Conteúdo produzido como parte da Cobertura Especial sobre a COP26, realizada em parceria com Nescafé Origens do Brasil.