Cindy Sherman, 67, fotógrafa e diretora de cinema norte-americana, já se transformou em muitas personas. A artista utiliza da AUTOIMAGEM para questionar o papel da mulher na sociedade, além de levantar pautas como a igualdade de gênero e os padrões de beleza. No final dos anos 1970, ela desenvolveu uma icônica série de fotografias intituladas “Untitled Film Stills”, onde representou os estereótipos femininos hollywoodianos.

O estresse e a ansiedade durante a pandemia acaba afetando a nossa saúde mental — e o nosso cérebro — de diversas maneiras, inclusive tem interferido cada vez mais a nossa memória. Já imaginou se perder de si mesmo ao ponto das suas lembranças ficarem distorcidas? Não ser capaz de lidar com o limite entre a realidade e a ilusão, inclusive com informações sobre SI MESMO faz parte do dia a dia de pessoas que possuem transtorno dissociativo de identidade, doença psiquiátrica que atinge 1% da população e a repórter do New York Times, Jane E. Brody, realizou uma resenha sobre o documentário “Busy Inside”, que relata a rotina das vítimas dessa doença crônica.

Já dizia o dramaturgo e jornalista Millôr Fernandes (1923-2012)

Muito além do que um corte, a transição capilar pode ser uma forma de EMPODERAMENTO. No filme “Felicidade por um Fio” (2018), Violet Jones (Sanaa Lathan) é uma publicitária de muito sucesso e que acredita ser bem resolvida, quando na verdade é controladora, perfeccionista e infeliz. Sempre planejando os mínimos detalhes da sua vida para não decepcionar ninguém ao seu redor, Violet não contava passar por um erro profissional de um cabeleireiro e, a partir disso, conhecer uma versão de si mesma que ela não tinha ideia que existia.

Conviver consigo próprio pode ser uma dádiva — ou um pesadelo. Em isolamento por conta da pandemia, pessoas que antes sonhavam em morar sozinhas, passaram a precisar de orientações para lidar com a SOLIDÃO DA QUARENTENA. Entre as dicas estão:

1 – Aceitar que certos eventos estão acima do nosso controle;

2 – Criar uma rotina e estabelecer objetivos a serem cumpridos;

3 – Anotar coisas que nos fazem felizes ao longo do dia, além de pequenos feitos conquistados.

A matéria da BBC também apresenta o perfil GIRLS OF ISOLATION, que compartilha selfies criativas de mulheres que enfrentam o isolamento sozinhas.

“PERSONA”, o clássico sueco de 1966, acompanha a história de Elisabeth Vogler (Liv Ulnmann), uma atriz que depois de ficar muda recebe cuidados de uma enfermeira em uma casa reclusa. Em dado momento, há uma sobreposição de imagens que funde o rosto das duas personagens. Um retrato das crises de identidade que assolam especialmente a enfermeira Alma, interpretrada por Bibi Andersson, ao longo do filme. Essa, que é uma das produções mais enigmáticas de Ingmar Bergman, merece ser vista e revista quando se fala de autoconhecimento e primor cinematográfico.

E afinal, QUEM SOU EU? A pergunta fundamental pode tirar o sono, mas com o teste 16 Personalities, parece ser possível encontrar vestígios da resposta. Durante anos, os pesquisadores Raymond B. Cattell, Maurice Tatsuoka e Herbert Eber se dedicaram ao que chamam de “Sixteen Personality Factor Questionnaire”, um compilado de dezenas de afirmações às quais se deve responder se concorda ou discorda. Com as informações coletadas, o teste produz um relatório que define mente, energia, natureza das decisões, personalidade no trabalho e identidade.

Mesmo que cada vez mais mulheres estejam aderindo ao uso de vibradores e outros acessórios sexuais (principalmente durante a pandemia), isso não significa que não existam mitos e preconceitos em relação aos brinquedos eróticos. Se o SEXO A UM aumentou, é hora de entender os MITOS E VERDADES SOBRE OS VIBRADORES.

No fim do dia, o que nos resta é nossa própria companhia, já diria a rainha Beyoncé. Sua música “ME, MYSELF AND I” (2003) versa sobre uma decepção amorosa, e como o melhor remédio para curar um coração partido é uma boa dose de si mesmo.

PABLLO VITTAR, FERNANDA GENTIL, MIGUEL NICOLELIS, ZEZÉ MOTTA. Em um ano de Gama , a seção QUESTIONÁRIO PROUST trouxe artistas, escritores, médicos e personalidades em geral para responder às clássicas 35 perguntas listadas pelo autor francês Michael Proust (1891-1922) e encontradas em 1924.  Esse conjunto é capaz de revelar muito sobre quem topa preencher o questionário e vale até como exercício para saber um pouco mais sobre nós mesmos. Já tentou responder?