A fotógrafa francesa Julie Glassberg acompanhou durante três anos o Black Label Bike Club. Fundado nos anos 1990, o grupo de contracultura americano é conhecido por soldar suas próprias bikes e por praticar a justa, espécie de combate medieval, montado em bicicletas bem altas.

Em Salvador (BA), o La Frida Bike tem como objetivo INCENTIVAR MULHERES NEGRAS A USAREM A BICICLETA como veículo de transporte. Fundado por Lívia Suarez, o coletivo envolve uma série de projetos, desde aulas e workshops a venda de produtos exclusivos como capacetes para cabelos crespos. No espaço físico, tocam um café e uma oficina, fazem aluguel e tours de bikes e organizam shows e rodas de conversa.

Você conhece a Vela 2? Trata-se de uma uma BICICLETA ELÉTRICA TOTALMENTE BRASILEIRA inspirada no design de modelos europeus antigos. Pensada para o deslocamento urbano, ela funciona a partir de um aplicativo, chega a 25 quilômetros por hora e tem potência para encarar qualquer subida. Gama explica porque ela é tão desejada.

Afuá, no arquipélago de Marajó (PA), é conhecida por TER MAIS BICICLETAS DO QUE GENTE: desde 2002, é proibido o uso de qualquer veículo motor, incluindo elétricos, em suas ruas. Nessa cidade de 40 mil habitantes toda construída sobre palafitas devido às cheias do rio Amazonas, ambulâncias, bombeiros e táxis funcionam com bicicletas – este vídeo e esta bela reportagem fotográfica mostram alguns dos arranjos criativos feitos para dar um up nas magrelas.

Em agosto, o CICLOATIVISMO PERDEU A VOZ POTENTE de Erika Sallum (1976-2021), que faleceu em decorrência de um câncer. A jornalista trabalhou no jornal Folha de S. Paulo, no qual escrevia o blog “Ciclocosmo” (hoje tocado por seu  então companheiro, Caio Guatelli) e em revistas como Go Outside e Bicycling Brasil. Entre suas ações, ela lutou pela consolidação e ampliação da ciclovia da marginal do rio Pinheiros, em São Paulo, e criou ali uma oficina de mecânicos voltada para a população carente.

Marcos Valle na música “Bicicleta” (1984).

Não são poucas as histórias de gente que se desafiou em VIAGENS LONGUÍSSIMAS DE BICICLETA mundo afora. Uma impressionante é a do carioca Ricardo Martins: em sua primeira jornada, ele saiu de casa com R$ 385 no bolso e pedalou 25 mil quilômetros pela América do Sul. Depois, ele montou em uma bicicleta de bambu feita à mão (que ele nomeou Dulcinéia) e foi da Cidade do Cabo, na África do Sul, até Alexandria, no Egito, em um ano e meio. Agora, ele segue com a mesma bike pela Europa, onde já passou por países como Holanda, Grécia e Inglaterra.

Como é ser CICLISTA EM SÃO PAULO? Em reportagem recente, Gama explica os desafios de se pedalar na maior cidade do país e mostra que, entre avanços e retrocessos de políticas públicas com as trocas de gestões, São Paulo ainda é insegura para ciclistas, com alto número de acidentes fatais e precarização dos espaços.

Uma das COMPETIÇÕES MAIS INSANAS DE BICICLETA que há é o Red Bull Rampage, organizado há 20 anos nos EUA. O evento é dedicado à modalidade de mountain bike “freeride”, que consiste em transpor obstáculos naturais com manobras e saltos. Nas provas do Rampage, os participantes descem montanhas íngremes e voam pelo ar em malabarismos absurdos. Na última edição, o canadense Brandon Semenuk se consagrou tetracampeão.

Talvez um dos mais adoráveis filmes sobre uma PAIXÃO POR BICICLETAS seja a animação francesa ”As Bicicletas de Belleville” (2003). A trama conta a história de Champion, um menino triste que ganha uma bicicleta de sua avó, Madame Souza. Com o passar dos anos, ele se torna um ciclista submetido a um treinamento rigoroso; porém, quando vai participar da famosa Volta da França, é sequestrado pela máfia, e sua avó e seu cachorrinho partem em uma aventura para encontrá-lo.