A unidade brasileira da School of Life, fundada pelo filósofo suíço Alain de Botton, oferece workshops online com temas como “Como manter a mente sã”, “O poder da inteligência emocional” e “DESENVOLVENDO A CALMA”, ministrados por profissionais como o psiquiatra Guilherme Spadini e a psicóloga Desirée da Cruz Cassado, ambos mestres pela USP. 

No livro “A Mente Organizada: Como pensar com clareza na era da sobrecarga de informação” (Objetiva, 2015), o neurocientista americano Daniel J. Levitin aborda a questão do EXCESSO DE INFORMAÇÃO no século 21 e apresenta caminhos para assumir o controle de nossos sistemas de atenção e memória para viver com mais tranquilidade.

Isso é que é desacelerar: a italiana Valentina Miozzo foi sozinha passar a pandemia administrando uma pousada em uma cidade de 28 habitantes no norte da Noruega, em pleno Círculo Polar Ártico. Reportagem da CNN conta um pouco sobre a vivência dela nesse lugar inóspito, onde sol não se põe de meados de maio a julho e, no inverno, faz dois meses de completa escuridão. 

Para repensar prioridades, “Minimalismo: um documentário sobre as coisas importantes” (2016), disponível na Netflix, traz reflexões interessantes para cultivar a simplicidade – ainda que deixe de lado discussões importantes sobre diferenças culturais e de classe. O filme gira em torno da turnê literária dos americanos Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus, criadores do site The Minimalists, e mostra experiências de pessoas engajadas em ter uma VIDA MAIS MINIMALISTA e menos materialista.

A artista gaúcha Manuela Eichner criou seu projeto de colagem mais recente, chamado “O que corpo lembra”, inspirada em uma temporada em uma moradia artística que a ajudou a FAZER AS PAZES COM O TEMPO: “Não podemos controlar, desprezar, contestar, renunciar o tempo; é preciso reverenciar, cultivar, acatar o tempo, com todo o corpo. Nossa relação com o tempo não pode ser uma luta, precisa ser uma dança.”

A ESCRITA TERAPÊUTICA, usada para lidar com questões emocionais e desbloquear a criatividade, tem ganhado adeptos. O psicólogo americano James Pennebaker escreveu livros sobre o assunto nos anos 1980, mas a ideia ganhou mais popularidade com “O Caminho do Artista” (Sextante, 2017), da romancista, dramaturga e professora americana Julia Cameron. Ela apresenta a prática das “morning pages”, que consiste em escrever três páginas todos os dias logo depois de acordar com qualquer coisa que venha à cabeça – segundo ela, é um exercício de autoconhecimento e de “drenagem mental”. A marca de produtos de bem-estar Holistix criou até um caderninho inspirado no livro.

Ilustração do pernambucano Pedro Vinício, um menino de 15 anos que viralizou com suas mensagens irônicas (e certeiras) sobre saúde mental.

Em algumas bolhas pelo Brasil se fala em um movimento “neo-rural”, de pessoas saindo dos grandes centros urbanos para VIVER NO CAMPO. Se você tem considerado essa ideia, projetos como o Instituto Pindorama, na região serrana do Rio, dão cursos presenciais e online sobre como criar um sítio rentável, construir casas ecológicas e se mudar para o campo mesmo sem ter terras.

Como a FALTA DE CONTATO COM A NATUREZA afeta crianças de ambientes urbanos? O documentário brasileiro “O Começo da Vida 2” (2020) viaja por países como Brasil, Estados Unidos e Peru e entrevista autoridades no tema como o americano Richard Louv, que cunhou o termo “TRANSTORNO DE DÉFICIT DE NATUREZA”. O filme revela que a vida no concreto prejudica a saúde mental e física dos mais jovens e mostra escolas e organizações que se dedicam a trazer mais verde para a vida deles.

Às vezes, para desacelerar, é preciso MUDAR DE ARES. Movimento comum na pandemia entre uma parcela da população foi o de alugar casas de temporada no interior ou no litoral – essa seleção traz boas opções a menos de 100 km de São Paulo (SP). Para uma vibe mais zen, pousadas, hotéis e centros de yoga e meditação pelo Brasil dão a oportunidade de relaxar em meio à natureza com programações diversas e alimentação saudável.