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Gama selecionou 31 longas-metragens de horror, divididos por subgêneros e temas, para inspirar novos espectadores do medo
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Filmes de terror para iniciantes
Gama selecionou 31 longas-metragens de horror, divididos por subgêneros e temas, para inspirar novos espectadores do medo
Há filmes, como as comédias românticas, que causam bem-estar, alegria, boas risadas, crises de choro, apaixonamento. Já outros, mais sombrios, a exemplo das obras de terror, provocam medo, angústia, pavor — ainda assim, há quem goste dessas sensações. Algumas pessoas, porém, nem pensam em assistir, mesmo que com um olho aberto e o outro fechado.
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Pensando nesses espectadores que nunca deram uma chance ao cinema de horror, Gama selecionou 31 longas-metragens. A lista reúne títulos — todos recentes, de dez anos para cá — para quem quer sentir só um pouco de medo, mas, sobretudo, deseja rir de situações tenebrosas, para os que privilegiam as produções nacionais, para curtir um clima mais sexy em meio ao terror com sexo e atrações para quem quer pensar a maternidade pelo viés do gênero. Veja, abaixo, a seleção.
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Renfield “TERRIR”, DO MEDINHO ÀS GARGALHADAS
Risos nervosos, sátiras e risadas de faltar o ar
O “terrir”, que vai do medinho às gargalhadas, pode ser uma opção divertida e leve. Em 2023, três exemplares do gênero se destacaram. Confira:
“Beau Tem Medo”, de Ari Aster, conhecido por “Hereditário” (2018) e “Midsommar – O Mal Não Espera a Noite” (2019) — estes, sim, de assustar —, acompanhamos um homem paranoico (Joaquin Phoenix) que tem uma relação tumultuada com a mãe (Patti LuPone). Obra mais dos risos nervosos do que do humor escrachado.
“O Urso do Pó Branco”, de Elizabeth Banks, é das gargalhadas e tem um pouco de sangue também. No longa, policiais, criminosos, turistas e adolescentes estão numa floresta fugindo de um urso chapado de cocaína.
“Renfield: Dando o Sangue pelo Chefe”, de Chris McKay, transporta o personagem Drácula (Nicolas Cage) para os dias de hoje. Na história, o leal capanga (Nicholas Hoult) do conde vampiro decide deixar de prestar serviços ao patrão após séculos.
Outros títulos atuais completam as dicas da seara cômica: “Deadstream” (2022), “Morte Morte Morte” (2022), “The Blackening” (2022), “Um Lobo Entre Nós” (2021), “Freaky – No Corpo de um Assassino” (2020), “O Lobo de Snow Hollow” (2020), “Muito Além do Ordinário” (2019) e “Escola da Morte” (2018).
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Todos os Mortos MEDO NACIONAL
Da crítica social, passando pelo terror psicológico, ao slasher
Bons filmes do gênero também são produzidos no Brasil — e vão além das obras com o Zé do Caixão, personagem criado e interpretado pelo cineasta José Mojica Marins (1936-2020), ícone do medo nacional. Na última década, uma nova onda do cinema de horror brasileiro tem chamado a atenção, com títulos festejados mundo afora. Confira:
“As Boas Maneiras” (2017), de Juliana Rojas e Marco Dutra, premiado no Festival de Locarno. No longa, Clara (Isabél Zuaa), uma mulher solitária da periferia, aceita ser babá do filho ainda não nascido de Ana (Marjorie Estiano), uma jovem rica. Ali no emprego, Clara descobre um segredo perturbador.
Outro trabalho de Rojas é o musical de “terrir” chamado “Sinfonia da Necrópole” (2016). Dutra também dirige “Quando Eu Era Vivo” (2014), que, além de dar calafrios, tem um improvável trio em cena: Antônio Fagundes, Marat Descartes e Sandy, e “Todos os Mortos” (2020), codirigido com Caetano Gotardo, terror ambientado na escravidão.
Mais duas diretoras se sobressaem nesse universo apavorante, Gabriela Amaral, de “O Animal Cordial” (2017) e “A Sombra do Pai” (2018), e Anita Rocha da Silveira, de “Mate-Me Por Favor” (2015) e “Medusa” (2023).
Para encerrar esta seção — ou as sessões de cinema —, a dica é o slasher “Skull – A Máscara de Anhangá” (2021), de Kapel Furman e Armando Fonseca, que fez sucesso com os gringos em plena pandemia.
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X – A Marca da Morte SEXY E HORRIPILANTE
Obras de terror com clima erótico e cenas de sexo bizarro
Não é porque dá medo e tem um ar sombrio que precisa ser pudico. Há obras de terror que também passeiam pelo erótico — muitas não são completamente focadas no sexo em si, mas têm cenas, digamos, sensuais; algumas, inclusive, em tons um tanto esquisitos, repugnantes ou até que podem gerar gatilhos pelo ar violento apresentado.
Entre os exemplos mais recentes estão dois títulos da produtora norte-americana A24, “X – A Marca da Morte” e “Pearl”, ambos de 2022 e protagonizados pela nova queridinha do terror Mia Goth, neta da atriz brasileira Maria Gladys.
A série de filmes do diretor Ti West mistura o erotismo com o slasher numa história rural. O cineasta Brandon Cronenberg, filho de David Cronenberg, é outro que gosta de um clima sexy. “Piscina Infinita” (2023), também com Goth no elenco, além de Alexander Skarsgård, traz de tudo um pouco: partes sanguinolentas, masturbação, masoquismo e tensão sexual.
Mestre do body horror, Cronenberg, o pai, lançou em 2022 “Crimes do Futuro”, com Viggo Mortensen e Kristen Stewart. Não se trata de um longa-metragem erótico, é um terror com ficção científica cheio de vísceras, mas mostra o sexo de uma forma bizarra.
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Huesera MATERNIDADE NAS TREVAS
Mães atormentadas, pressionadas e às voltas com demônios
A maternidade também aparece nas produções de terror, com mães trevosas, e o tema sendo retratado de maneira crua, medonha e macabra — em uma porção de filmes, a mãe é uma figura maligna, culpada por todo o mal, atormentada; sim, a culpa materna está por toda a parte, até no cinema de horror.
Recentemente, uma gama de títulos do tipo chegou às telas, como “O Nascimento do Mal” (2022), de Lori Evans Taylor. No longa, Julie (Melissa Barrera) está grávida novamente, mas precisa ficar em repouso absoluto, fato que a faz ficar ansiosa, compulsiva e a passar por experiências assustadoras que despertam antigos demônios.
A mexicana Michelle Garza Cervera fez, em 2022, “Huesera”, que mostra os desafios da gestação de Valéria (Natalia Solián) com metáforas sobrenaturais e os impactos disso tudo na vida de uma nova mãe.
Em “Tic-Tac – A Maternidade do Mal” (2023), de Alexis Jacknow, Ella (Dianna Agron) tenta ajustar o relógio biológico numa clínica especializada para se enquadrar na sociedade, que a pressiona para ter filhos. “Adalynn” (2023), dirigido por Jacob Byrd, acompanha uma mãe que tenta sobreviver à depressão pós-parto em meio a dores, demônios internos e impulsos macabros.
“A Morte do Demônio: A Ascensão” (2023), “Hellbender” (2022) e “Lamb” (2021) também abordam questões maternas.
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