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Bloco de notasFilmes nacionais que rendem boas risadas
Dez comédias clássicas e recentes que você pode assistir no streaming
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Filmes nacionais que rendem boas risadas
Dez comédias clássicas e recentes que você pode assistir no streaming
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Lançado em 1980, “Bye Bye Brasil”, de Cacá Diegues, acaba de ser exibido no Festival de Cannes 2024 em uma cópia restaurada em 4K. Mas você também pode assistir à versão original no Globoplay. Considerado um dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema, o longa conta a história de três artistas ambulantes — Salomé (Betty Faria), Lorde Cigano (José Wilker) e Andorinha (Príncipe Nabor) — que atravessam o Brasil com a Caravana Rolidei, realizando apresentações. O filme traça um paralelo com os rumos sociopolíticos do país durante o fim da ditadura militar.
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Jorge Furtado critica a falta de investimento em políticas públicas no roteiro cômico de “Saneamento Básico, o Filme” (2007). Os oito personagens do longa produzem um filme com dinheiro público, tratando da importância do cinema dentro de uma obra cinematográfica. Fernanda Torres brilha como a esposa que quer curar a micose do marido e se torna diretora do filme ficcional, enquanto Camila Pitanga desfila como Silene Seagal, a principal atriz da produção. Disponível no Globoplay.
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Baseado no livro “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (Companhia das Letras, 1966), de Jorge Amado, o filme homônimo de Bruno Barreto, lançado em 1976, foi recordista de público . Foram mais de 10 milhões de espectadores — até ser ultrapassado por “Tropa de Elite 2” (2010), de José Padilha. A obra retrata os relacionamentos de Dona Flor (Sônia Braga), primeiramente casada com o festeiro Vadinho (José Wilker), que morreu durante o Carnaval de 1943. Viúva, logo ela se casa com Teodoro (Mauro Mendonça), com quem estabelece uma vida tranquila e tediosa. É quando ela passa a sentir saudade da existência agitada ao lado do ex-marido morto que surge o fantasma de Vadinho na cama de Dona Flor e Teodoro, onde acompanhamos o desenrolar desse inusitado triângulo amoroso. Disponível no Globoplay.
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Os nordestinos mais malandros João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello) viviam de passar a perna nos outros em “O Auto da Compadecida” (2000), de Guel Arraes. Até que João morre e enfrenta o julgamento final. É nesse momento que o público se depara com uma das cenas mais marcantes do cinema nacional: Fernanda Montenegro como Nossa Senhora intercedendo por João para que retorne à vida. O filme, baseado na peça teatral de 1955 escrita por Ariano Suassuna, evidencia uma série de aspectos socioculturais brasileiros, como o racismo e a corrupção mesmo dentro de entidades santificadas. Em dezembro ainda deve estrear nos cinemas a continuação “O Auto da Compadecida 2”, dirigida por Guel Arraes e Flávia Lacerda, com o retorno da dupla principal no elenco, além de Taís Araújo. Disponível no Globoplay.
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Representando as mães solo e marcando o imaginário popular brasileiro, a série de três filmes “Minha Mãe É Uma Peça”(2013, 2016, 2019) se inspira na família do ator e roteirista Paulo Gustavo (1978-2021). O enorme sucesso dos filmes se refletiu no luto que assolou o país com a morte precoce do artista por complicações da covid-19, ainda durante a pandemia. Os longas abordam questões de sexualidade, identidade de gênero, autoconfiança e maternidade em uma família de classe média de pais separados. No primeiro filme, Dona Hermínia (Paulo Gustavo) é hiperativa e foca seu tempo na criação dos filhos, que a consideram uma chata por ser excessivamente invasiva. Ao descobrir como é vista por eles, ela decide fugir de casa. Disponível na Netflix.
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Em “Cine Holliúdi” (2013), de Halder Gomes, o personagem Francisgleydisson (Edmilson Filho) é dono do cinema de uma cidade no interior do Ceará, que teme a queda do seu negócio pela popularização da televisão nos anos 1970. Junto da esposa Maria das Graças (Miriam Freeland), ele busca trazer inovações como forma de atrair mais público e salvar o cinema. A mulher também o apoia para além do trabalho diário, nos sonhos e conversas profundas regadas de humor. A obra foi a primeira a sair do edital de longa-metragem de baixo orçamento do Ministério da Cultura do Brasil, em 2009. Disponível na Netflix.
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Os personagens de “Ó Paí, Ó” (2007), de Monique Gardenberg, compartilham tudo — objetos, o amor pelo Carnaval e o ódio pela síndica do cortiço onde vivem em Salvador. Como forma de punir os moradores pelo barulho durante o feriado, a administradora do prédio decide cortar a água do edifício. Em 2008, o longa ganhou uma sequência em forma de seriado pela TV Globo. A diretora se manteve à frente de “Ó Pai, Ó 2” (2023), que se passa no mesmo lugar e traz os mesmos personagens, porém com novos sentimentos a serem enfrentados. Ambos os filmes estão disponíveis no Prime Video; já a série pode ser vista no Globoplay.
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Primeiro filme nacional a ultrapassar a marca de 2 milhões de espectadores no cinema desde a pandemia, “Minha Irmã e Eu” (2023), de Susana Garcia, chamou a atenção por trazer causas feministas sem perder o humor. As irmãs que se odeiam são interpretadas por Ingrid Guimarães e Tatá Werneck e vivem em Rio Verde, no interior de Goiás. A mãe de ambas sonhava como um futuro em que as duas se tornariam uma dupla sertaneja de sucesso, mas a vida as levou para caminhos diferentes. Separadas, agora precisam se unir diante do desaparecimento da mãe. Disponível no Telecine.
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“Domésticas” (2001), de Nando Olival e Fernando Meirelles, conta “causos” da vida de representantes da classe através de cinco personagens: Quitéria (Olivia Araújo), Créo (Lena Roque), Roxane (Graziella Moretto), Cida (Renata Melo) e Raimunda (Cláudia Missura). Por esses papéis, as atrizes ganharam diversos prêmios, como no Festival de Cinema de Recife e no Cine Ceará. A ficção se baseou na peça de mesmo nome escrita por Renata Melo, que passou três anos entrevistando trabalhadoras para usar de base na produção. As domésticas, além da mesma função, também compartilham a dor de sonhar com algo inalcançável — consequência de uma sociedade que inviabiliza a ascensão da classe trabalhadora pobre. Disponível no AppleTV+.
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Tudo deu errado e agora você está “De Pernas Pro Ar” (2010). O longa de Roberto Santucci acompanha a vida de Alice Segretto (Ingrid Guimarães), uma viciada em trabalho que é demitida ao mesmo tempo que termina o relacionamento com João (Bruno Garcia). Para manter o padrão de vida, ela começa a trabalhar com a venda de produtos eróticos em parceria com a vizinha Marcela (Maria Paula). Na busca por fazer o negócio crescer, Alice também passa por descobertas sexuais e desenvolve novos modos de autopreservação e cuidado. O filme inicialmente seria uma obra única, mas o sucesso gerou duas sequências: “De Pernas pro Ar 2” (2012) e “De Pernas pro Ar 3” (2019). Todos disponíveis no Globoplay.
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