O cientista é muitas vezes visto como uma figura distante e inacessível, restrita ao universo do laboratório e pesquisas, além de ser uma área pouco prestigiada no país. Nesse contexto, valorizar a produção científica nacional é essencial. Por isso, o Nexo produziu a série CIENTISTAS DO BRASIL QUE VOCÊ PRECISA CONHECER, com 12 minivídeos biográficos sobre pesquisadores que marcaram a história e 12 entrevistas com cientistas brasileiros em atuação hoje no mundo.

Lançada em 1980, a minissérie documental “COSMOS: UMA VIAGEM PESSOAL”, escrita e apresentada pelo astrônomo Carl Sagan, marcou a história da televisão com a explicação do estudioso sobre conceitos e fenômenos científicos. Quase quatro décadas depois, a produção voltou com uma nova edição, dessa vez com apresentação do astrofísico Neil deGrasse Tyson. Apesar da paralisação das gravações por conta de denúncias contra ele, “COSMOS: MUNDOS POSSÍVEIS”, da National Geographic, chegou às telas em 2020, com produção e roteiro de Ann Druyan, que foi casada com Sagan. A nova série é uma viagem pelo tempo e espaço em busca de lugares perdidos ou ainda não descobertos.

Em uma tentativa de entender as pessoas que acreditam piamente que a A TERRA É PLANA (2018), o documentário da Netflix, dirigido por Daniel J. Clark, constrói um retrato psicológico e social dos terraplanistas. Por meio de experimentos científicos, conduzidos ao longo da produção, tenta-se provar que a Terra é esférica — mas os terraplanistas não querem saber da ciência.

“GALILEO AND THE SCIENCE DENIERS” (Simon & Schuster, 2020. “Galileu e os negacionistas da ciência”, em tradução livre) é um livro escrito pelo astrofísico Mario Livio, no qual o autor faz uma reinterpretação da vida de Galileu que, como cientista, embasava a teoria de que a Terra gira em torno do sol, ao contrário do que a Igreja Católica pregava. Precisou combater a resistência dos fiéis e outros negacionistas — algo que vivemos hoje e que Livio faz uma relação. Diferentemente do passado, em que a oposição à ciência era prioritariamente religiosa, hoje, ela tem um cunho POLÍTICO.

Quando o Disco de Nebra foi descoberto em 2002, a repercussão foi mundial, mas ainda não se sabia ao certo sobre sua utilidade. Quase duas décadas depois, um grupo de acadêmicos alemães descobriu evidências que sugeriam que o disco era usado como um COMPLEXO RELÓGIO ASTRONÔMICO. O disco de 32 centímetros de largura e ornamentos dourados que simulam sol, lua e estrelas é a mais antiga representação visual do cosmos conhecida até hoje (os cientistas acham que foi enterrado por volta de 1600 a.c). Ainda há muito para ser descoberto sobre o objeto, mas é inevitável dizer que ele carrega uma HISTÓRIA E MUITA EMOÇÃO.

Só nas primeiras horas de governo, Joe Biden já iniciou um processo de RECONCILIAÇÃO COM A CIÊNCIA e a luta por direitos civis. No Salão Oval, o recém-eleito presidente dos Estados Unidos pendurou em posição proeminente um retrato de Benjamin Franklin, um símbolo de seu compromisso com a ciência. Durante o mandato de Trump, no lugar onde hoje reside o quadro de Franklin, havia um retrato do presidente Andrew Jackson, responsável pela morte de milhares de indígenas.

A cientista da computação e criadora do podcast Ogunhê, Nina da Hora, indicou ao Nexo cinco livros para CONHECER O TRABALHO DE CIENTISTAS AFRICANOS. De acordo com ela, uma das maiores riquezas do continente é o conhecimento. Entre engenheiros, biólogos e bioquímicos, Nina compartilha nomes e títulos importantes para a ciência e para o combate ao racismo na área.

Ciência e música se uniram QUANDO BJÖRK CONHECEU DAVID ATTEMBOROUGH (2013). O documentário acompanha o bate-papo da cantora islandesa com o naturalista britânico sobre a natureza da música, e a relação com a tecnologia. O tema da conversa foi inspirado no álbum BIOPHILIA (2011), de Björk, que foi lançado em conjunto com uma série de aplicativos que permitia que as pessoas explorassem e até interagissem com a música.

A frase do cientista britânico Charles Darwin está no primeiro volume do livro “A Descendência do Homem e Seleção em Relação ao Sexo” (Penguin Books, 2004. Apenas em inglês), publicado em 1871. No título, Darwin desenvolve melhor sua teoria da seleção sexual e explica mais detalhadamente a origem do ser humano.

Na produção “POWERS OF TEN” (1977), o espectador é levado em uma viagem de magnitudes: a cada dez segundos, vemos o ponto de partida do vídeo (um piquenique em Chicago) dez vezes mais longe, até que a nossa galáxia seja apenas um pontinho de luz no universo. A viagem visual e meio psicodélica termina dentro de um átomo de carbono em uma molécula de DNA. O vídeo ilustra a capa desta edição da #Semana_Gama