Pensado por um estúdio de design espanhol, The Museum of Endangered Foods é uma exposição online e presencial para refletir sobre a possível EXTINÇÃO DE ESPÉCIES ALIMENTÍCIAS em decorrência da crise climática. Abacates, bananas, batatas, uvas e grãos de bico aparecem protegidos por redomas de vidro com textos que explicam sua origem e porque estão ameaçados.

O Joio e o Trigo é um portal brasileiro de jornalismo investigativo sobre ALIMENTAÇÃO, SAÚDE E PODER. O site, as redes sociais, o podcast e os livros publicados agregam reportagens aprofundadas que fomentam a reflexão sobre o sistema alimentar atual, guiado por corporações e pelo agronegócio. Eles denunciam, por exemplo, a ligação entre a fome e as grandes cadeias de supermercados.

“Muito além do peso” (2012), disponível no Youtube, foi produzido há uma década, mas é assustadoramente atual. O documentário brasileiro revela que vivemos a maior epidemia de OBESIDADE INFANTIL da história, e como as crianças têm apresentado doenças antes restritas aos adultos, como depressão, diabetes e problemas cardiovasculares. Essa realidade está ligada à desigualdade social, à indústria de alimentos ultraprocessados e à publicidade.

No livro “EM DEFESA DA COMIDA” (Intrínseca, 2008), o americano Micheal Pollan, uma das principais vozes no mundo a falar sobre alimentação saudável e sustentável, denuncia os efeitos nocivos da indústria de ultraprocessados, defende a comida de verdade – aquela que nossas avós reconheceriam – e crava uma de suas máximas mais conhecidas: “Coma comida de verdade, não muita, e priorize vegetais.”

Com duas temporadas, a série “Rotten” (2018), da Netflix, expõe DETALHES INDIGESTOS SOBRE A CADEIA DE PRODUÇÃO de alimentos no mundo. Há episódios sobre a indústria de água mineral e a crise no fornecimento público de água, a exploração de trabalhadores e destruição de ecossistemas pela indústria do açúcar e a violência e os problemas ambientais por trás dos cartéis de produção de abacate.

Larissa Bombardi, pesquisadora do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), em entrevista à revista Marie Claire. Voz ressoante na crítica aos impactos do uso de agrotóxicos, ela se mudou para a Bélgica com os dois filhos pequenos em abril de 2021 por se sentir em perigo ao tratar do tema no Brasil diante do atual governo.

Na Gama, já discutimos diversas facetas do sistema alimentar. Já falamos, por exemplo, do RESGATE DOS GRÃOS NATIVOS que vêm sendo feito por pequenos produtores e chefs de cozinha para salvar milhos, feijões e arrozes do esquecimento. Também conversamos com o chef e empreendedor social David Hertz, fundador da Gastromotiva, voltada para jovens de baixa renda, sobre comida e resiliência. E consultamos com um time de especialistas para entender os caminhos que a alimentação deve seguir nas próximas décadas.

Dedicada a trabalhar pela redução da fome e do desperdício de alimentos, a startup social brasileira COMIDA INVISÍVEL utiliza geolocalização para aproximar empresas que possuem alimentos bons e ainda adequados para consumo com ONGs que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade. Desde o início da plataforma, em 2019, mais de 150 toneladas de alimentos beneficiaram cerca de 2,5 milhões de pessoas.

Enquanto milhões de pessoas vivem na pobreza extrema, o MUNDO DESPERDIÇA COMIDA numa escala assustadora:  treze navios cargueiros cheios de comida são desperdiçados todo dia. No Brasil, a quantidade de comida desperdiçada por ano é suficiente para encher um Maracanã inteiro. Infográfico da revista Piauí destrincha essa situação alarmante.

Mulheres negras têm protagonizado movimentos a favor do VEGANISMO POPULAR, ajudando a mostrar que é possível aderir a dieta de forma acessível. A chef carioca Thallita Xavier, dona de um bufê vegano, por exemplo, ensina receitas em seu perfil. A paulistana Luciene Santos, conhecida como Sapa Vegana, divide vivências dentro do veganismo antirracista junto a receitas simples. E a baiana Carla Candace, do Veggie sem Grana, fala de alimentação 100% vegetal, acessível e intuitiva.