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5 dicasComo se reencontrar com o seu amor?
Rotina, falta de tempo e interferência do smartphone na convivência fazem com que casais enfrentem períodos de desconexão — mas retomar esse laço que se afrouxou é possível. Gama traz dicas para essa reconexão
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Rotina, falta de tempo e interferência do smartphone na convivência fazem com que casais enfrentem períodos de desconexão — mas retomar esse laço que se afrouxou é possível. Gama traz dicas para essa reconexão
No corre-corre do dia a dia, entre o trabalho, as tarefas domésticas, os compromissos sociais e a criação dos filhos, muitos casais enfrentam momentos de desconexão. São períodos em que, com exceção dos temas familiares, um mal sabe o que está se passando na vida e na cabeça do outro, ficam sem assunto e quase não se tocam.
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Isso não significa, necessariamente, que o amor tenha acabado ou que os dois não queiram mais estar juntos. No entanto, a rotina exaustiva, a falta de tempo e a interferência do smartphone, que nos leva para longe do aqui e do agora, podem criar barreiras na comunicação, na intimidade e na convivência, distanciando os parceiros.
Não é fácil, mas, com empenho e estratégias certas, é possível retomar esse laço que se afrouxou. Gama ouviu psicólogos, psicanalistas e terapeutas de casal que deram dicas para você se reencontrar com o namorado, a namorada, o marido ou a esposa.
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Entenda o que levou você e o seu par à desconexão. Procure conversar a respeito, sem ataques –
Conhecer os motivos que levaram um casal a se distanciar, mesmo estando junto, é essencial para atuar diretamente no que gerou a desconexão na relação. “Senão, as atitudes tomadas para contornar a situação serão genéricas e vão apenas maquiar o que está ruim”, diz Renata de Azevedo, psicóloga e terapeuta de casal. Ou seja, aquele velho conselho de tirar alguns dias de folga e viajar só com o parceiro ou a parceira, em alguns casos, pode não funcionar porque a questão da dupla talvez seja outra — e não a falta de tempo para ficar a sós. Além disso, a profissional salienta que, uma vez trabalhada a dificuldade, um outro afastamento ficará mais difícil de acontecer. “Quando a gente identifica e vai no real problema, fica mais fácil evitar uma nova desconexão.” Para isso, é fundamental uma conversa honesta, sem acusações ou críticas e, sobretudo, sem reatividade. “É importante falar de forma clara, não culpabilizando o outro. E também escutar, sem ficar reativo, sem se defender o tempo todo, sem entrar nessa coisa de: ‘O problema é você, não sou eu; fiz isso porque você fez aquilo’”, sugere Azevedo. Segundo Marina Simas de Lima, cofundadora do Instituto do Casal, sexóloga e terapeuta de casal e família, conversar é crucial para uma boa conexão. “Por meio do diálogo, criamos recursos para uma aproximação, para a intimidade e para um convite ao sexo”, comenta. Se você e o seu par, sozinhos, não conseguirem compreender as razões do distanciamento, considerem buscar uma saída terapêutica. “Na terapia de casal, vamos juntos colocando desafios e, gradativamente, construímos possibilidades de um padrão novo e que seja significativo para os dois. Porque o que é significativo para um não é para o outro”, fala Lima. -
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Revisite o início do relacionamento e relembre os motivos daquela paixão –
Voltar às origens da relação, para aquele tempo bom do comecinho do namoro, ajuda a resgatar as características do relacionamento. A ideia é lembrar de histórias engraçadas e os motivos que fizeram um se apaixonar pelo outro. O que era legal naquele tempo que os conectava? Pode ser muita coisa, como sexo, viagens, conversas, idas ao cinema e ao teatro, qualquer momento de diversão. Cada dupla vai reencontrar pontos de convergência que ainda são importantes, mas que foram esquecidos — ou engolidos — na rotina, com o passar do tempo. “Revisitar essas coisas facilita a encontrar os caminhos da conexão novamente”, conta a psicóloga Ana Canosa, terapeuta sexual e de casal. Ela recomenda um recurso para esse de volta ao passado: abrir o álbum de fotografias da época para recordar períodos gostosos da vida a dois. Esse exercício, de acordo com Canosa, também ajuda a entender em que pontos o casal atua em harmonia. “Há os que funcionam bem quando saem com os amigos, outros que funcionam viajando porque se conectam e se divertem mais, já alguns ficam bem praticando esportes juntos”, cita. “Precisamos ter consciência de que a gente não funciona bem em tudo como casal, e não tem problema, mas é preciso reconhecer onde funcionamos bem”, indica a terapeuta. -
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Invista em momentos de qualidade a dois: dedicar tempo à relação é essencial para fortalecê-la –
Não adianta nada passar horas na companhia do parceiro ou da parceira, mas continuar distante. Ou só estar com o par em momentos corridos e estressantes do dia a dia, como durante as rotinas do banho, do jantar e do sono das crianças. Há também o hábito de falar apenas sobre problemas do trabalho e da casa, chegar no quarto, deitar e dormir, mal falando sobre assuntos do casal. Ou ainda sair somente acompanhados de toda a família e dos amigos. Nesse cenário, não há relação saudável que se suporte por muito tempo. Portanto, é primordial criar momentos de qualidade a dois — e, além de criar, continuar e priorizar essas ocasiões. “O que mais vejo são casais que estão há anos juntos e perdem a intimidade. Estão na mesma cama, mas sem proximidade física e emocional”, afirma Marina Simas de Lima. Conforme ela explica, para manter a intimidade, é preciso fazer coisas em comum, além das relacionadas aos filhos ou às obrigações domésticas. Pode ser um hobby juntos, um jantar semanal especial, aprender uma atividade nova, planejar uma viagem, elaborar metas para o casal, pensar na reforma de um cômodo. “É necessário ter tempo para curtir um ao outro. Intimidade requer tempo, para se comunicar, é preciso de tempo. E o tempo de qualidade é o que traz uma afetividade diferenciada, profunda”, analisa Lima. -
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Dê atenção às pequenas conexões diárias, como beijos, abraços e atenção –
A reconexão amorosa e sexual não depende apenas de grandes gestos ou de momentos superespeciais, mas de uma constância de ações que demonstram atenção, preocupação e carinho no dia a dia. “As pessoas se sentem amadas e desejadas também com as pequenas atitudes realizadas no cotidiano”, garante Ana Canosa. Essas microconexões podem ser, por exemplo, toques, abraços, beijos, uma mensagem inesperada, conversas sobre assuntos profundos, a escuta ativa, a divisão igualitária das tarefas domésticas. Cada um tem suas preferências e particularidades. “É do macro para o micro. Depois de entender onde é que eu me conecto com o outro, vou para o micro no sentido da ação. É um abraço que eu dou antes de sair, um beijo quando chego em casa, um carinho que eu faço na mão, uma ajuda.” -
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Diminua a interferência do smartphone. Ele nos desconecta de quem amamos –
O smartphone, além de roubar o nosso tempo, o nosso sono e o nosso foco, também nos desconecta do nosso amor. A tecnologia pode afastar muitos casais. A clássica cena se torna cada vez mais comum: em um restaurante, num jantar a dois, o casal da mesa ao lado nem se fala ou se olha porque cada um está mergulhado no WhatsApp ou na timeline de qualquer rede social. “Esses aparatos tecnológicos distanciaram quem está perto”, destaca Marina Simas de Lima. A especialista em sexualidade e em casal e família frisa que hoje pouca gente acaba de trabalhar no fim do dia porque, com o celular, todos conseguem responder e-mails a qualquer momento. “O celular distrai bastante. Em vez de olhar para o parceiro ou a parceira, as pessoas ficam olhando o que os outros estão fazendo e o que estão vivendo e, assim, deixam de viver as próprias histórias e experiências.” Uma estratégia prática para mudar esse cenário e se reconectar com a sua metade da laranja é definir momentos sem os aparelhos celulares por perto, como durante o jantar ou antes de dormir, para promover bate-papos e interações. Lima indica ficar com o celular desligado durante pelo menos duas vezes na semana. “Para ter boas conversas e desenvolver assuntos não só de rotina, mas construir pautas entre o casal”, diz.
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