Livros que inspiram a mudar diferentes áreas da vida
Dinheiro, saúde, relacionamentos, trabalho… veja obras que apontam como fazer aquela mudança que você vinha planejando para 2025
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Indo direto ao ponto, quem não gostaria de viver mais, com saúde e bem-estar? Em “Outlive: a arte e a ciência de viver mais e melhor” (Intrínseca, 2023), o médico renomado e maratonista aquático Peter Attia investiga os males do envelhecimento e as doenças crônicas para apontar estratégias eficazes de melhorar sua saúde ao longo da vida e chegar a uma idade avançada com qualidade. A inspiração para o estudo veio da descoberta de uma doença cardiovascular para a qual o autor estava totalmente despreparado, apesar de acreditar levar uma vida saudável. O livro, escrito em parceria com o jornalista Bill Gifford, tem tradução de Bruno Fiuza e Roberta Clapp.
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Se tem uma coisa sobre a qual o produtor musical Rick Rubin pode falar com propriedade, é como criar obras de arte marcantes. Corresponsável pela produção de alguns dos álbuns mais icônicos de músicos como Red Hot Chilli Peppers, Public Enemy, Kanye West, Johhny Cash e Adele, Rubin compartilha um pouco dessa vasta experiência no setor musical em “O Ato Criativo: uma forma de ser” (Sextante, 2023), com tradução de Beatriz Medina. O trabalho de décadas auxiliando grandes artistas a tirarem o melhor de si lhe mostrou que a criatividade tem muito a ver com uma forma peculiar de estar e se relacionar com o mundo — o que torna o fazer artístico acessível para a grande maioria de nós. Uma boa pedida para quem pretende dar um boost na criatividade daqui para frente.
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Gillian Anderson pode não ser uma sexóloga de renome, mas ela interpreta uma de forma tão convincente na série “Sex Education” (2019-2023) que as linhas que separam realidade e ficção acabam ficando meio borradas. Seu livro “Desejo” (Vestígio, 2024), traduzido por Ibraíma Dafonte Tavares, surgiu de um convite da atriz a mulheres do mundo todo que quisessem compartilhar fantasias e sentimentos em relação ao sexo que raramente expressavam em voz alta. Uma coleção de cartas expressando não apenas os desejos sexuais mais íntimos, mas também histórias pessoais dolorosas, declarações divertidas e sonhos indizíveis, a obra é também um convite a viver mais plenamente o sexo, largando muitas das amarras internas e externas que fazem tantas mulheres infelizes na cama.
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A própria vida da nutricionista e pesquisadora Neide Rigo é um diário para uma alimentação mais rica, saudável e simples. Para registrar um pouco dessa existência culinária, o livro “Comida Comum” (Ubu, 2024) retrata vários dos encontros que a autora teve com pessoas que trazem repertórios vegetais e culinários de diversas trajetórias culturais, com o olhar de uma cronista de mão cheia. É, portanto, uma obra essencial para quem pretende melhorar a relação com a comida no ano que vem. De quebra, ainda mapeia o que há de local a ser incorporado à mesa em cada cidade e em cada região — frutas, folhagens, sementes próximas da gente, mas que acabam passando longe dos nossos pratos. Assim evitamos perder sabores e experiências incríveis.
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É através de pequenos textos que o historiador e professor Leandro Karnal compõe este livro que, lançando mão de sua experiência na sala de aula, busca nos ensinar como escrever melhor no dia a dia. Ao mostrar em “Para Pensar e Escrever Melhor” (Planeta, 2024) diversos recursos de linguagem e como compreendê-los, o intuito é levar o leitor a se encantar tanto quanto o autor pelo exercício da escrita. Karnal desfila diferentes utilizações da língua portuguesa, das mais simples às complexas, deixando claro como podemos expressar aquilo que sentimos e queremos comunicar — sempre pela ótica de um dos mais populares pensadores contemporâneos.
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Anda infeliz com a forma como tem vivido seus relacionamentos? O livro “Descolonizando Afetos: experimentações sobre outras formas de amar” (Paidós, 2023), da psicóloga, ativista indígena e escritora Geni Núñez, nos mostra por que algumas das velhas respostas sobre o tema não aliviam boa parte das nossas angústias contemporâneas. Aliás, a obra fez sucesso ao apontar formas de repensar os termos de exclusividade nos relacionamentos afetivos, numa relação direta com reflexões contra um colonialismo que até hoje norteia nossa forma de agir. Assim, ajuda a quebrar uma série de preconceitos sobre a não monogamia, acolhendo pessoas que talvez ainda não saibam disso, mas podem estar buscando novas formas de amar.
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Para muitos pais, existe uma busca pela perfeição que na verdade é impossível e até pouco saudável. Em um de seus livros mais conhecidos, a psicoterapeuta Philippa Perry indica quais aspectos da criação de filhos realmente importam e que comportamentos você deve evitar. “O Livro que Você Gostaria que Seus Pais Tivessem Lido” (Fontanar, 2020), traduzido por Guilherme Miranda, não é apenas um guia da parentalidade, mas uma forma para entender a própria criação e se relacionar com os desafios que seus pais enfrentaram para lidar da melhor forma com seu crescimento. Desde aceitar que os erros vão sim acontecer a como dar fim a padrões negativos de comportamento, Perry nos acompanha ao longo da complexa jornada de botar filhos no mundo e mostrar a eles as melhores formas de existir na nossa realidade.
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A introdução do escritor japonês Haruki Murakami ao mundo da literatura está inevitavelmente ligada ao seu hábito de correr, que perdura até hoje. Foi em 1982 que ele decidiu vender o bar de jazz que mantinha em Tóquio para se dedicar à escrita. Apenas um ano mais tarde, conseguiu completar sozinho o trajeto entre Atenas e a cidade de Maratona, na Grécia. Hoje um corredor de longas distâncias, maratonista e triatleta consagrado — além, é claro, de ser um dos escritores mais renomados do mundo —, Murakami reflete sobre a influência do esporte em sua vida e em sua arte no livro “Do que Eu Falo Quando Falo de Corrida” (Alfaguara, 2010), com tradução de Cássio de Arantes Leite. Uma obra bem-humorada, sensível e filosófica, é indicada tanto a quem precisa de um empurrãozinho para começar a se exercitar quanto àqueles que já compartilham da mesma paixão.
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Muita gente gostaria de dar um up ou até empreender um giro de 180º na vida profissional. O problema é saber por onde começar. Talvez uma boa indicação seja a leitura do livro “Como Encontrar o Trabalho da sua Vida” (Objetiva, 2012), do filósofo social australiano Roman Krznaric. Aqui o pensador, focado no poder das ideias para criar mudanças, explora as contradições que cada um enfrenta para ter dinheiro e reconhecimento profissional unidos ao talento profissional, e mostra como o receio de tomar decisões profissionais drásticas molda uma carreira acomodada, mas nem sempre agradável. Na obra, com tradução de Daniel Estill, ele nos lembra que a coragem para seguir a área de maior interesse é essencial e propõe um guia para se nortear nesse labirinto de opções, deixando para trás o medo de mudar.
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Quem tem fobia de falar em público conhece bem a sensação de estar frente a frente com uma plateia que tem a atenção fixada em você. Para ajudar a vencer essa barreira considerável e se expressar com desenvoltura quando os holofotes estão sobre a sua pessoa, ninguém é mais capaz do que o presidente e curador-chefe do TED, Chris Anderson. À frente dos TED Talks, referência quando o assunto são palestras instigantes sobre temas que nos movem, o jornalista compartilha parte do que aprendeu em “TED Talks: O guia oficial do TED para falar em público” (Intrínseca, 2016), traduzido por Renata Guerra e Donaldson Garschagen. Embora a obra deixe claro que não há fórmula exata para falar em público, Anderson sugere caminhos para eletrizar e transformar a visão de mundo de uma plateia, de uma forma que nem mesmo a informação escrita conseguiria. E isso tudo partindo de discursos célebres de personalidades como Bill Gates, Stephen Hawking e Bono Vox.
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CAPA O que você quer mudar em 2025?
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1Sem categoria O que você quer fazer diferente em 2025?
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2Reportagem Quer mudanças profissionais? Mostre mais o seu trabalho
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3Podcast da semana Fernanda Queiroz: "O melhor momento para começar a fazer exercício físico é sempre agora"
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45 dicas 5 dicas para ser um cidadão mais ativo na política
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