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5 dicasComo cumprir as promessas de ano novo?
Especialistas em hábitos, planejamento, produtividade sustentável, bem-estar e organização dão dicas para a execução dos objetivos da tradicional lista de metas anuais
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Especialistas em hábitos, planejamento, produtividade sustentável, bem-estar e organização dão dicas para a execução dos objetivos da tradicional lista de metas anuais
Entra ano, sai ano, e uma extensa e esperançosa lista de resoluções para a vida nos próximos 12 meses é criada. Começar a praticar exercícios físicos, se alimentar de forma saudável, passar tempo de qualidade com a família, acessar menos as redes sociais, emagrecer e guardar dinheiro para realizar o sonho da casa própria são alguns dos objetivos que costumam figurar na seleção de promessas anuais de muita gente. Cumpri-los, no entanto, é outra história.
Não é fácil dar conta de toda a rotina corrida e, ainda, inserir outros hábitos e propósitos no dia a dia. Tanto que estudos mostram que 64% das pessoas abandonam os desejos de ano novo logo em janeiro, e 80% abrem mão desses desejos em fevereiro.
Com a meta de diminuir essas estatísticas, Gama ouviu especialistas em planejamento, produtividade sustentável, hábitos, bem-estar e organização, que deram dicas para ajudar no cumprimento das tradicionais juras de ano novo.
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Divida as metas por etapas –
Ao montar a tradicional lista de resoluções de ano novo, costumamos colocar ali todos os desejos não realizados acumulados dos últimos 12 ou 24 meses — emagrecer, juntar dinheiro e passar tempo de qualidade com a família são alguns objetivos clássicos de muita gente —, ação que transforma a relação de metas quase num bicho de sete cabeças. Mas não precisa ser assim. Para facilitar o cumprimento das promessas, a primeira dica é dividi-las por etapas. Larissa Rodrigues, publicitária, escritora e criadora da comunidade de rotina criativa e bem-estar feminino Hábitos que Mudam, fala que esmiuçar as metas é um dos principais segredos do sucesso. Ou seja, você deve converter um grande objetivo em objetivos pequeninos, claros e possíveis de serem encaixados no dia a dia. “Se a ideia para 2024 é eu me tornar uma pessoa mais saudável, como visualizar isso dentro do meu ano, dos meus dias? Destrinchando o plano principal em metas de curto e médio prazo, que vão resultar na meta maior, de longo prazo. Então, no médio prazo, por exemplo, vou começar a cozinhar. No curto prazo, vou treinar ou fazer alongamento diariamente. Acho que esse caminho é mais fácil quando você tem um objetivo maior, como tirar um projeto do papel, comprar o carro, mudar o estilo de vida e por aí vai”, diz. Mentora e professora de organização pessoal que está à frente do perfil Eu Organizado, Ana Carolina Queiroz também ressalta que é muito importante saber recortar as metas, “dando um tom de realidade a elas e pensando bem no tamanho dos passos que você consegue dar de cada vez”. -
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Revise seus objetivos com frequência –
De nada adianta fazer uma lista extensa de metas na virada do ano se você a esquecer dobrada em uma gaveta ou perdida no bloco de notas do celular durante os próximos 11 meses e, em meados de dezembro, correr para tentar ticar os itens todos de uma vez. Isso é o que ajuda a gerar frustração! A revisão dessa seleção de promessas é necessária por alguns motivos, como recalcular a rota — às vezes, uma meta não faz mais sentido na nossa vida e querer alterá-la é normal, mas, para isso, é preciso revê-la frequentemente — e enxergar os próximos passos rumo ao propósito final. De acordo com a professora Ana Carolina Queiroz, “as pessoas pecam por planejar metas muito grandes, o que geralmente acaba sendo uma projeção de tudo aquilo que não foi feito na vida até hoje, e só as revisitam no meio ou no fim do ano, geralmente como uma forma de se punir: ‘Ai, não fiz o que precisava”‘. Por isso, essa reavaliação das resoluções de tempos em tempos, seja a cada semana ou mensalmente, é fundamental. “Eu costumo falar que a revisão é um jeito de você ter uma desculpa para pensar na própria vida, é quando você vai se encontrando. Cada um faz do seu jeito, que pode ser no sábado de manhã, toda sexta-feira ao fim do expediente, não importa, mas é um tempo para parar, refletir e analisar. Quando não existe essa estrutura de organização, é como se você estivesse pulando em um pé só e se alguma coisa dá errado, você acha que foi tudo por água abaixo, que você caiu, que você falhou. E aí vem um peso completamente desnecessário que não precisava existir porque, afinal, a gente pode mudar de ideia também”, reflete. -
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Faça um planejamento semanal –
Planejar a semana é uma forma de colocar em prática as duas dicas anteriores. Como os desejos não vão se transformar em tarefas concluídas de 29 a 31 de dezembro, eles precisam ser realizados um pouquinho por dia, durante todo o ano corrente. Mas como enxergar a quantidade de ações que devemos desempenhar a cada fase até a meta ser devidamente concluída? “Especialmente, por meio do planejamento semanal”, conta Yasmim Barroso, especialista em rotina, hábitos e desenvolvimento pessoal, além de fundadora da flordemim, empresa com foco em produtividade saudável e sustentável. É com essa ferramenta, explica Barroso, que inserimos as ações recortadas do objetivo final na rotina. “Você cria a meta e desmembra essa meta em partes pequenas, em várias tarefas que caibam dentro das suas semanas. E aí o planejamento semanal ajuda a juntar as tarefas relacionadas à meta com as tarefas que você já tem que fazer no dia a dia”, detalha. “O principal erro é achar que adianta apenas escrever uma meta na virada do ano e aquilo vai, magicamente, acontecer. Precisamos construir o caminho da meta e esse caminho é construído com planejamento.” -
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Deixe a lista de metas à vista –
Além de olhar para as metas com foco e cuidado no momento da revisão e durante o planejamento da semana, Larissa Rodrigues indica deixar a listinha — ou listona — com os objetivos do ano sempre à vista, como uma forma diária de inspiração e lembrete. “É importante que ela esteja no seu campo de visão”, destaca. “Sempre falo no [perfil do] Hábitos [que Mudam] sobre ter um quadro de visualização, um quadro de compromissos com suas metas, seus objetivos. Hoje falamos bastante em moodboard e visionboard [espécie de murais ou painéis, físicos ou digitais, com referências, que podem ser visuais, em áudio, textuais e até sensoriais, elaborados para a visualização de metas] para colocar as metas em imagens, trabalhando também o lado lúdico que perdemos quando nos tornamos adultos”, exemplifica Rodrigues. -
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Esqueça uma execução perfeita da meta –
Sabe a famigerada síndrome do impostor, conhecida por afetar a autoconfiança principalmente das mulheres e paralisá-las? Então, não caia nela e cumpra a sua meta do jeito que for possível! A especialista em organização Ana Carolina Queiroz compartilha que atende muitas mulheres que criam objetivos mirabolantes e se cobram demais por um perfeccionismo na execução de cada item e, assim, ficam paralisadas e deixam as metas para lá. “Elas se colocam tantas exigências, acham que precisam ser perfeitas e dar conta de tudo que elas se travam”, relata. “É preciso entender que, conforme você for fazendo um pouquinho por dia, você vai se aperfeiçoar. Em outras palavras, não se cobre tanto.”
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