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Tiago Iorc e a masculinidade, grupos de acolhimento para homens, penteados que estão bombando entre meninos no TikTok e o assustador movimento do “masculinismo”. Uma seleção de dicas da equipe Gama
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Bloco de notas
Tiago Iorc e a masculinidade, grupos de acolhimento para homens, penteados que estão bombando entre meninos no TikTok e o assustador movimento do “masculinismo”. Uma seleção de dicas da equipe Gama
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“Ser um homem feminino/ Não fere o meu lado masculino/ Se Deus é menina e menino/ Sou masculino e feminino”
Pepeu Gomes em “Masculino e Feminino” (1983), do álbum homônimo
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Para quem ainda está em dúvida sobre o que vem sendo chamada de MASCULINIDADE TÓXICA, Rita von Hunty é bastante didática e embasada em vídeo do seu canal no Youtube, o Tempero Drag.
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Reprodução/HBO Max
Talvez a busca por uma masculinidade saudável passe por ENTENDER A PRÓPRIA IDENTIDADE. O filme “Moonlight – Sob a Luz do Luar” (2016), vencedor do Oscar, traz a trajetória do protagonista, Chiron, na infância, adolescência e vida adulta, permeada por questões de raça, violência e pobreza, e seu processo de descobrir quem ele realmente é, principalmente em relação à sexualidade. Disponível na HBO Max.
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Em 2018, a Associação Americana de Psicologia publicou um documento com diretrizes inéditas na história da organização para TERAPEUTAS TRABALHAREM COM HOMENS E MENINOS. Ali, eles definiram a existência de uma “ideologia da masculinidade” (expressão que provocou críticas na época), como “uma constelação de normas que dominam segmentos amplos da população, incluindo: antifeminilidade, sucesso, evitar demonstrar fragilidade, aventura, risco e violência”. Entre as orientações dadas estão levar o paciente a entender o impacto do sexismo na sociedade e encorajar o envolvimento paterno positivo e relações familiares saudáveis.
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Dublinense
Em “Seja Homem: a MASCULINIDADE DESMASCARADA” (Dublinense, 2020), o escritor congolês radicado em Londres J.J. Bola explora a noção do que é “ser homem” e traça um panorama bem completo de como a ideia convencionada de masculinidade condiciona o estar privilegiado dos homens no mundo e afeta a sociedade como um todo. De quebra, a edição brasileira do livro traz prefácio escrito pelo Emicida.
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duncan1890/Getty Images
Em divertida e interessante reportagem, o jornal americano New York Times analisa os PENTEADOS MASCULINOS que jovens da Geração Z exibem no TikTok. Eles identificam o estilo “ondulado-bagunçado” puxado para frente como tendência entre influenciadores dessa rede social e encontram as origens para essa e outras modas capilares em outros tempos, principalmente na Roma e na Grécia antigas.
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Você sabe o que é MASCULINISMO? Como explica a revista GQ, não se trata de uma mera resposta à ascensão do feminismo, mas um movimento de misoginia institucionalizada que defende soberania masculina, retomada da “virilidade” dos tempos pré-históricos e repulsa às mulheres. Uma das correntes principais é a sigla MGTOW – Men Going Their Own Way (Homens Seguindo seu Próprio Caminho), que crê no que eles chamam de “ginocentrismo”, um mundo no qual os privilégios estariam entre elas e os machos seriam pobres vítimas. A reportagem se embrenha por grupos fechados e canais do Youtube que abordam o tema.
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“As tarefas de paternidade e maternidade aqui em casa sempre foram bem divididas e participativas. Não tem muito quem dá banho, quem troca fralda, quem vai ler a história, é bem em um fluxo natural, os dois fazem as duas coisas”
© Julia Rodrigues (retrato) e May Tanferri (ilustração)
LÁZARO RAMOS, ator, em depoimento a Gama sobre a experiência, os desafios e aprendizados da paternidade, principalmente depois do convívio intenso durante a pandemia.
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Na semana passada, o cantor TIAGO IORC gerou polêmica na internet com o lançamento da música “Masculinidade” (a gente jura que já tinha escolhido o tema desta edição de Gama antes disso), na qual traz, em tom meio confessional, questões nocivas dos estereótipos da virilidade, pedindo que outros homens “cuidem do seu emocional”. Houve quem admirasse a iniciativa de trazer o tema à tona – ainda mais pra um artista conhecido por hits românticos como “Amei Te Ver” – mas Iorc também acabou virando meme e gerou suspeitas de que suas críticas à masculinidade fossem forjadas na medida para esses tempos.
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Quais são as MASCULINIDADES SAUDÁVEIS, desejáveis e possíveis de nosso tempo? Essa e outras perguntas estão entre as reflexões propostas por uma série de grupos para homens que pipocam pelo país. Iniciativas como o Homens em Conexão, de Brasília, o Memoh, do Rio de Janeiro, e o Guerreiros do Coração, presente em várias cidades, proporcionam rodas de conversa e espaço para acolhimento emocional e psicológico.
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CAPA O que é ser homem?
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1Conversas ‘Temos a oportunidade histórica de refundar o masculino’
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2Depoimento Homem com H: as várias masculinidades
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3Podcast da semana Como lidar com o silêncio dos homens?
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4Semana Dá pra falar de masturbação consciente?
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5Bloco de notas Os achados por trás de tudo isso