Conquistar a fama é o sonho de inúmeras pessoas, afinal, sair do anonimato pode ser a chance de alavancar carreiras. Mas a fama também pode mexer com as suas emoções. A série Bojack Horseman (2014) é o exemplo disso. Há vinte anos, Bojack foi um grande astro de Hollywood ao fazer parte de uma série de grande sucesso, mas, hoje, o ator está em decadência e precisa enfrentar algumas turbulências. O desenho animado protagonizado por um elegante cavalo retrata a DEPRESSÃO e as DIFICULDADES EM CONVIVER EM SOCIEDADE de forma honesta, real e humana.

Sujeito de sorte é aquele que teve a oportunidade de ser tocado pelos versos de AmarElo, música de Emicida, que conta com a participação de Majur, Pabllo Vittar e com o sample de Belchior. A canção retrata a importância e as dificuldades de resistir e sobreviver às adversidades. Como ele canta, “é um mundo cão e pra nóiz perder não é opção, certo?” Indo muito além de um hit, AmarElo é um lembrete para seguir em frente, principalmente em tempos difíceis e que exigem ainda mais da nossa SAÚDE MENTAL.

Como ficaria sua cabeça se descobrisse que um outro planeta estivesse prestes a colidir com a Terra e a única opção seria a destruição completa? Antes de saber do futuro que as esperavam, as irmãs do longa MELANCOLIA (2011), de Lars von Trier, seguem suas rotinas: Justine (Kirsten Dunst) continua seus preparativos para o casamento que está prestes a acontecer e conta com a ajuda de sua irmã, Claire (Charlotte Gainsbourg). O filme retrata como a ideia do extermínio impacta as relações humanas, mas, antes do caos instaurado pela destruição, alguns detalhes acabam gerando ainda mais conflitos, como o EXCESSO DE CONTROLE de Claire e o descontrole emocional de Justine, além das inúmeras descobertas dos segredos familiares durante a trama.

Andrew Solomon, autor de “O DEMÔNIO DO MEIO DIA: UMA ANATOMIA DA DEPRESSÃO” (Companhia das Letras, 2000, permite que o leitor conheça outras facetas da depressão a partir da experiência do próprio escritor, que concedeu uma entrevista exclusiva ao Nexo Jornal.

O machismo estrutural afeta as mulheres diariamente, inclusive em relação a saúde mental. Em “O Fio das Missangas” (Companhia das Letras, 2016), Mia Couto reúne 29 contos que protagonizam, em sua grande maioria, personagens femininas com diferentes vivências: luto, saudosismo de amores passados e até os mais diversos traumas, como o abandono e a violência verbal e física, realidades que denunciam a invisibilidade que as mulheres ainda têm que enfrentar.

A arte foi um dos refúgios para o consagrado artista americano Jacob Lawrence (1917-2000).  Ao longo de sua carreira, trouxe um olhar atento aos problemas sociais que a comunidade afro-americana sofreu desde a escravidão. Já na série Lawrence Hospital, da qual faz parte o quadro “Depression”(imagem acima), ele trata de temas como a SOLIDÃO E ANGÚSTIA.

Alguns hobbies podem ajudar a lidar com a depressão, como é o caso do do exercício físico. Mas há quem diga que jogar vídeo game também pode colaborar. O The New York Times separou alguns jogos específicos que podem auxiliar a lidar com o MISTO DE SENTIMENTOS que a depressão causa. 

O debate sobre a saúde mental vem aumentando e quebrando tabus. Parte do crescimento desse debate vem da abertura de pessoas públicas falando sobre o tema. O apresentador Pedro Bial,  por exemplo, cedeu uma entrevista contando sua experiência com a depressão.

A realidade da maternidade vai muito além de qualquer romantização, como mostra o filme “Tully” (2018), que protagoniza não só a beleza de uma nova vida, mas as necessidades de uma mãe e as cobrança da maternidade após o parto e o período de PUERPÉRIO.

Christian Dunker em “Uma Biografia da Depressão”, (Paidós, 2021). O psicanalista deu uma entrevista a Gama sobre o lançamento.