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1
Qual é sua ideia de felicidade perfeita?
Viajar sem parar. E então parar.
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2
Qual é o seu maior medo?
De altura.
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3
Que característica mais detesta em você?
Uma certa preguiça.
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4
Que característica mais detesta nos outros?
A burrice.
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5
Que pessoa viva você mais admira?
O padre Júlio Lancellotti.
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6
Qual é a sua maior extravagância?
Gastar R$ 3 a mais num pó de café de grãos 100% arábica.
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7
Qual é o seu estado mental atual?
Com a virada do ano e a belíssima festa que foi a posse do Lula, estava me sentindo mais leve. Mas a felicidade e, principalmente, a leveza só duraram uma semana, até o momento em que os terroristas golpistas, a serviço de Bolsonaro (o pior presidente que este país já teve), mostraram novamente as garras na destruição das sedes dos três poderes em Brasília.
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8
Que virtude considera superestimada?
A sinceridade.
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9
Em que ocasião você mente?
Em todas. Sou mitômana compulsiva.
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10
O que menos gosta sobre sua aparência?
Prefiro não pensar nisso.
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11
Que pessoa viva você mais despreza?
Bolsonaro. E vou continuar desprezando quando ele não estiver mais vivo (e espero que esse dia não demore).
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12
Que qualidade mais admira em um homem?
A inteligência.
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13
Que qualidade mais admira em uma mulher?
A inteligência.
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14
De que palavras ou frases você abusa?
Ai, que preguiça.
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15
O que ou quem é o maior amor da sua vida?
O Eduardo, com quem estou há 30 anos e espero ficar mais, pelo menos, outros 30.
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16
Quando e onde você foi mais feliz na vida?
Tento ser feliz quando e onde quer que eu esteja. Pode ser até no inferno.
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17
Que talento você mais gostaria de ter?
Queria saber tocar piano só para tocar, todos os dias, como uma prece, a Suite Bergamasque.
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18
Se você pudesse mudar uma coisa sobre você, o que seria?
Gostaria de eliminar meus 10 graus de miopia sem ter de passar por cirurgia. Por meio de algum milagre mesmo. Se bem que eu perderia a minha supervisão de perto. Melhor não mexer.
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19
O que considera sua maior conquista?
Ter sobrevivido, sem surtar, ao confinamento da pandemia e, simultaneamente, à sucessão de crimes e má gestão do "governo" Bolsonaro, um verme pior que o vírus.
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20
Se você morresse e voltasse como uma coisa ou uma pessoa, o que você gostaria de ser?
Um vulcão ativo.
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21
Onde você mais gostaria de morar?
Em Palermo.
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22
Qual é o seu pertence mais estimado?
Minha moka.
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23
O que você considera o nível mais baixo da desgraça?
Ter tido Bolsonaro como presidente.
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24
Qual sua ocupação favorita?
Aquela para a qual não consigo arranjar tempo: fazer nada.
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25
Qual sua característica mais marcante?
O humor ou a chatice, não sei.
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26
O que você mais valoriza em seus amigos?
A paciência.
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27
Quais os seus escritores favoritos?
São muitos. Hoje, diria Jorge Luis Borges, Clarice Lispector, Roberto Bolaño, Samuel Beckett, Hilda Hilst, Sófocles, Franz Kafka, Mario Bellatin, Nijinsky.
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28
Quem é seu herói na ficção?
Ora Beatrix Kiddo, ora Bartleby.
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29
Com qual figura histórica você mais se identifica?
Com uma escritora de nome esquisito sobre a qual escrevi um texto crítico há alguns anos, chamado “O livro”.
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30
Quem são seus heróis na vida real?
O Eduardo.
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31
Quais são seus nomes favoritos?
Maria e João.
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32
O que você mais detesta?
Prazo.
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33
Qual seu grande arrependimento?
Não ter conhecido a Rússia antes dessa guerra.
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34
Como gostaria de morrer?
Não gostaria de morrer. É muito déclassé.
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35
Qual é o seu lema?
Quem escolhe perde.
Escritora, jornalista, professora e crítica de arte, é autora das coletâneas de contos “Os Anões” (2010), “Sombrio Ermo Turvo” (2019) e “Sul” (2017), vencedora do Jabuti; também ganhou o Prêmio Machado de Assis, o Prêmio São Paulo e o Açorianos com “Opianie Swiata” (2013), seu primeiro romance. Foi curadora da mostra Desvairar22, no Sesc-SP, e dividiu o palco com a principal atração da Flip de 2022, a escritora francesa Annie Ernaux, vencedora do Nobel de Literatura
