Ingrid Gaigher

Atriz

09 de Junho de 2025

Na pele da despachada faxineira Lucimar no remake de “Vale Tudo”, Ingrid Gaigher tem visto a sua personagem ganhar destaque na novela. Parte do sucesso se deve à trama da jovem mãe de Jorginho (Rafael Fuchs) que, cansada de batalhar sozinha para criar o menino, vai à Justiça cobrar a pensão alimentícia do filho. A cena repercutiu tanto que extrapolou o plano artístico e os limites da ficção: defensorias públicas de estados como Rio de Janeiro e São Paulo registraram um aumento descomunal de pedidos nos aplicativos oficiais dos órgãos após o episódio ir ao ar. Antes de dar vida à diarista interpretada em 1988 por Maria Gladys, a atriz carioca já foi bailarina e também é cantora. Ela esteve em cartaz em musicais como “Antes Tarde do que Nunca” (2015) e “O Homem de La Mancha” (2018), ambos dirigidos por Miguel Falabella, e foi uma das protagonistas de “Rent” (2016), com direção de Susana Ribeiro. Fez teatro infantil, atuou nas séries “Segunda Chamada” (2019), do Globoplay, e “Lov3” (2022), do Prime Video, e em outra telenovela da TV Globo, “Quanto Mais Vida, Melhor!” (2021).

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Qual é sua ideia de felicidade perfeita?

Encontrar a felicidade com o que se apresenta no presente. Acho isso tão simples, mas tão difícil. Claro que o presente, muitas vezes, apresenta um contexto adverso, complicado, mas, de fato, é o único tempo que existe. Então, que a felicidade esteja lá.
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Qual é o seu maior medo?

A solidão, não a solitude. Aquela solidão que, por algum motivo, eu não tenha nenhum dos meus amores e afetos por perto. É um medo meio irreal, mas quando penso em medo, penso que o oposto é o encorajamento que as pessoas que tenho comigo me dão.
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Que característica mais detesta em você?

Minha ansiedade com todos os assuntos e em tempo recorde. Por vezes, cinco minutos viram uma eternidade muito intensa. E, pelo visto, minha autocrítica também.
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Que característica mais detesta nos outros?

Egoísmo e oportunismo. Gente que só se relaciona com pessoas que representam boas oportunidades.
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Que pessoa viva você mais admira?

Minha mãe, Paulinha, sabe muito da vida.
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Qual é a sua maior extravagância?

A moda e meus aniversários. Adoro extravasar nos looks e, nos meus aniversários, invisto sempre em festas épicas. Adoro comemorar a vida, acho muito que merece sempre.
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Qual é o seu estado mental atual?

Ansiosa, com várias abas abertas, querendo fazer muita coisa ao mesmo tempo.
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Que virtude considera superestimada?

A simpatia. Às vezes a pessoa é simpática, mas absolutamente traz verdade ou conteúdo. Acho que o nosso medo atual do julgamento imediato nas redes tem nos deixado numa super performance em que o sorriso e as frases benquistas são queridinhas, "muito galera", como diria Rita Lee.
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Em que ocasião você mente?

Quando detesto uma peça de teatro, mas vejo a trajetória e o esforço do artista para levantar aquele projeto. Eu nunca vou dizer que detestei, nunca vão saber, sempre parabenizo e invento boas impressões. Isso se estende a situações em que vejo alguém muito feliz com algo que eu não gostei — sejam roupas ou namorado(a)s, eu não digo a verdade de primeira.
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O que menos gosta sobre sua aparência?

Minhas olheiras.
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Que pessoa viva você mais despreza?

Um ex-presidente inelegível.
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Que qualidade mais admira em um homem?

A inteligência aliada a não se levar tão a sério.
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Que qualidade mais admira em uma mulher?

A inteligência aliada a liberdade.
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De que palavras ou frases você abusa?

"Nunca" e "bem isso".
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O que ou quem é o maior amor da sua vida?

Meu trabalho. Sou apaixonada, devota, quase um amor incondicional. Digo "quase" porque tenho aprendido cada vez mais a dizer não pro que não acredito.
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Quando e onde você foi mais feliz na vida?

Todas as vezes em que me apaixonei fui muito feliz. Na minha cerimônia de casamento. Quando entrei na faculdade de artes cênicas. No palco, fui muito feliz estreando "Rent", em 2016 — era uma euforia no meu corpo que nunca esqueço. Ou quando estive em cartaz em "Gabriela, Cravo e Canela", em 2017, vivendo Malvina, uma peça que me fazia encontrar com Deus. Quando meu pai saiu do hospital depois da Covid, vivo! E quando recebi a notícia de que estaria em "Vale Tudo", quase transcendi. É difícil escolher um momento só porque a felicidade se revela de formas diferentes.
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Que talento você mais gostaria de ter?

O do balé clássico. Tentei por 11 anos da minha vida. Acho uma arte transcendental, linda, que leva o público para um lugar onírico, belo. Eu queria ser bailarina antes de ser atriz, mas sou melhor atriz que bailarina, sem dúvidas.
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Se você pudesse mudar uma coisa sobre você, o que seria?

Minha dificuldade de receber elogio e minha asma.
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O que considera sua maior conquista?

Minha carreira artística e minha disciplina. Na carreira, tudo foi realmente fruto de muito estudo, muita lapidação da minha personalidade aliada à minha espiritualidade, muito autoconhecimento. Eu não era disciplinada, precisei primeiro aprender a ser para alcançar o que eu queria como artista.
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Se você morresse e voltasse como uma coisa ou uma pessoa, o que você gostaria de ser?

O David Bowie!
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Onde você mais gostaria de morar?

Amo o Rio de Janeiro. Moraria em muitos lugares, mas aqui é meu lugar.
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Qual é o seu pertence mais estimado?

O celular.
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O que você considera o nível mais baixo da desgraça?

A fome. Ela leva a outras tantas degradações humanas inconcebíveis.
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Qual sua ocupação favorita?

Meu trabalho e ouvir música.
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Qual sua característica mais marcante?

Minha risada e minha confusão.
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O que você mais valoriza em seus amigos?

O bom humor, a lealdade e o talento. São todos talentosos, juro.
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Quais os seus escritores favoritos?

Valter Hugo Mãe e Édouard Louis.
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Quem é seu herói na ficção?

Carlitos, de Charles Chaplin.
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Com qual figura histórica você mais se identifica?

Com Joana d'Arc e todas as mulheres líderes indígenas brasileiras que tiveram apagadas suas lutas e trajetórias.
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Quem são seus heróis na vida real?

Padre Júlio Lancellotti e Erika Hilton.
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Quais são seus nomes favoritos?

João e Betânia.
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O que você mais detesta?

Reclamação sem fim e sem objetivo.
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Qual seu grande arrependimento?

Não ter feito autoescola ainda.
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Como gostaria de morrer?

Dormindo, sonhando e confundindo sonho com pós-vida.
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Qual é o seu lema?

Estou aqui, na verdade e no amor.