Em menos de um ano após estrear na tevê com destaque no remake da novela “Renascer”, em 2024, como o personagem Deocleciano, o ator, roteirista e diretor manauara Adanilo emendou um novo trabalho na tela da Globo. Em “Volta por Cima”, atual trama das 19h, ele vive Sidney, um dos motoristas de ônibus da Viação Formosa. Indígena do povo Munduruku, o artista já atuou nas séries “Cidade Invisível”, da Netflix, e “Dom”, da Amazon Prime Video. Também integrou o elenco de filmes como “Marighella”, “Noites Alienígenas” e “Ricos de Amor 2”. Está no elenco do longa “Oeste Outra Vez”, de Erico Rassi, em cartaz no cinema, e em “O Último Azul”, de Gabriel Mascaro, vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim, o segundo prêmio mais importante do evento alemão, que tem previsão de estreia ainda em 2025.
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Qual é sua ideia de felicidade perfeita?
Que minha filha possa viver num mundo mais igualitário e saudável, em harmonia com a natureza.
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Qual é o seu maior medo?
Da morte.
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Que característica mais detesta em você?
Saber claramente o que quero mudar em mim, mas não conseguir tão facilmente.
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Que característica mais detesta nos outros?
A prepotência.
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Que pessoa viva você mais admira?
Minha filha. É lindo ver um ser humano se formando.
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Qual é a sua maior extravagância?
Comidas amazônicas.
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Qual é o seu estado mental atual?
Um pouco confuso com tudo o que o mundo é, mas buscando minhas essências e minhas missões.
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Que virtude considera superestimada?
Exibicionismo de intelectualidade.
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Em que ocasião você mente?
Estou num momento de evitar ao máximo mentiras.
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O que menos gosta sobre sua aparência?
Enquanto pessoa indígena, é importante valorizar cada aspecto do meu corpo, já que nossas aparências sempre foram rechaçadas.
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Que pessoa viva você mais despreza?
É fácil desprezar Bolsonaro e tudo o que ele representa!
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Que qualidade mais admira em um homem?
A sensibilidade, a escuta e a empatia.
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Que qualidade mais admira em uma mulher?
O talento no que se propõe fazer.
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De que palavras ou frases você abusa?
De gírias manauaras.
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O que ou quem é o maior amor da sua vida?
Léa, minha filha.
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Quando e onde você foi mais feliz na vida?
Sou muito realizado no meu trabalho.
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Que talento você mais gostaria de ter?
Cantar com qualidade.
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Se você pudesse mudar uma coisa sobre você, o que seria?
Traços culturais de masculinidade.
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O que considera sua maior conquista?
Ser pai de uma criança tão incrível.
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Se você morresse e voltasse como uma coisa ou uma pessoa, o que você gostaria de ser?
Adoraria ser uma onça em algum lugar isolado da Amazônia.
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Onde você mais gostaria de morar?
Já moro onde mais gosto, no Amazonas.
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Qual é o seu pertence mais estimado?
Tenho uma relação confusa com pertences, gosto de muitas coisas que tenho, mas tento praticar um desapego.
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O que você considera o nível mais baixo da desgraça?
Todas as formas de opressão: racismo, xenofobia, machismo…
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Qual sua ocupação favorita?
Atuar, escrever e dirigir.
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Qual sua característica mais marcante?
Não faço ideia. Hahahaha.
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O que você mais valoriza em seus amigos?
A companhia, conversar abertamente, a escuta.
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Quais os seus escritores favoritos?
Ailton Krenak, Daniel Munduruku, Clarice Lispector, Grace Passô, Valter Hugo Mãe.
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Quem é seu herói na ficção?
Makunáimã e Ajuricaba, personagens reais que foram ficcionalizados.
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Com qual figura histórica você mais se identifica?
Infelizmente a gente foi privado de ter acesso aos feitos de tantos indígenas que poderiam nos servir de referência, então, me identifico com a resistência e a força dos meus ancestrais que nos conduziram até aqui.
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Quem são seus heróis na vida real?
Minha mãe, além de uma infinidade de indígenas que admiro profundamente.
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Quais são seus nomes favoritos?
Léa e Adanilo.
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O que você mais detesta?
Injustiça social.
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Qual seu grande arrependimento?
Não ter sido melhor quando tive oportunidade.
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Como gostaria de morrer?
Mais velho, tranquilo, na Amazônia.
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Qual é o seu lema?
Devagar e sempre.
