@_inglee
Ing Lee é uma artista plástica e quadrinista mineira de ascendência norte-coreana. Suas criações falam de memória, identidades e cultura do leste asiático
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Ing Lee, 25, desenha desde criança. Começou publicando zines e pôsteres em feiras gráficas, em 2016, e, dois anos depois, estreou no mundo dos quadrinhos
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Filha de uma brasileira e um norte-coreano, Ing pesquisa temas como identidade, memória e geopolítica leste-asiática para criar suas narrativas gráficas
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Seu pai nasceu na cidade de Anak, de onde fugiu com a família aos 3 anos. Mudou-se para o Brasil aos 18, mas Ing não foi criada dentro de uma comunidade coreana-brasileira. Por isso é instigada pelo resgate de sua origem e da história política e cultural da Coreia
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Entre suas referências, estão as artes de propaganda e arquitetura norte-coreanas e o cinema e literatura sul-coreanos
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Sua produção também tematiza corpos considerados dissidentes, com histórias sobre pessoas LGBTQIA+ ou com deficiência. As criações de Ing, que é deficiente auditiva, contribuem para naturalizar essas narrativas
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Mas questões de identidade e representação são apenas uma parte de seu trabalho
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Sua primeira HQ solo é Karaokê Box, lançada de forma independente em 2019, sobre uma noitada que se passa num estabelecimento de São Paulo, frequentado por Ing
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Aliás, não é raro topar com autorretratos e referências pessoais em suas criações
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Na HQ “Que se exploda”, publicada pelo selo independente @oquiabo, do qual Ing é cofundadora, a artista cria uma versão distópica de sua cidade natal, Belo Horizonte
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Uma das coisas mais legais do seu Instagram é poder ver o amadurecimento dos seus trabalhos, como neste desenho, feito em 2017, antes de começar a publicar HQs
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Há belíssimas obras de várias de suas fases, inclusive do início da carreira, quando começou a criar inspirada pela animação ‘Pokémon’
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E todo um arcabouço de antigas e novas convicções. Para quem quer se iniciar na obra de Ing Lee, vale a visita