Objeto de análise: Caneta Bic Cristal — Gama Revista
® BIC

Caneta Bic Cristal

Tão popular quanto reconhecida, ela está no acervo de design MoMA, pode traçar 2 km e é vendida por menos de R$ 1

Laura Capelhuchnik 09 de Fevereiro de 2021
  • O que é

    Uma caneta esferográfica tão popular quanto reconhecida por seu design: é vendida a preços módicos no mundo todo e integra a coleção permanente do Departamento de Arquitetura e Design do MoMA. Esculpida em plástico de formato hexagonal para não deslizar nas superfícies, tem em sua ponta uma esfera feita em metal que gira em torno de si mesma, entra em contato com a tinta (mais comumente azul ou preta) e faz a magia acontecer no papel. Magia essa que se prolonga por até cerca de dois quilômetros de traçado — sim, apesar de parecer eterna, invencível e sobrenatural, a BIC azul é descartável. O modelo tradicional tem 15 cm de comprimento, 8 mm de largura e um orifício no cabo, feito para manter a pressão de dentro da caneta igual à de fora, ajudando a empurrar a tinta para a ponta e possibilitando que ela funcione muito bem também em altitudes elevadas.

  • Quem fez

    O nome da marca é inspirado no sobrenome de seu inventor: o francês Michael Bich, que nos anos 1940 comprou uma fábrica na cidade de Clichy para produzir componentes de instrumentos de escrita. A BIC Cristal foi seu primeiro modelo, lançado em 1950, uma adaptação da caneta esferográfica inventada pelo húngaro László Biró. De tão comum no Brasil, muita gente ainda acha que a caneta nasceu aqui. Mas chegou no país alguns anos depois, em 1956. A primeira fábrica brasileira da marca foi fundada em 1960, em São Paulo, dando início a um projeto de expansão dos produtos no mercado sul-americano.

  • Por que é tão desejado

    Porque antes mesmo de desejá-la você já possui uma: há quem acredite que as BICs simplesmente se materializam em estojos e escrivaninhas. Que são capazes de multiplicação no escuro de uma gaveta. Segundo os mais cautelosos, isso acontece porque, na maior parte das vezes, emprestar uma dessas para alguém é ter de esquecer que um dia ela já foi sua. Segundo a marca, qualidade e preço acessível é que garantiram sua rápida popularidade, que perdura pelas décadas. Famosa no mundo todo, a BIC  já vendeu mais 100 bilhões de unidades Cristal em sua história. Estima-se que a cada segundo, 57 unidades ganhem novos donos pelo mundo — isso antes de elas serem extraviadas por colegas. Outro ponto forte é que, apesar de muito tradicional e antiga no mercado, a caneta passou por melhorias relacionadas à vida útil e maciez na hora de escrever ao longo destes 70 anos. E para os redatores mais moderninhos, também há hoje derivações de todos os tipos: com cheiro, com design personalizado, mais finas ou mais curtas.

  • Vale?

    Para além de cumprir muito bem sua função, é um item com história, cujo design garantiu sua entrada no acervo de um dos principais museus do mundo, e que pode ser encontrado por menos de R$ 1. Valeu (partindo do pressuposto de que, se você está vivo, já esteve em posse de uma), não?

  • Onde comprar

    Em praticamente qualquer loja com produtos de papelaria, às vezes em bancas de jornal, farmácias e até padarias. Se quiser comprar pela internet, dá para adquirir uma caixa com 50 unidades por cerca de R$ 34,90, ou uma só caneta por R$ 0,83.

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