Como flertar nas redes sociais com mais eficácia

Fique de olho no @ desejado, mas sem perseguir –
Ficar na cola do crush não só é bastante aceitável, como importante para engrenar a paquera nas redes sociais. Saber dos gostos da pessoa por quem se tem o mínimo interesse, além de poder servir para descartar de vez a possibilidade de algo acontecer (e acontece), é uma ótima chance de colecionar ganchos para a primeira conversa. Nos últimos anos, o Instagram se mostrou como o lugar certo para isso, sobretudo porque, com o recurso dos stories, as pessoas tendem a divulgar mais seus hábitos diários. Se o alvo não postar muitas fotos no feed, não deixe de olhar as marcações ou até mesmo os destaques mais antigos. Ali, você pode descobrir verdadeiros trunfos para engatar um bom papo: uma expertise desconhecida em viola caipira, o tempo em que o rapaz, ou a moça, morou em Buenos Aires – e você também, que coincidência! – ou até mesmo uma fixação comum pelo caqui. É isso! Nada de desconsiderar as “coisas mais banais”.

Estabeleça o tête-à-tête virtual –
“As pessoas que saem na noite procuram algo que na verdade não vão encontrar, mas elas curtem a procura, o papo-furado”, disse Cazuza, em trecho do livro “Só as Mães São Felizes” (Globo, 1997), escrito por Lucinha Araújo, em depoimento para Regina Echeverria. O mesmo serve para a busca online. Puxar assunto cabeça logo de cara dificilmente vai trazer a pessoa desejada, e muito menos fingir conhecimento sobre um assunto que você não tem para chamar atenção. O segredo é apertar a tecla da transparência. Calma, nada de “nudes” por enquanto! “Xaveque sem medo de se mostrar transparentão e verdadeire, sem medo do ridículo”, diz a produtora de conteúdo e apresentadora do podcast Ppkansada, Bertha Salles, conhecida como Bebeta.

Deixe as reações de lado, responda os stories –
“Nada de resposta na dm com foguinho por aqui, o lance para mim é ser mais direta, ganhar o outre no papo e na sinceridade mesmo”, lembra Bebeta. Depois de reconhecer a área, responder os stories do @ almejado é o próximo passo do flerte virtual. Seja ele quem for – amigo ou conhecido, anônimo ou verificado –, existe uma sequência que tende a não falhar: fazer um comentário sobre o assunto postado e emendar uma pergunta, para não deixar o papo morrer. “Você pode pegar uma brecha sobre uma música, ou algo que a pessoa esteja fazendo naquele dia, e nisso já pode lançar a braba: ‘Ei, vamos tomar uma veveja essa semana?’”, é a dica da apresentadora do Ppkansada. É ir direto ao ponto, sem muita enrolação e com segurança. Afinal, a ideia de “o máximo que você vai ouvir é um não” também vale na cena virtual. “Se a pessoa topar, ótimo! Você já tem um date garantido! Se a resposta for não, perfeito, porque aí não perdeu muito do seu tempo e pode ir partindo para a próxima!”, ela diz. Está aí outro ponto positivo da paquera na rede social: moralismos muito à parte, fica mais fácil conversar com mais de uma pessoa ao mesmo tempo. O bom é que o famoso “atirar para todo lado” nem vai doer, já que as investidas, nesse caso, acontecem é no particular.

Envie memes e outros posts divertidos –
“Se não for comer, nem tempera”, é a famosa frase que acompanha a Mônica saltitante, em cenário com fundo de arco-íris. À medida que a interação for evoluindo – ou a depender do nível de intimidade que você já tenha com a pessoa ou, ainda, da sua própria coragem –, utilizar cards e figurinhas engraçadas, cheias de segundas intenções, pode ajudar a avançar no objetivo final. A diferença para enviar uma cantada clichê é que essas mensagens que associam imagem e texto conversam diretamente com outros elementos da internet, trazendo referências e criando elos de conexão com assuntos diversos. O perfil da agência Obvious (e o do Prazer, Obvious, para os mais avançados), traz dicas ótimas que vão dizer na lata o que se espera da(o) crush. Fica a dica para usar e abusar desses recursos virtuais!

Não sinta medo de se relacionar –
Assim como nos relacionamentos que se iniciam presencialmente – desde os mais remotos bailinhos da escola e os encontros na praça depois da missa, no interior –, os romances virtuais também começam na superficialidade. E, assim como no cara a cara, apesar das barreiras aparentemente vantajosas da rede social, o contato virtual sofre várias interferências emocionais. “Se mostrar vulnerável tem sido o maior breque na hora de dar um passo a mais e conquistar alguém. E eu não estou falando de ter algo mais sério, mas para os lancinhos ou ficadas esporádicas”, afirma Bebeta. Em outras palavras, não tenha medo de envolver os seus afetos. Da mesma forma, se o interesse não existir, a dica é ser sincera(o) novamente. Por mais fácil que seja digitar uma frase ou enviar uma imagem, não é de bom tom “brincar de flerte” ou aplicar ghosting nas pessoas.