Monte um bar em casa
Há quem diga que a vida não é um open bar. Mas nada impede que você tenha expertise e boas ferramentas para tomar um bom drinque em casa — mesmo isolado
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Foco no goró –
Você não precisa de todos os alcoólicos do mundo para ter um bom bar. Foque nos essenciais: gim, bourbon, vermute tinto, vermute seco, um licor tipo Cointreau (de laranja) e alguma mistura, como um bitter. Só com isso já dá para fazer várias receitas. Se for fã de negroni, acrescente um amargo, como Campari. E, se quiser aumentar a lista, pode adicionar rum, vodca, tequila. Ainda no campo dos ingredientes, é bom ter em casa limão, laranja, tônica e, é claro, açúcar. -
2
Ice, ice, baby –
Erroneamente menosprezado, o gelo é a primeira coisa a ser resolvida, já que é ele que dá equilíbrio aos drinques. É importante ter um bom espaço no freezer e, se possível, não deixar o gelo junto de outros alimentos, para que não pegue gosto ou cheiro. Invista em fôrmas de tamanho médio a grande. Gelos pequenos não funcionam bem em coquetéis porque dissolvem mais rápido e diluem a bebida. A dica é do bartender Alê D’Agostino, que por 18 anos comandou a bancada do Spot e hoje está à frente do bar Apothek, em São Paulo. -
3
Monte sua caixa de ferramentas –
Cada drinque pede o próprio tipo de copo, mas para quem está começando três formatos são mais que suficientes: copo baixo, copo alto e taça coupê. Já a lista de utensílios começa por uma faca boa. E segue: uma coqueteleira, uma colher bailarina, um dosador, um coador, um macerador e uma tábua de corte. -
4
Escolha um cantinho especial –
Você não precisa de um lugar grande, pode ser um cantinho – uma prateleira ou até uma bandeja são suficientes. O mais importante é que não haja incidência de luz solar direta, que o espaço seja um pouco mais escuro e arejado. Muita umidade e luz do sol podem alterar as características de algumas bebidas, como o uísque. E o vermute, bem fechado, sempre na geladeira (é uma bebida que sofre oxidação e, portanto, deve ser consumida em até dois meses). -
5
Aposte (e consulte) na bibliografia –
Por fim, para não ficar totalmente perdido, escolha um ou dois bons livros para ter à mão e consultar. Para começar, “A Coquetelaria ao Alcance de Todos”, do Mestre Derivan+, traz 250 receitas clássicas de maneira didática para qualquer bartender amador mandar bem. “Imbibe!”, de David Wondrich, além de receitas, tem histórias, como a da origem de muitos drinques e informações sobre Jerry Thomas, considerado o pai da mixologia norte-americana. Por fim, “The Joy of Mixology”, de Gary Regan, traça a genealogia dos coquetéis e é um norte para dominar a arte do preparo de qualquer drinque das famílias clássicas. Para consultas mais rápidas, o site Liquor.com, a BBC e o Panelinha reúnem boas receitas.