O jornalista Daniel Benevides, colunista da Folha de S. Paulo, é o responsável pelo curso “Comparando Mitologias: a vida e obra de Leonard Cohen”, no Centro Cultural Literário Escrevedeira. Os quatro encontros pretendem passear pela trajetória do cantor e poeta canadense, a vivência dupla entre a literatura e a música, sua influência com a mistura do folk, da música cigana e da chanson francesa, arte que o acompanhou até o fim da vida. De 20/10 até 10/11, às quartas, com inscrições abertas. (Andressa Algave)
Uma das primeiras batalhas de poesia falada do Brasil, o Slam do 13 ocupa uma plataforma de terminal de ônibus na zona sul de São Paulo desde 2013 e preparou uma programação especial para o mês de julho, transmitida em suas redes sociais. Entre as atrações, haverá pocket poesia ao vivo e uma edição especial da batalha com 13 poetas de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Os poetas Michele Santos e Marcio Ricardo também ocuparão o Instagram do Slam durante 24 horas. (Andressa Algave)
Em 1982 a artista multimídia Laurie Anderson assinou um contrato de 7 álbuns com a gravadora Warner. O primeiro deles, Big Science, teve um hit improvável, O'Superman, poesia musicada com ares de mensagem de secretária eletrônica de 8 minutos de duração. O álbum acaba de ser relançado numa bela edição limitada em vinil vermelho, e está disponível também nas plataformas de streaming. (Guilherme Falcão Pelegrino)
Quando o surrealismo invade a vida, a poesia pode oferecer uma oportunidade de respiro. A estratégia de sobrevivência acabou virando um podcast: o escritor, editor e colunista da Gama Leandro Sarmatz lê dois poemas por semana na série Sou Tímido Espalhafatoso, batizada a partir de um verso de “Vaca Profana”, de Caetano Veloso. “Tento equilibrar entre poetas consagrados, gente nova e talentosa, homens e mulheres, poetas e cancionistas”. (Isabelle Moreira Lima)
Se para as casas de aposta especializadas o anúncio da vencedora do Nobel de Literatura já foi uma surpresa, muitos leitores brasileiros devem ter ouvido o nome de Louise Glück pela primeira vez por causa do prêmio sueco. Embora a poeta americana seja reconhecida nos EUA, colecionando outros troféus celebrados -- como o Pulitzer e o National Book Award --, ela ainda não teve livros publicados no Brasil. É possível, no entanto, ler seus poemas online, em traduções feitas pelos também escritores Pedro Gonzaga, André Caramuru Aubert e Camila Assad nas revistas literárias Estado da Arte e Rascunho e no portal G1. Para quem se aventura na leitura em inglês, o site da Academy of American Poets também reúne alguns dos versos de Glück. Nascida nos EUA em 1943 e descendente de judeus húngaros, a poeta começou a escrever ainda criança e tem 18 livros publicados. Ao abordar temas como a morte, as rejeições e os traumas, Glück levou o Nobel por “sua voz poética inconfundível que, com beleza austera, torna universal a existência individual”. Para saber mais sobre ela e sua obra, vale ler as críticas do New York Times e da The Atlantic e este texto da Revista Cult, em que o crítico Tarso de Melo a apresenta ao lado de outros bons poetas norte-americanos pouco conhecidos por aqui.