"Todos, todos os sadios prazeres da vida, enfim, são privilégios masculinos!", escreve Ercilia Nogueira Cobra, em "Virgindade Inútil" (Carambaia, 2022), que escreveu em 1927. Ela, que foi uma voz importante da literatura do início do século 20, mistura sátira, ficção e argumentação contra a dominação patriarcal. O cenário é um país chamado Bocolândia, onde se conserva um estado de estupidez. Em alguns momentos, soa como 2022. (Isabelle Moreira Lima)
O líder dos Racionais MC's recebe uma das maiores intelectuais do movimento negro brasileiro. Durante duas horas, duas das mais importantes figuras do Brasil contemporâneo debatem temas como racismo e a sociedade brasileira. Mais do que uma entrevista, Mano a Mano dá uma aula. Para quem deseja mais da filósofa, o 1º Festival Casa Sueli Carneiro tem uma programação inteira online e presencial. (Daniel Vila Nova)
Em 2021, o filme “Má Sorte no Sexo ou Pornô Acidental”, uma crítica com humor ácido ao machismo, estreou arrebatando o Urso de Ouro. Agora, o longa está sendo lançado em circuito comercial no Brasil. Embora trate da realidade da Romênia, país do cineasta Radu Jude, este conto sobre o preconceito sofrido por uma professora que teve sua sex tape vazada encontra ressonância no mundo todo. (Leonardo Neiva)
Desvendando apelidos preconceituosos de plantas como judeu-errante e maria-sem-vergonha, a artista e pesquisadora Giselle Beiguelman apresenta “Botannica Tirannica”, que investiga a genealogia e a estética de nomes dados a plantas “daninhas”. Na exposição, estão categorizados em antissemitas, machistas, racistas, contra indígenas e ciganos, e acompanhados de vídeos e pinturas. Até 18/9, no MUJ, em São Paulo. (Leonardo Neiva)