A SP-Arte lança nesta sexta-feira (14) o podcast "Arte em Meio-Tempo", que passeia por episódios marcantes da história recente da arte no país. "Sem querer dar conta de nenhuma versão final", o jornalista e crítico de arte Felipe Molitor e a professora e pesquisadora Mirtes Marins de Oliveira compartilham o microfone para retomar a época da fundação de museus em São Paulo e no Rio de Janeiro, a censura aos artistas durante o regime militar e o desbunde na cultura nas décadas de 1970 e 80, entre outras passagens, conectando artistas e exposições à paisagem social e política de cada momento, até chegar nos anos 2000. O episódio de estreia é dedicado à Semana de Arte Moderna de 22. Seria ela o grande marco do modernismo na arte brasileira?
Inovador da linguagem, ícone da contracultura, pioneiro em instalações que dissolvem a fronteira entre obra e espectador – este era Hélio Oiticica. Mas talvez o que melhor defina o artista carioca é a multiplicidade: de experiências, tentativas e sentidos. Reconhecido internacionalmente, ampliou o horizonte da arte brasileira, ao beber da literatura e da filosofia para criar suas obras – um dos poucos brasileiros que faziam isso à época –, e investir em estéticas que excitam múltiplos sentidos sensoriais. Neste ano, aniversário de 40 anos da morte do artista, o Nexo produziu um especial sobre sua trajetória e principais trabalhos.
É preciso muito talento para gravar um disco ao vivo (numa tacada só) e sem pós-produção. Essa foi a aposta de Seu Jorge e Rogê com "Night Dreamer Direct-to-Disc", álbum riscado direto no vinil e lançado sem nenhum tratamento posterior de som. Já disponível nas plataformas digitais, foi produzido na Holanda no início do ano em apenas quatro dias. O resultado é singelo, como uma espécie de metáfora para a amizade de mais de 30 anos dos dois compositores, grandes representantes de sua geração na música brasileira – há intimismo e beleza, mas também imperfeições. E não faltam símbolos de uma brasilidade com referências ancestrais comuns aos dois artistas: a canção "Meu Brasil", por exemplo, celebra nomes como João Gilberto, Zumbi dos Palmares, Dona Ivone Lara e Marielle Franco. Outras grandes figuras, entre elas Gilberto Gil, Caetano Veloso e Marisa Monte, também fazem companhia a Seu Jorge e Rogê no recém-lançado clipe de "Pra você meu amigo", uma das faixas do disco. O vídeo foi produzido com recursos realidade virtual para unir os dois parceiros que estão passando a quarentena em países diferentes.