Conteúdos sobre arte na Gama Revista

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As bailarinas de Degas no Masp

Os pés e as mãos devidamente posicionados, o queixo levantado, um laço frouxo no cabelo — é assim que a jovem Marie van Goethem, filha de uma lavadeira e de um alfaiate, foi retratada por Edgar Degas (1834-1917) na icônica escultura “Bailarina de Catorze Anos” (1880). A peça é uma das centenas de obras do artista francês sobre o universo da Ópera de Paris e está na nova exposição do Masp dedicada a ele, junto a outras 72 esculturas de bronze, dois desenhos e uma pintura saídos da coleção do museu paulista. Da turma de Manet, Monet e Renoir, Degas encontrou suas maiores inspirações no ballet — não à toa, a mostra, em cartaz a partir de 4 de dezembro, encerra o ciclo de histórias da dança no Masp em 2020. A exposição traz também releituras fotográficas dos trabalhos do francês pela artista brasileira Sofia Borges e um catálogo com ensaios inéditos sobre as perspectivas sociopolíticas de sua arte. (Mariana Payno)
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Novas Frequências: X

No ano em que completa dez anos de existência, o festival de performance e música de vanguarda e experimental Novas Frequências se viu obrigado a se reinventar. Organizado pelo crítico e curador Chico Dub, e realizado anualmente no mês de dezembro no Rio de Janeiro, o Novas Frequências será realizado de forma 100% digital. O tema do ano, "X", faz referência ao número romano mas às ideias de ruptura, negação, pluralidade e feminino, ao homenagear Jocy de Oliveira, primeira mulher a ter uma ópera encenada no Theatro Municipal de São Paulo, e pioneira na música eletrônica e multimídia. Entre 1º e 13/12, o line-up do evento, que conta só com artistas brasileiros, mistura performances musicais, experimentos sonoros e mesas de conversa. (Guilherme Falcão)
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Uma Megafauna no centro da cidade

Notícia animadora para quem acompanhou os esforços do meio editorial durante a pandemia: nesta semana, a livraria Megafauna começou a funcionar no piso térreo do Edifício Copan, no centro de São Paulo (Av. Ipiranga, 200 - loja 53). O espaço dedicado ao livro e à difusão das artes e das ciências deve sediar debates, encontros e também parcerias com a associação cultural Pivô, colega de condomínio da livraria, tão logo seja possível. Por ora, a visitação aos 216 metros quadrados de Megafauna está limitada a dez clientes por vez, de segunda a sábado, das 13h às 19h. Para quem ainda não quer se expor aos encontros presenciais, vale circular pelo perfil da livraria no Instagram. Dá para matar a curiosidade sobre o espaço, sair com boas indicações de leitura, e até encomendá-las pelo Whatsapp. (Laura Capelhuchnik)
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Reflexões sobre a língua entre Brasil e Portugal

Organismo vivo, uma língua carrega sempre ambiguidades, múltiplas manifestações e possibilidades de sentido — sobretudo em contextos pós-coloniais. É sobre essa ideia de fragmentação e polifonia da língua portuguesa que se constrói a exposição “Farsa. Língua, Fratura, Ficção: Brasil-Portugal”, em cartaz no Sesc Pompeia, em São Paulo. Com trabalhos de mais de 50 artistas dos dois países e de diferentes gerações — entre eles Ana Hatherly, Ana Maria Maiolino, Grada Kilomba, Lygia Pape e Carla Filipe —, a mostra explora os usos inventivos, artísticos, poéticos e políticos da língua e da linguagem. A entrada é gratuita, mas a visita deve ser agendada pelo site do Sesc e segue os protocolos de segurança da pandemia. Quem não puder ir pode conferir a galeria virtual da exposição, com obras comentadas, depoimentos e entrevistas com artistas. (Mariana Payno)
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Marina Abramovic está cansada da morte

Com os olhos profundos e os longos cabelos negros, ela trabalha sob risco de morte e já teve o coração partido inúmeras vezes: a artista sérvia Marina Abramovic — que ganhou notoriedade pop com a performance “The Artist is Present” (“A Artista Está Presente”), encenada pela primeira vez no Museu de Arte Moderna de Nova York em 2010 e com passagem pelo Brasil em 2015 — é conhecida por colocar o corpo e a própria vida à prova em seus trabalhos. Neste longo perfil publicado pelo site de design, arte e cultura It's Nice That, Abramovic discute o tema da mortalidade e fala de seu projeto mais recente, a ópera biográfica “The Seven Deaths of Maria Callas” (“As Sete Mortes de Maria Callas”), em que a vida e a obra das duas notórias artistas se fundem. (Guilherme Falcão)
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20 anos de MAM em um só lugar

Quando completa 20 anos de existência, o Clube de Colecionadores de Fotografia do Museu de Arte Moderna de São Paulo celebra sua longevidade com uma exposição que reúne destaques do acervo do museu e das coleções particulares do clube. Uma homenagem às 21 edições do clube, a exposição busca celebrar os artistas e obras que contribuíram para a rica história do MAM. Assinadas por nomes como Walter Carvalho, Maureen Bisilliat, Claudia Andujar, Barbara Wagner e Felipe Cama, as 107 obras serão exibidas no MAM de 13 de outubro a 1º de agosto de 2021. A exposição pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 12h às 18h. Os ingressos podem ser reservados no site do museu. É possível conferir uma prévia da exposição no perfil do MAM no Google Arts & Culture. (Daniel Vila Nova)
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A coreografia da vida de Trisha Brown

Até dia 15 de novembro, o Masp expõe a primeira exposição individual da América do Sul dedicada à coreógrafa, dançarina e artista americana Trisha Brown. A mostra reúne 156 obras produzidas entre 1963 e 2005, entre fotografias e filmes de danças coreografadas por Brown e sua companhia, Trisha Brown Dance Company, fundada em 1970, e partituras e desenhos que conversam com seu trabalho como dançarina. O título da exposição, “Coreografar a vida”, traduz a capacidade da artista de incorporar movimentos comuns do dia a dia em suas coreografias. Dividida em oito núcleos, “Corpo democrático”, “Contra a gravidade”, “Transmitir os gestos”, “Acumulações”, “Diagrama em movimento”, “Impulso contraditório”, “Máquinas de dança” e “Desenhar, performar”, a mostra evidencia a complexa relação entre a dança e suas representações visuais, e revela a maestria com que Brown combina suas coreografias com outras áreas do conhecimento, como a matemática, a geografia e a arquitetura. (Manuela Stelzer)
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Retornos nostálgicos

O grupo de rock americano Grateful Dead já não brilha mais sobre os palcos, mas não deixou de mãos abanando sua legião de fãs de roupas coloridas, os "Deadheads", e os admiradores mais jovens que não alcançaram o tempo de vê-los ao vivo. Além da série de registros de shows históricos transmitidos em streaming durante a quarentena, o grupo que nasceu na Califórnia dos anos 1960 também lançou, este ano, duas edições comemorativas de trabalhos emblemáticos na sua trajetória. Depois do novo "Workingman’s Dead", agora é vez de "American Beauty", quinto álbum de estúdio -- e possivelmente o mais prestigiado -- ganhar uma versão remasterizada em ocasião de seu 50 aniversário. O trabalho vem acompanhado da gravação inédita de um show feito pela banda em 1971, em Port Chester, Nova York. Para os mais apegados, a peça está sendo comercializada em edições limitadas de vinil. Pelos mortais, ela pode ser apreciada na íntegra, em três discos, pelas plataformas de streaming. (Laura Capelhuchnick)