Chef do Ici Bistrô, que completou 18 anos em 2020, e do Tappo Trattoria, ele é também sócio da Cia Tradicional do Comércio, com quem fundou o ICI Brasserie (2012) e a Bráz Trattoria (2014)
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Qual é sua ideia de felicidade perfeita?
Alcançar a tranquilidade com um olhar mais carinhoso e de mais aceitação com o que sou, sobre o que tenho e sobre o que construí.
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Qual é o seu maior medo?
Demência, perder filhos.
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Que característica mais detesta em você?
Minha falta de concentração, indecisão.
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Que característica mais detesta nos outros?
Canalhice, maldade, ganância.
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Que pessoa viva você mais admira?
Olha, no momento dessa entrevista estamos há quase um ano dentro dessa pandemia louca do covid-19. Hoje já um pouco mais tranquilo, tenho que dizer que minha admiração vai para todos os meus funcionários, que mostraram que a parceria não existe somente em momentos de tranquilidade e mar calmo. Também vai para os meus sócios, que mostraram uma garra, profissionalismo e humanismo enorme pra gerir essa super crise.
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Qual é a sua maior extravagância?
Beber, comer, viajar e poder dizer que estou trabalhando.
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Qual é o seu estado mental atual?
It’s all wrong, but it’s all right, como diria Clapton em "Bell Bottom Blues".
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Que virtude considera superestimada?
Inteligência, genialidade, intelecto... Prefiro uma boa alma ignorante a um gênio cruel, canalha e injusto.
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Em que ocasião você mente?
Ahhh… somente em ocasiões especiais.
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O que menos gosta sobre sua aparência?
Uma certa papada que se esconde por debaixo da barba.
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Que pessoa viva você mais despreza?
Várias, por exemplo, toda essa gente que foi protestar contra o aborto da menina de dez anos. Ou pessoas que, infelizmente existem de montão, como a ex-promotora do estado de NY Linda Fairstein que forçou e forjou a confissão de estupro e agressão de cinco negros menores de idade em 1989 no caso conhecido como a corredora do Central Park, retratado na série sobre o crime “olhos que condenam”. Isso é muito desprezível, abominável.
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Que qualidade mais admira em um homem?
Caráter, coerência, posicionamento e atitude.
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Que qualidade mais admira em uma mulher?
Caráter, coerência, posicionamento e atitude.
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De que palavras ou frases você abusa?
Uso muito “Porra bicho…” e, quando estou nostálgico relembrando minha adolescência e juventude com meus filhos, “isso é minha vida gente”. Virou meme familiar!
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O que ou quem é o maior amor da sua vida?
Meus quatro filhos encabeçam a lista de amores… Mas eu amo muito e muita coisa.
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Quando e onde você foi mais feliz na vida?
Olha, direto e reto e sem medo de errar: 1985 com 16-17 anos. Foi o ano em que morei e estudei em Israel. Era um colégio agrícola onde estudava e trabalhava (na ordenha). Eu morava nessa fazenda com mais 60 brasileiros e 300 israelenses! Apesar de um certo controle de monitores e professores, a liberdade era grande. Essa experiência de vida definiu a minha personalidade.
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Que talento você mais gostaria de ter?
Tocar guitarra como Stevie Ray Vaughan.
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Se você pudesse mudar uma coisa sobre você, o que seria?
Organização e foco.
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O que considera sua maior conquista?
Dezoito anos de ICI Bistro, meu primeiro restaurante.
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Se você morresse e voltasse como uma coisa ou uma pessoa, o que você gostaria de ser?
Gostaria de voltar como um criador de porcos ou gado, morar em uma fazenda ou sítio.
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Onde você mais gostaria de morar?
Apesar de procurar a paz hoje em dia e pensar muito nos interiores da vida, adoro um movimento. Tel Aviv, Berlim, NY, Londres…
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Qual é o seu pertence mais estimado?
Guitarras, LP’s, meus livros de fotografia e de gastronomia e um moedor de carne Tcheco de 1875 que herdei da minha avó (era da minha bisavó).
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O que você considera o nível mais baixo da desgraça?
A pobreza da alma, a não capacidade de amar, injustiça, oportunismo barato, amizade ou relações por interesse.
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Qual sua ocupação favorita?
Estar com meus filhos ouvindo música ensinando, aprendendo e tocando juntos.
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Qual sua característica mais marcante?
Sou uma pessoa verdadeira, autêntica. Gosto muito também do meu senso de humor irônico e ácido.
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O que você mais valoriza em seus amigos?
Autenticidade.
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Quais os seus escritores favoritos?
Não sou muito um leitor de livros de escritores -- sou mais de livros de gastronomia, de fotografia e de algumas poucas biografias --, mas gosto muito de Rex Stout e seu Nero Wolfe.
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Quem é seu herói na ficção?
Super Dinamo. Um desenho japonês que passava na TV no final dos anos 70. Mitsuo era um menino de uns dez anos que para poder se transformar em superdínamo, tinha uma cópia-robô que ficava guardado dentro de um armário. Era só apertar o nariz do robô que ele ganhava vida e a forma de quem apertou. Com isso, Mitsuo podia FALTAR NA ESCOLA e mandar o tal robô-cópia em seu lugar -- isso era um sonho pra mim!
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Com qual figura histórica você mais se identifica?
Ixi, essa pergunta é osso. Não consigo pensar em nenhum…
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Quem são seus heróis na vida real?
Os meus morreram de overdose.
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Quais são seus nomes favoritos?
Sofia, Fernando, André e Gabriel.
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O que você mais detesta?
Grosseria, maldade, canalhice e pessoas reativas a tudo.
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Qual seu grande arrependimento?
Não são muitos, mas tenho alguns.... Não ter ficado em Israel quando fui estudar em 1985 é um deles. Não ter sido perspicaz para enxergar melhores caminhos profissionais no começo de carreira.
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Como gostaria de morrer?
Bêbado, feliz e dormindo.
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Qual é o seu lema?
Bora, bora lá que vai dar!
