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Um dos maiores pilotos de Fórmula 1 de todos os tempos e único homem negro na modalidade hoje, Lewis Hamilton conquista o Brasil ao pilotar carro de Ayrton Senna em Interlagos
Longe de esconder sua paixão pelo Brasil ou por Ayrton Senna (1960-1994), o inglês Lewis Hamilton homenageou o ídolo brasileiro em sua corrida no Grande Prêmio de São Paulo, no último domingo (03). Na ocasião, ele deu voltas com a McLaren MP4/5B, carro no qual Senna conquistou o bicampeonato mundial de 1990, além de levantar a bandeira brasileira. Apesar do desempenho fraco, terminando em 11º lugar, Hamilton recebeu a comoção dos fãs e agradeceu nas redes: “Meu fim de semana não tem sido dos melhores, mas o Brasil sempre será o lugar onde meus sonhos se realizam”.
O piloto inglês repetiu o herói brasileiro ao acelerar na pista molhada, já que Senna era conhecido por ser o “Rei da Chuva”. “Já pode tirar o RG”, “Fez o Brasil chorar de saudade hoje”, “Seu cartão do SUS já está pronto, pode vir pegar”, dizem os comentários nas postagens recentes de Hamilton. E ele é de fato um cidadão honorário do Brasil, título que recebeu pela Câmara dos Deputados em 2022.
No sábado (02), vestiu uma camiseta com o rosto do ídolo e uma calça com a bandeira brasileira.
As roupas são um dos fortes do atleta. Ao visitar o primeiro desfile em 2007, se apaixonou pelo universo da moda, como conta ao The Times: “Foi a primeira vez que eu entrei em um ambiente em que todo mundo podia se expressar”. Depois de colaborar com a Tommy Hilfiger em diversas coleções, ele acaba de inaugurar uma parceria com a Dior como designer convidado com peças inspiradas por suas viagens pelo continente africano e destaque para a Nigéria.
A relevância do esportista no meio é tanta que ele será um dos co-anfitriões do Met Gala 2025, o tradicional baile beneficente do Museu Metropolitano de Arte de Nova York. Nesta edição do evento, o tema que norteia os looks dos convidados é “Superfino: Estilo Negro de Alfaiataria”, o que agradou Hamilton: “Para os negros em toda a diáspora, a moda é autopreservação. A moda é resiliência, e mal posso esperar para explorar e amplificar as nossas vozes sub-representadas”.
Até hoje, o inglês é o único homem negro na Fórmula 1. Para discutir a diversidade dentro do esporte, ele criou o Mission 44, voltado principalmente para pessoas de minorias raciais que desejam trabalhar no automobilismo.
Hamilton não se preocupa apenas em ser o mais veloz, inspirando-se em Ayrton Senna e Nelson Mandela, como conta em entrevista. “Ser um bom piloto de corrida não é só sobre ser rápido, é sobre ser o mais completo. Quando olho para as lendas, vejo que eles se importam com os mínimos detalhes, então é o pacote completo — do que falam? o que eles defendem? — e é isso que eu procuro”. No post, ele compartilha sua recente viagem a diferentes países da África.