Nascida em Porto Alegre, Tainá Müller começou a carreira como modelo aos 17 anos e morou em Milão, Hong Kong e Bangcoc, lugares onde fotografou e desfilou para diversas marcas. Na televisão, foi VJ da MTV por três anos, apresentou o programa “A Liga” (2010) e participou de diversas novelas, como “Cheias de Charme” (2012) e “O Outro Lado do Paraíso” (2017). No cinema, ganhou notoriedade por “Tropa de Elite 2” (2010), de José Padilha. Reconhecida pelo papel em “Bom dia, Verônica” (2020-2024), série de sucesso da Netflix, ganhou o prêmio de “Melhor Atriz da América” na Septimius Awards 2023 — uma das mais importantes premiações da Europa. Com estreia internacional prevista para este ano, ela gravou recentemente a série portuguesa “Faro”. Müller também codirigiu e produziu, ao lado de Fabiana Winits, o documentário “Apolo”, sobre a maternidade na comunidade LGBTQIAP+, que está em fase de finalização. A gaúcha é mãe de Martin, casada com o diretor Henrique Sauer e irmã da apresentadora Titi Müller e da atriz Tuti Müller.
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1
Qual é sua ideia de felicidade perfeita?
Um domingo de sol com Henrique, Martin e Coyote no nosso rancho.
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Qual é o seu maior medo?
Tenho medo de falar e de acontecer.
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Que característica mais detesta em você?
Minha tendência inata à ansiedade.
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Que característica mais detesta nos outros?
A desonestidade.
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5
Que pessoa viva você mais admira?
No momento tá difícil pensar em alguém e quando penso, difícil pensar em uma só.
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Qual é a sua maior extravagância?
Ter nascido. Foi uma grande façanha, dado o contexto.
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7
Qual é o seu estado mental atual?
Niilista. Mas não inerte, o contrário: um niilismo que se apega no aqui e agora. Que torce pela harmonia do mundo e das pessoas, mas não se apega a esse ideal como fator determinante da alegria que, em última instância, é a única coisa que nos resta.
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Que virtude considera superestimada?
A desinibição de ultra expor a vida pessoal nos dias de hoje.
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9
Em que ocasião você mente?
Em ocasiões em que a verdade machucaria demais o outro. Mas raramente minto porque sei que, apesar de atriz, sou uma péssima mentirosa na vida real.
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O que menos gosta sobre sua aparência?
Quando mais nova, meu sonho era ter um corpo mais “violão”, mas hoje aceitei meu biotipo.
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Que pessoa viva você mais despreza?
Os bilionários das bigtechs que estão ferrando com a saúde mental das pessoas e as democracias mundo afora, os bilionários que tem dinheiro pra consertar boa parte do mundo, mas preferem ir pro espaço.
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Que qualidade mais admira em um homem?
A escuta verdadeira.
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Que qualidade mais admira em uma mulher?
A rebeldia que propõe novos horizontes.
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De que palavras ou frases você abusa?
“Eu te amo”. Meu filho até reclama falando “eu já seeeei que você me ama, mamãe”.
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O que ou quem é o maior amor da sua vida?
Meu filho. Nada se compara e nem vai se comparar.
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Quando e onde você foi mais feliz na vida?
Lembro de estar grávida, numa caminhada ao lado do meu marido (que estava especialmente bonito naquele dia) por um jardim de tulipas na primavera de Nova Iorque e tudo parecia certo, no seu devido lugar, e em paz. Eu chamaria esse momento de um ponto alto da minha existência.
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Que talento você mais gostaria de ter?
O de cantar maravilhosamente bem e sem esforço.
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Se você pudesse mudar uma coisa sobre você, o que seria?
O meu passado. Me protegeria de alguns traumas desnecessários que me expus ou fui exposta.
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O que considera sua maior conquista?
Minha carreira. Considerando o ponto de onde saí e onde consegui chegar.
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Se você morresse e voltasse como uma coisa ou uma pessoa, o que você gostaria de ser?
Pra esse planeta eu não gostaria de voltar. Estou trabalhando todo dia pra isso, pra não voltar.
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Onde você mais gostaria de morar?
Portugal, Espanha ou qualquer cidade à beira do mediterrâneo.
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Qual é o seu pertence mais estimado?
Meu piano. Ele me acompanhou por mais de 5 mudanças de casa, incluindo duas de Estado. Está comigo há 16 anos.
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O que você considera o nível mais baixo da desgraça?
A capacidade do ser humano de se autodestruir.
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Qual sua ocupação favorita?
Criar histórias, personagens. Descobri que tenho cócegas cerebrais quando estou criando numa sala de roteiro.
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Qual sua característica mais marcante?
Acho que a audácia.
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O que você mais valoriza em seus amigos?
A lealdade.
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Quais os seus escritores favoritos?
Hilda Hilst, sempre. Ian McEwan, Julio Cortázar, Machado de Assis, Tcheckhov, Clarice Lispector… são muitos.
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Quem é seu herói na ficção?
A Obscena Senhora D.
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Com qual figura histórica você mais se identifica?
Com a Cassandra, da mitologia grega. Sempre antevendo as tragédias e sendo trolada por isso.
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Quem são seus heróis na vida real?
Ailton Krenak, Djamila Ribeiro, Angela Davis, Greta Thumberg, Malala, Marielle Franco… todas as pessoas que já botaram a cara a tapa ou arriscaram a própria vida por um ideal coletivo.
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Quais são seus nomes favoritos?
Martin, o nome que coloquei em meu filho. Eu cresci não gostando de “Tainá”, porque era raro na minha época, ninguém entendia quando eu falava e as crianças zoavam. Hoje eu amo meu nome, principalmente por ser originário.
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O que você mais detesta?
Manipulação e chantagem emocional.
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Qual seu grande arrependimento?
Ter confiado o nascimento do meu filho a um médico homem, que depois se mostrou “cesarista”.
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Como gostaria de morrer?
Velha, consciente e em paz.
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Qual é o seu lema?
A gente é que inventa.
