Plantas da moda para ter em casa — Gama Revista
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Seu jardim segue tendências?

As plantas que habitam nossos lares entram e saem de moda, como a samambaia, que voltou para ficar. Conheça as novas influenciadoras botânicas do Brasil e do mundo

Laura Capelhuchnik 29 de Março de 2020

A internet já lançou it girls, it boys e, agora, está na onda das it plants. De tempos em tempos, novas plantas reinam nos perfis de Instagram mais influentes do mundo. Algumas delas são novidade no país, enquanto outras vêm e vão. Caso da samambaia, que oscilou entre ser considerada a febre do momento e a planta mais brega que você poderia ter na sua sala. E de figuras como a figueira-lira (Ficus lyrata), árvore de origem africana que tem protagonizado muitos projetos de decoração (especialmente aqueles com inspiração dinamarquesa), além de figurar em cafés, startups e lojas moderninhas em geral.

Não há uma ciência exata por trás das plantas que ascendem à categoria “tendência”, mas a decoração escandinava, que reina no Pinterest, é sem dúvida uma grande influência para essa ideia de resgatar o verde em ambientes internos. A febre das selvas urbanas se espalhou impulsionada por grupos como o @urbanjungleblog, que compartilha dicas de jardinagem e paisagismo nas grandes cidades.

Esse interesse abre espaço para alguns adeptos criarem verdadeiros laços emocionais com seus jardins, são os chamados pais de planta. Conheça as espécies favoritas dessa turma e as apostas para as próximas estações.

Fotografia de uma Ficus Lyrata

Babado forte

Um hit botânico, a figueira-lira (Ficus lyrata) tem origem africana e é uma das maiores árvores do mundo plantada em vaso (pense duas vezes antes de ter uma fora de um ambiente controlado). Precisa ser cultivada em local com alta luminosidade; por isso, o ideal é que esteja próxima de varandas e janelas. Não gosta de sol em excesso, não se dá bem com sereno e rejeita ventos muito gelados. A adoração à Ficus como objeto de design vem da sua constituição — é uma planta grande, que se destaca por suas folhas largas e onduladas. Tem crescimento lento e é de difícil propagação, motivos pelos quais não é exatamente acessível: uma muda de 1 m custa por volta de R$ 270.

Fotografia de uma Pilea

Minimalismo retrô

A planta-chinesa-do-dinheiro (Pilea peperomioides) faz jus ao nome, já que tem preço de peça de colecionador. Mas é a nova queridinha do pessoal do dedo verde. A Pilea é como uma pequena escultura que vem do sul da China, descoberta há pouco mais de 100 anos. Ficou conhecida pelas mãos de um missionário norueguês e passou a ser cultivada na Europa na década de 1940. Hoje é o bibelô de países como Dinamarca e Noruega. Chegou ao Brasil recentemente, com as tendências da decoração escandinava. Uma muda de 30 cm sai em torno de R$ 120.

Fotografia de uma Monstera Deliciosa

Hit dos trópicos

Existem plantas que são celebridades e também gêneros que viram tendência, como é o caso das monsteras. Você provavelmente já conhece a costela-de-adão (Monstera deliciosa), que veio da América Central e tomou não só a decoração de ambientes mas também as estampas de roupas e objetos. Ganhou até uma hashtag para ser usada toda segunda-feira: #monsteramonday. “Quando a gente pensava em algo tropical, imaginava uma palmeira ou uma bananeira. Hoje, acho que as pessoas pensam mais na imagem da monstera”, afirma Vanessa Guerreiro, sócia da Botânica e Tal, em São Paulo. A planta precisa de claridade moderada, se dá bem em ambientes de luz indireta ou iluminados durante uma parte do dia e deve ser regada duas vezes por semana. Resgatada dos anos 1970, um muda da costela-de-adão sai por volta de R$ 50. Sua irmã, Monstera adansonii, custa cerca de R$ 80.

Fotografia de uma monstera variegata

Acabamento artsy

Uma forte aposta de tendência em um futuro próximo é mais uma variação da costela-de-adão, a Monstera deliciosa variegata. Ambas têm mais ou menos as mesmas características e demandam cuidados semelhantes, mas o potencial de adoração da versão variegada está associado à raridade, já que ainda são poucos os fornecedores no Brasil. A variegação (de onde surge o nome, variegata) é o termo técnico para a presença de zonas sem pigmentação nas folhas. “Na biologia, é um padrão considerado uma anomalia, que se apresenta em poucas plantas se considerarmos o número total de indivíduos. A reprodução também é mais difícil: não se dá pelas sementes. Para ter uma nova Monstera deliciosa variegata, é necessário criar mudas da planta matriz”, explica o biólogo Anderson Santos, da Escola de Botânica. Ou contar com a sorte. Por isso ainda é um item de colecionador. Dependendo do tamanho, essa preciosidade pode chegar a R$ 800.

Fotografia de uma Begonia Maculata

Print poá

A Begonia maculata é uma aposta de Vanessa Guerreiro, que com sua loja de plantas acompanha as tendências nacionais e importadas. Essa espécie de bolinhas foi catalogada em 1820 no Brasil. Ela é exclusiva da Mata Atlântica e só ocorre na natureza em quatro estados brasileiros: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Mas começou a ser cultivada em larga escala na Europa, onde já é um hit do paisagismo. Aqui vem sendo popularizada aos poucos na decoração, também pelo espaço que tem ocupado nos perfis estrangeiros de jardinagem no Instagram e no Pinterest. A planta gosta de iluminação indireta, sobrevive a ambientes de baixa luminosidade e requer locais úmidos. Para tê-la em casa é necessário desembolsar, em média, R$ 300.

Fotografia de uma Ficus Elastica

Clássico atualizado

Por fim, um resgate: a Ficus elastica (conhecida como falsa-seringueira), que você conhece de outros carnavais. Ela está em grandes avenidas e também já foi febre nos projetos de paisagismo durante os anos 1950 e 1960. A árvore é originária da Ásia, especificamente de países como a Índia, a Malásia e a Indonésia. Sua versão “miniatura”, plantada em vaso, é um objeto de desejo que dialoga com a tendência da Ficus lyrata, sobretudo em função do crescimento vagaroso e das folhas largas e onduladas. Também prefere estar perto de janelas e varandas. E tem variações de cor: verde, rubra e variegada. Uma planta com cerca de 1,10 m custa, em média, R$ 270.

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