Dez músicas que tratam do sentimento de culpa — Gama Revista
Você sente muita culpa?

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Bloco de notas

Dez músicas que tratam do sentimento de culpa

Seja em fins de relacionamentos, nos comportamentos do dia a dia ou quando um crime é cometido, o tema assume vária formas e aparece em canções de diferentes estilos

Dez músicas que tratam do sentimento de culpa

Sarah Kelly 20 de Outubro de 2024

Seja em fins de relacionamentos, nos comportamentos do dia a dia ou quando um crime é cometido, o tema assume vária formas e aparece em canções de diferentes estilos

  • “Culpa”, O Terno

    A culpa é usada como um instrumento de controle de comportamento nas sociedades cristãs. Acreditando ou não em pecados, é possível refletir, nesta divertida canção d’O Terno, sobre a angústia presente na sensação de estar errado o tempo todo. O sucesso, o fracasso, tudo pode ser motivo para autoacusação: “Desculpa qualquer coisa/ Minha culpa, minha culpa, culpa minha de pedir perdão”.

  • “Mea Culpa”, Djavan

    Quando um não quer, dois não brigam? Acompanhada de uma guitarra enérgica, a letra de Djavan pode dar um nó na alma daqueles que já viveram “a dor da solidão, sem ação”. Ele canta assim: “Só pensando em voltar/ A sorrir ou chorar/ Com a vida/ Que antes parecia rasa e cinza/ Em verdade/ Era pão, era vinho, era chão”. E assume que “no afã de uma briga ou outra”, ele tenha errado sem perdão, mas não se responsabiliza pela culpa inteira, como adianta o nome da canção.

  • “De Quem É a Culpa”, Marília Mendonça

    Um clássico da rainha da sofrência, “De Quem É a Culpa” converge com um pensamento do filósofo alemão Friedrich Nietzsche. Para ele, “você ama o desejo, não o desejado”, algo similar ao que diz a música sobre se apaixonar por uma versão idealizada de alguém. Quando estiver na fossa por um amor que não deu certo, os questionamentos de Marília Mendonça (e de Nietzsche) podem te acompanhar: “Agora de quem é a culpa? A culpa é sua por ter esse sorriso? Ou a culpa é minha por me apaixonar por ele?”.

  • “Culpa do Cupido”, Pabllo Vittar

    Existe responsabilidade emocional em um relacionamento puramente carnal? Para Pabllo Vittar, “Se tu provou, gostou, chorou/ Foi culpa do cupido, amor”. No jogo de sedução proposto pela música dançante, a promessa é deixar seu par pensando em você a semana inteira e eximir-se de qualquer responsabilidade afetiva.

  • “When I Was Your Man”, Bruno Mars

    Atualmente, Bruninho parece estar se divertindo em mais uma turnê no solo brasileiro, mas ele, como muitos, já passou noites em claro com seus arrependimentos. A culpa por não ter feito mais pela amada dá o tom da canção: “Too young, too dumb to realize/
    That I should’ve bought you flowers and held your hand/ Should’ve gave you all my hours when I had the chance” (“Jovem demais, tolo demais para perceber/Que eu deveria ter lhe comprado flores e segurado sua mão/ Deveria ter lhe dado todas as minhas horas quando eu tive a chance”).

  • “A Vítima”, Racionais

    “Um vacilo seu, já era” resume o relato de Edi Rock nesta música. Em 14 de outubro de 1994, o rapper se envolveu em um acidente de carro que levou a morte de um homem de 21 anos. O integrante do Racionais expressa o abalo emocional causado por esse fato por meio da música: “Tem dia que é melhor não acordar, que dá tudo errado/ Fui pela escada contando cada degrau/ Cada passada chegava o juízo final”. Ao final da canção, ele afirma ter se resolvido com Deus, com a família da vítima e com a justiça: “E é o seguinte, né? A vida tem que continuar, tá ligado?”, conclui.

  • “Ms. Jackson”, Outkast

    Pedir desculpas é uma forma de aliviar a culpa e fazer as pazes. Mas, quando não é possível falar com a pessoa machucada, escrever uma música pode resolver. Foi assim que surgiu o rap vencedor do Grammy de 2002 do Outkast. Na canção, o duo pede desculpas para “todas mamães das garotas mamães”, pensando na mãe da cantora Erykah Badu, ex-companheira de André 3000. Junto a Big Boi, ele aborda os impactos do fim do relacionamento na família, com conflitos ainda mais complexos por envolverem uma criança filha do casal. O refrão sintetiza a súplica: “I’m sorry Ms. Jackson (oh), I am for real/ Never meant to make your daughter cry” (“Desculpa-me senhora Jackson, Estou falando sério/ Nunca tive a intenção de fazer sua filha chorar”).

  • “Criminal”, Fiona Apple

    Criminal” começa com uma lamúria sobre agir de forma irresponsável com um parceiro: “I’ve been a bad, bad girl/ I’ve been careless with a delicate man” (“Tenho sido uma garota muito, muito má/ Fui descuidada com um homem delicado”). Apesar de se apresentar como culpada pelo fim do relacionamento, Fiona Apple canta como alguém em crise com a culpa: “Save me from these evil deeds before I get them done” (“Salve-me dessas ações ruins antes que eu as cometa”). Dá para sentir a dor na voz de Apple quando ela canta sobre essa pessoa empoderada, impelida a não pensar nas consequências, mas que acaba se tornando a vilã.

  • “A Culpa É Nossa”, Maiara e Maraísa

    Ainda sobre definir culpados no fim de um relacionamento, a canção de Maiara e Maraísa desabafa sobre a manipulação de um ex-parceiro na hora de contar sobre o término. Com sarcasmo, a dupla canta que “o que chama de erro, eu chamo de escolha”. Embora a escolha de errar tenha sido do outro lado, a pessoa traída é responsabilizada injustamente na narrativa do traidor: “Já que cê não quer sair como o ruim da história, então mente aí/ Que a culpa é nossa”.

  • “Guilty”, Al Bowlly

    Certas músicas são atemporais, como essa de 1932. Reinterpretada por George Shearing, a canção romântica faz parte da trilha sonora de um dos clássicos do cinema francês, “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” (2001). O jazz narra uma confissão de amor: “Is it a sin, is it a crime/ Loving you dear like I do/ If it’s a crime, then, I’m guilty” (“É um pecado? É um crime?/ Amá-la, querida, como eu a amo/ Se for crime, então, sou culpado”)

No Spotify, você confere uma playlist exclusiva com as canções sobre culpa selecionadas por Gama. Confira: