Trecho de “O Livro dos Abraços” (1989), de Eduardo Galeano.

Em seu último single, David Bowie se despediu do mundo. Depois de meses em uma luta contra o câncer, lançou o videoclipe de LAZARUS – exatos quatro dias antes de sua partida. Cores frias e referências bíblicas acompanham o contexto da canção, que coloca no centro do clipe um homem claramente angustiado. A letra, na contramão, trata a morte como uma velha amiga. Teria Bowie medo de partir?

Papafobia, oneirofonia, homiclofobia. Ou medo do papa, de sonhar, de nevoeiro. São muitas as FOBIAS que limitam a existência de muitas gente. Em BEM QUE EU QUERIA IR – NOTAS DE UMA VIDA FÓBICA, o autor Allen Shawnum escreve sobre a experiência de sentir medo de muitas coisas.

Escuridão, medo, morte são o tema principal de LE COULOIR DE LA MORT, obra do costa-marfinense ABOUDIA. São muitos os traumas e violência política vividos à exaustão pelo artista enquanto a cidade de Abidjan, onde cursava sua graduação em arte, enfrentava uma guerra civil.

VERONIKA FRANZ e SEVERIN FIALA sabem como aterrorizar o público. A dupla de diretores austríacos iniciou a parceria com a produção de um documentário, mas foi com o sucesso de “BOA NOITE, MAMÃE“, em 2014, que focaram nos filmes de terror. Eles voltaram a causar arrepios no público em 2019, com a produção “THE LODGE“, sobre um chalé isolado e perturbador.

NOMOFOBIA é o pavor de ficar sem celular. Quem nunca? Descubra se você é um VICIADO EM DOPAMINA DIGITAL, e em caso positivo, CONSIDERE UM DETOX. A medida pode funcionar também para os afetados pelo FOMO, sigla para “fear of missing out”, ou o medo de perder eventos (até mesmo uma live) e a necessidade excessiva de expor uma vida online perfeita.

O avião sempre foi grande gerador de medo, inclusive para um ícone como Mazzaropi (1012-1981). A prova está na cena de CHICO FUMAÇA (1958), de Victor Lima.

Você tem medo do quê? Para sua exposição “THE NAME OF FEAR” (“O Nome do Medo”, em tradução livre), na galeria Whitechapel, em Londres, a artista mineira RIVANE NEUENSCHWANDER reuniu um grupo de pequenos britânicos, de 7 a 9 anos, para representarem seus medos. De abelhas a pesadelos, eles foram traduzidos em capas de tecido que remetem ao poder e proteção dos heróis da literatura.

E este emoji ?, sabe de onde vem? A EMOJIPEDIA (sim, ela existe) tem a resposta: o pequeno rosto amarelo aterrorizado parece ter sido inspirado na pintura icônica de Edvard Munch, “O Grito” (1893). Além dele, outros emojis tiveram suas origens revelados pela BBC.

Já parou para se perguntar POR QUE TEMOS TANTO MEDO DE BARATA? De acordo com a jornalista Rachel Nuwer, que foi a fundo na pesquisa sobre o tema, fomos programados para sentir medo delas. Já Mario Sergio Cortella diz que a palavra certa para a nossa relação com esses seres é PÂNICO, por se tratar de algo irracional.