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Os novos rappers indígenas, as últimas sobre a luta pela demarcação de terras, entrevistas potentes com Ailton Krenak. Uma lista de referências da equipe Gama
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Bloco de notas
Os novos rappers indígenas, as últimas sobre a luta pela demarcação de terras, entrevistas potentes com Ailton Krenak. Uma lista de referências da equipe Gama
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Jaider Esbell
ARTISTAS INDÍGENAS têm ganhado voz no circuito artístico nacional e internacional. Na 34ª Bienal de São Paulo, cujos eventos principais acontecerão entre setembro e dezembro deste ano, participarão nomes como Jaider Esbell, de ascendência Makuxi, que falou a Gama sobre a arte como um retrato da ancestralidade e mecanismo de luta. No Rio, a artista yanomami Sheroanawe Hakihiiwe, que vive e trabalha na Amazônia venezuelana, ganhou exposição na galeria Carpintaria, com versão em visita online. Nesta edição, ilustramos reportagens com imagens das obras de Denilson Baniwa.
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Nexo Jornal
As TERRAS INDÍGENAS correspondem em 2021 a 13,8% do território brasileiro. Gráfico do Nexo Jornal indica que a maioria delas fica na região Norte e explica como é o processo de demarcação segundo a Constituição.
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“Esse Homo sapiens alucinado que decidiu devorar e colonizar outros seres agindo de maneira tão desastrosa está destruindo a base da vida no planeta”
Ailton Krenak, que luta pelos direitos dos povos originários desde os anos 1970 e é possivelmente a LIDERANÇA INDÍGENA mais conhecida no Brasil hoje, disse em entrevista a Gama. Em seus livros, curtinhos, mas potentes, Krenak escancara as tendências destrutivas da chamada “civilização” e a alienação da teia da vida na Terra. A lucidez de suas palavras, em entrevistas como a da série “Vozes da Floresta” (2020), do jornal Le Monde Diplomatique Brasil, e do programa Roda Viva, são um bálsamo nos tempos atuais.
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Quantos MÚSICOS INDÍGENAS você conhece? Para trazer alguns nomes à luz, o podcast Originárias tem entrevistas com artistas indígenas do século 21, principalmente na música, como Kunumi MC, Gean Ramos e Edivan Fulni-ô. Muitos deles se apoiam no rap para falar de resistência e identidade, como a artista ameríndia Brisa Flow.
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@cunhaporanga_oficial Responder a @ymbia Vamos aprender a contar de 1 à 5 com o meu idioma Tatuyo. 🏹 #indígenass #tiktokindígena #jūgoanotiktok #tatuyosforever #wananos
@cunhaporanga_oficial Responder a @ymbia Vamos aprender a contar de 1 à 5 com o meu idioma Tatuyo. 🏹 #indígenass #tiktokindígena #jūgoanotiktok #tatuyosforever #wananos
A TIKTOKER INDÍGENA Maira Godinho, conhecida como Cunhaporanga, compartilha com seus mais de 5 milhões de seguidores o cotidiano da comunidade dos tatuyo, no Amazonas – ela ensina a contar em seu idioma, apresenta instrumentos, mostra a mãe fazendo tapioca. Godinho viralizou principalmente com os vídeos em que fala das larvas “mochiva” como parte da alimentação da família – segundo ela, têm gosto de coco.
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Acervo SÍlvio Coelho dos Santos
Adiado para agosto, julgamento histórico no Supremo Tribunal Federal (STF) vai avaliar se a Terra Indígena Ibirama La-Klãnõ deve incorporar ou não áreas pleiteadas pelo governo de Santa Catarina e pelos ocupantes de propriedades rurais. O povo xokleng, que habita a região, foi dizimado até os anos 1930, como conta reportagem da BBC. O julgamento é marcante para a causa indígena no país porque, em 2019, a Corte deu status de repercussão geral ao processo – ou seja, a decisão que for tomada será aplicada em todas as disputas semelhantes envolvendo demarcações.
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© Claudia Andujar
A suíça naturalizada brasileira Claudia Andujar, que completou 90 anos em junho, é conhecida pelo trabalho fotográfico e envolvimento com o povo yanomami que a tornaram um nome importante no ATIVISMO PELA CAUSA INDÍGENA. Dá para ouvi-la em depoimento ao Instituto Moreira Salles e em documentário recente na TV Cultura e ver parte de sua obra em uma galeria exclusiva no Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG). São delas as imagens utilizadas na capa desta edição, no Podcast da Semana e nas redes sociais da Gama, exibidas na exposição Claudia Andujar: A Luta Yanomami, organizada pelo IMS e atualmente em cartaz no Barbican Centre, em Londres
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Companhia das Letras
Com mais de 700 páginas, “A Queda do Céu” (Companhia das Letras, 2015) traz o testemunho autobiográfico do XAMÃ E ATIVISTA YANOMAMI Davi Kopenawa, organizado pelo antropólogo francês Bruce Albert. Ali, ele compartilha seu saber cosmológico, denuncia a odisseia da resistência indígena e questiona a noção de progresso e desenvolvimento em voga, expondo as ameaças que pairam não apenas sobre seu povo, mas sobre todos nós.
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Apib/Vukápanavo
A pandemia abriu um novo e pavoroso capítulo de VIOLAÇÃO DOS DIREITOS DOS POVOS ORIGINÁRIOS pelo Estado brasileiro. Em reportagem do jornal El País, a jornalista Eliane Brum conta a chocante história de mães yanomami que perderam bebês para a Covid-19 e não conseguiram ter acesso aos corpos. A Universidade Federal do Amapá coletou relatos de indígenas no estado contando os desafios que viveram durante a pandemia. Para saber mais, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) lançou em parceria com a revista Vukápanavo e apoio da Fiocruz o dossiê Pandemia da Covid-19 na vida dos povos indígenas.
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Lançada este mês, a série de documentários “PRIMEIRA INFÂNCIA INDÍGENA” retrata como grupos indígenas do Alto Rio Negro pensam e atuam no desenvolvimento das crianças pequenas. Com direção de Rita da Silva e Kurt Shaw, que têm ampla pesquisa na área, os curtas trazem temas como “nutrição e saúde”, “proteção”, “música e linguagem” e “gravidez e parto”.
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CAPA De quem é a causa indígena?
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1Podcast da semana Daniel Munduruku: 'Voltamos à ótica militar dos anos 1980'
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2Reportagem Missões contemporâneas elevam risco de contágio
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3Conversas Sandra Benites: 'É preciso escutar mais as culturas historicamente silenciadas'
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4Reportagem Quem são os indígenas nas cidades?
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5Bloco de notas Os achados por trás de tudo isso