No sítio arqueológico de Monte Castelo, no seio da floresta amazônica, em Rondônia, se esconde um segredo milenar. Escavações feitas com indígenas Tupari mostram como viviam os povos da região há 6 mil anos e apontam que, ao contrário do que se imaginava, a presença humana ajudou a moldar a floresta. Quem apresenta essa descoberta ao longo de quatro episódios é o arqueólogo Eduardo Góes Neves, na série “Amazônia, Arqueologia da Floresta”, disponível online no SescTV. (Leonardo Neiva)
Após dois anos de programação virtual, a 14º Festa Literária de Santa Teresa (FLIST) volta a tomar o bairro carioca. O evento homenageia o escritor indígena Daniel Munduruku, ganhador do Jabuti. Temas como o modernismo e a representatividade de mulheres pretas e indígenas na literatura integram as mais de 50 atividades gratuitas, que incluem teatro, dança, música e gastronomia. A FLIST acontece no Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas, nos dias 14 e 15 de maio, das 10h às 18h. (Ana Mosquera)
Criolo, Vincent Carelli e Sonia Guajajara são algumas das personalidades que participam do documentário musical "Meu Sangue É Vermelho", uma produção do rapper Owerá, indígena Guarani M’bya, em parceria com a produtora britânica Needs Must Film. O longa, que recebeu 17 prêmios ao redor do globo, acompanha Owerá em uma peregrinação pelas comunidades do Mato Grosso do Sul e Maranhão na tentativa de explicitar, por meio do rap, a realidade de indígenas brasileiros. O lançamento será na sexta (24), no Vimeo. (Manuela Stelzer)
Primeira grande área indígena demarcada no Brasil, o parque em Mato Grosso, completou 60 anos em abril. O podcast “Xingu: Terra Marcada”, produzido pelo Instituto Moreira Salles, conta em cinco episódios a história da região e das pessoas que a habitam, abordando a luta constante das lideranças indígenas desde a época da demarcação até a pandemia de covid-19. (Betina Neves)
De etnia Makuxi, o artista indígena Jaider Esbell expõe na Galeria Millan, em São Paulo, sua mostra “Apresentação: Ruku”. São cerca de 60 obras, entre pinturas, desenhos e objetos baseados em visões sobre a árvore-pajé, ou Ruku, um “fruto-tecnologia e uma de minhas avós”, diz o artista, que já deu entrevista a Gama. É dela que sai a tinta usada por indígenas em pinturas corporais e rituais. Em cartaz até 20/3, a entrada é gratuita. (Leonardo Neiva)
O que a pandemia de covid-19 significa para a Amazônia? No podcast Terra Arrasada quem responde são os moradores da região: em cinco episódios, indígenas, quilombolas e ribeirinhos relatam a destruição sistemática da floresta e explicam como isso se relaciona aos impactos devastadores do novo coronavírus por ali. Projeto do Le Monde Diplomatique Brasil, é produzido pelo jornalista e antropólogo Fábio Zuker e pela Trovão Mídia. (Mariana Payno)
Até o dia 15 de outubro, o Videocamp, uma plataforma que disponibiliza gratuitamente filmes com potencial de impacto, estreia a primeira edição da Mostra CineFlecha: (Re)Existir e Curar, com um conjunto de produções indígenas do cinema contemporâneo. Divididos em quatro sessões temáticas, os filmes apontam causas dos povos indígenas e suas mobilizações para resistir à mudança e à violência. Entre os títulos disponíveis estão: "Quiilpa - as lhamas floridas" (2019), que mostra uma tradição pré-colombiana das terras Altas da Bolívia; o "Cosmopista Maxakali" (2013), que reúne registros feitos por uma equipe de representantes Maxakali e Pataxó, cineastas indígenas e pajés, e pesquisadores não-indígenas; "Mãtãnãg, a Encantada" (2019), que relata a trajetória de uma mulher indígena na busca pelo espírito de seu marido pela aldeia dos mortos; e "Kipaexoti" (2020), que mostra a força do Povo Terena, da aldeia Cachoeirinha, em manter a sua dança tradicional viva. Além das produções, a plataforma disponibiliza lives com coletivos e cineastas da mostra, que ficam disponíveis no canal do Youtube.