Filmes fofos sobre animais de estimação

Como uma boa festa em Ipanema ao som do samba carioca, “Rio” (2011), dirigido por Carlos Saldanha, encantou Hollywood. O filme, indicado ao Oscar de 2012 na categoria de “Melhor Canção Original” por “Real in Rio”, conta a história das últimas duas araras azuis. Por conta do tráfico animal, Blu mora nos Estados Unidos com sua tutora Linda e é convidado a conhecer Jade, outra arara encontrada na natureza. Os dois carregam o peso de serem os únicos com o poder de manter a espécie viva, mas para isso eles precisam se gostar primeiro.

“Eo” (2022), de Jerzy Skolimowski, contrasta com a barulhenta festa do filme anterior. O longa polonês pode causar agonia a quem assiste por ser extremamente silencioso, mas como não ser ao tangenciar temas tão sensíveis? No filme, Eo é um burro nascido em um circo, mas logo parte numa jornada pelo interior da Polônia e da Itália onde o enredo percorre o sofrimento, a alegria, os maus tratos, o preconceito e a bondade dos humanos com sua espécie.

Produzido pelo Estúdio Ghibli, “Meu Amigo Totoro”, de Hayao Miyazaki, foi lançado em 1988 mas chegou ao Brasil apenas em 1995. O filme narra a história de Satsuki e Mei, que se mudam para ficar mais próximas do hospital em que a mãe está internada. Nesse contexto, elas criam afeição a Totoro, um animal místico que apenas crianças conseguem ver. As meninas vivem não só aventuras como momentos delicados e de amadurecimento ao lado do bichinho.

E quais loucuras você estaria disposto a fazer pelo seu pet? Em “John Wick, De Volta Ao Jogo” (2014), de Chad Stahelski, o personagem principal vivido por Keanu Reeves persegue e assassina aquele que matou seu cachorro em um momento já conturbado emocionalmente pela perda de sua esposa.

“Lassie e a Força do Coração” (1943), de Fred McLeod Wilcox é um clássico do cinema sobre “o melhor amigo do homem”. Neste filme, Lassie é vendida pela sua amada família a um duque por conta de uma grave crise financeira. A neta do novo dono ajuda a cadela a fugir para retornar à família anterior. O papel de Lassie foi feito por um cão chamado Pal, o curioso é que as produções seguintes foram feitos pelos descendentes dele.

Assim como Lassie, “Benji – O Filme” (1974), de Joe Camp, gerou vários filmes do mesmo universo. O primeiro narra a história heróica do cão que tenta salvar sua família sequestrada. A canção original do filme “Benji’s Theme (I Feel Love)”, de Euel Box e Betty E. Box, ganhou o Globo de Ouro, além de ter sido indicada ao Oscar. A Netflix lançou recentemente a adaptação “Benji” (2018), produzido pelo filho do diretor original, Brandon Camp.

“Lilo & Stitch” (2002), de Chris Sanders e Dean DeBlois é um desses filmes a que todo mundo já assistiu, porém vale a pena ver de novo. Stitch é um alienígena adotado por Lilo, que ela pensava ser um cachorro. A raça dele pouco importa, pois o amor que se estabeleceu entre os dois. Juntos passam por perrengues, incluindo uma tentativa de prenderem e banir o Stitch para um asteroide deserto. A produção rendeu uma sequência, “Lilo & Stitch 2 – Stitch Deu Defeito” (2005), dirigido por Tony Leondis e Michael LaBash.

Baseado em uma história real, “Sempre Ao Seu Lado” (2009), de Lasse Hallström, narra a vida de Hachiko, uma cadela adotada por Parker Wilson (Richard Gere), um professor universitário. Todos os dias ela segue o dono até a estação de trem e retorna ao local no horário em que Wilson volta do trabalho. Infelizmente, o professor passa mal um dia e não retorna, o que faz com que Hachi o aguarde até o último dia de vida. O ato de profunda fidelidade lhe rendeu uma estátua de bronze instalada Estação Shibuya, de Tóquio, no Japão.

Ainda na pegada de adaptações cinematográficas de fatos reais, temos “Free Willy” (1993), de Simon Wincer. O enredo do filme traz Jesse (Jason James Richter), um jovem órfão que vandalizou um parque aquático. Como reparação, ele passa a trabalhar no local, onde faz amizade com a orca Willy. O dono do parque aquático tenta lucrar com a amizade, o que faz com que Jesse inicie uma campanha pela liberdade do animal. Na vida real, a orca Keiko foi solta na natureza em 2002 após um treinamento de reinserção, porém faleceu 18 meses depois.

“Bolt – Supercão” (2008), dirigido por Chris Williams e Byron Howard, brinca com a metalinguagem ao nos apresentar um cão ator que acredita ter superpoderes. Bolt estrela como super-herói em uma série de TV até que, durante as gravações, sua tutora, Penny, é sequestrada. O supercão tenta salvá-la no mundo real, que é quando finalmente percebe que não tem toda a força que pensava. O longa representa o melhor da infância, quando acreditamos que somos capazes de tudo, inclusive de salvar o mundo.