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Madonna, Ailton Krenak, Joan Didion, Yoko Ono. Uma aula de renovação com ícones de diferentes mundos. Além de dicas culturais imperdíveis para virar o ano mais inspirados
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Bloco de notas
Madonna, Ailton Krenak, Joan Didion, Yoko Ono. Uma aula de renovação com ícones de diferentes mundos. Além de dicas culturais imperdíveis para virar o ano mais inspirados
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Divulgação
Embora não pareça numa primeira olhada, essa moça aí da foto é Madonna. O ano era 1998 e ela lançava RAY OF LIGHT, que foi considerado, na época, como uma repaginada em seu visual fonográfico e marcou uma nova fase da cantora, que voltava à ativa depois da maternidade. Ao lado de William Orbit, a artista introduziu no álbum o IDM (intelligence dance music), um estilo minimalista, que preza pela sinestesia melancólica e pelo contato com a espiritualidade. De visual e disco novo, “Ray of Light” marcou um recomeço de Madonna.
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Celebrar a chegada de um novo ciclo no calendário não é nenhuma novidade — o costume existe há quatro mil anos. E a cada novo ano, repetimos os mesmos passos: a tradição de usar roupas brancas, pular sete ondas, comer lentilhas. MAS QUAL A ORIGEM DESSES RITUAIS? A matéria da BBC busca respostas, e traz todo um repertório sobre a data, seus termos e significados.
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“Porque afinal cada começo/ é só continuação/ e o livro dos eventos/ está sempre aberto no meio.”
Estrofe do poema “Amor À Primeira Vista”, da Wislawa Szymborska, que está presente na coletânea “Poemas” (Companhia das Letras, 2011).
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V&A / Divulgação
Um conjunto de cartas pensado para acabar com o pesadelo de um bloqueio criativo, ESTRATÉGIAS OBLÍQUAS é um projeto do músico Brian Eno e do artista Peter Schmidt, publicado em 1975. Cada carta contém uma frase ou aforismo que funciona como uma dose rápida de inspiração e renovação criativa. Bandas como Coldplay e Phoenix admitiram terem usado o baralho para a produção de alguns discos. Hoje, o projeto está disponível na internet.
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Laurence é um professor de inglês que cultiva um trabalho, um relacionamento e uma vida estável. Até que, ao completar 30 anos, ele revela a sua namorada o desejo por mudar de sexo. Esse é o enredo do filme LAURENCE ANYWAYS (2012), no qual escolher se transformar e recomeçar tudo em um novo corpo é um ato revolucionário.
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Na pandemia, muitos restaurantes fecharam as portas — até o icônico nova-iorquino Prune, da chef Gabrielle Hamilton. Em relato ao New York Times, ela desabafa sobre o encerramento forçado das atividades do espaço, que era seu xodó há mais de 20 anos, e se pergunta se haverá lugar para ele no futuro. Mas termina com uma mensagem de esperança: apesar de tantas dificuldades, que vão do furacão Sandy, em 2012, à chegada de sistemas de reserva online (que, no Prune, ainda é feito com caneta e papel), SEU RESTAURANTE SEMPRE CONSEGUIU SE RENOVAR e se manter de pé.
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Netflix / Divulgação
Um ano após a morte de seu marido e enquanto enfrentava o grave estado de saúde de sua filha, JOAN DIDION escreveu um de seus livros mais famosos: “O ANO DO PENSAMENTO MÁGICO” (Nova Fronteira, 2006). O título disseca a experiência da dor e da perda, e versa sobre a necessidade de renovação e superação depois que tudo que conhecíamos e amávamos deixa de existir.
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Divulgação
Quando era pequena e ainda vivia no Japão, Yoko Ono costumava ver pequenos pedaços de papel amarrados em árvores nos templos, papéis esses que continham desejos. “Pareciam flores brancas a desabrochar de longe”, ela disse. Anos depois, a artista fez uma obra baseada na experiência. WISH TREES é um projeto colaborativo que conta com árvores espalhadas pelo mundo em que as pessoas podem anexar desejos de mudança e recomeço escritos em pequenos pedaços de papel.
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Reinvenção
“A vida só é possível reinventada.
Anda o sol pelas campinas e passeia a mão dourada pelas águas, pelas folhas…
Ah! Tudo bolhas que vêm de fundas piscinas de ilusionismo… – mais nada.
Mas a vida, a vida, a vida, a vida só é possível reinventada.
Vem a lua, vem, retira as algemas dos meus braços.
Projeto-me por espaços cheios da tua Figura.
Tudo mentira! Mentira da lua, na noite escura.
Não te encontro, não te alcança…
Só – no tempo equilibrada, desprendo-me do balanço que além do tempo me leva.
Só – na trevas fico: recebida e dada.
Porque a vida, a vida, a vida, a vida só é possível reinventada.”Poema de Cecília Meireles, presente no título “Vaga Música” (Global, 2013).
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© Fabrizio Lenci
A Gama, Ailton Krenak disse que não há limites entre nós e a natureza. “Nas nossas histórias antigas, as quebras de limites, as rupturas, sempre causaram a destruição de um mundo”, disse ele. Fica o alerta: é urgente renovar a relação entre humanos e meio ambiente neste ano que chega, para evitar que o pior aconteça.