Organize sua vida financeira
Você é do tipo que faz roleta russa no crédito e fecha os olhos para o extrato bancário? Siga essas dicas para ter uma relação mais saudável com suas finanças e se manter no saldo positivo
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Anote seus gastos semanalmente –
Em um caderno, planilha do Excel ou até em um grupo do WhatsApp consigo mesmo. Não importa onde, escolha o formato que te deixa mais confortável e anote tudo o que foi gasto. Mas não deixe para fazer isso ao final do mês, realize a tarefa semanalmente, ou pode esquecer o que consumiu, o que deixou de pagar, o que já foi quitado. A educadora financeira e youtuber Nath Finanças indica, em seu vídeo com boas práticas para organizar seu dinheiro, separar os gastos entre despesas fixas, variáveis, adicionais e de lazer. As fixas são as que não alteram seu valor, como condomínio, aluguel, IPVA, IPTU. As variáveis mudam de acordo com o consumo, como luz, água, transporte, medicamentos. Já as adicionais são aqueles gastos que chegam de surpresa, e não estávamos esperando, como consultas médicas, conserto do carro, entre outros. Colocar tudo no papel (ou na planilha ou na conversa do WhatsApp) torna mais fácil a visualização de cada despesa e como se planejar para elas. -
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Examine suas contas para calcular seu custo de vida –
Com as despesas anotadas, você vai precisar de três canetas: uma vermelha, outra verde e uma terceira amarela – e comece as marcações. Em verde, apenas os gastos essenciais, como água, luz, internet. Em amarelo, tudo que pode ser negociado ou reduzido. E em vermelho, apenas aquelas compras feitas no impulso – uma bolsa que não precisava, um sapato que só surgiu no armário depois da promoção de fim de ano. Os gastos em vermelho são somados e o valor a que se chega é o mesmo que deve aparecer de volta na conta no mês seguinte. “Essa técnica dá uma noção melhor do seu custo de vida, do que é essencial e do que não é”, afirma Amanda Dias, jornalista especializada em economia e finanças e idealizadora do perfil Grana Preta. -
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Tenha consciência de que seu dinheiro tem destinos definidos –
Amanda Dias indica que 70% da renda deve ser destinada ao momento presente, sendo a maior parte reservada para gastos essenciais (o que sobrar, para lazer e outros desejos). Os outros 30% da renda ficam para o futuro, e são divididos em três partes iguais. A primeira e a segunda parte vão direto para a reserva de emergência e para o plano de aposentadoria. E a terceira parte, para quitação de dívidas, caso existam, ou um objetivo a médio prazo. “A maior parte dos endividados fica tão preocupada e focada em quitar a dívida que acaba se enrolando com as despesas extras e fica eternamente presa no ciclo do endividamento”, explica Amanda. Entretanto, se seu salário paga estritamente as contas essenciais (ou às vezes nem isso), lembre-se de dar um passo por vez: se planejar e dar o destino correto aos gastos é a primeira etapa. -
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Faça uma reserva de emergência para já –
Em tempos de insegurança econômica, esta é a dica de ouro desta seleção. Se você ainda não começou a sua, chegou a hora. A educadora financeira Nath Finanças indica o Tesouro Selic ou o CDB (Certificado de Depósito Bancário) como boas opções para começar sua reserva de emergência. Ambos têm liquidez diária, ou seja, permitem que você resgate a quantia guardada a qualquer momento, e são lugares seguros para poupar, além de evitarem a perda do poder de compra com a inflação aumentando. Para calcular o quanto se deve reservar, a idealizadora do Grana Preta fala em multiplicar por seis a quantia de gastos essenciais, que foram marcados em verde no diagnóstico de despesas. Assim, em casos de desemprego ou de outras emergências, haverá dinheiro para se manter por seis meses, tempo para se reerguer e se reorganizar. Mas é importante não ficar preso a números. Se em um determinado mês não conseguir guardar a mesma quantia que vinha poupando, e em outros não puder guardar nenhum centavo, tudo bem. Reserve o que puder. -
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Estude para decidir onde alocar seu dinheiro –
Com todas as despesas em ordem e o planejamento feito, o último passo é encontrar um lugar para fazer o dinheiro render. “Você não precisa ser um milionário para começar a investir”, relembra a educadora financeira Nath Finanças, em seu canal. “Você pode começar a investir com dois reais. Mas todo investimento requer estudo.” O conselho aqui é retirar as notas guardadas de debaixo do colchão, e encontrar uma aplicação interessante e que faça par com seus objetivos e necessidades – é sempre preciso ter em mente, entretanto, que os boletos vêm antes na linha de prioridade. Para decidir onde alocar seu dinheiro, é preciso conhecer risco, rendimento, tempo em que ficará ali e qual a finalidade. Para isso, Amanda Dias indica os cursos do Anbima e o site do Tesouro Direto, para simular investimentos e comparar rentabilidades. Indica também os cursos do Serasa, com uma pegada bem inicial para quem quer começar a investir, e claro, canais confiáveis de influenciadores, que possam dar dicas sobre o assunto. Um exemplo é o episódio “Como investir na bolsa de valores?”, da própria Nath Finanças. “Comece aos poucos”, ela adverte. “Antes é preciso quitar dívidas, se organizar, investir em renda fixa e fazer uma reserva de emergência. E por último, ir para renda variável.”