Não desista de se exercitar no frio
É normal bater a preguiça quando a temperatura cai. Veja dicas para seguir mexendo o corpo
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Pegue leve se for preciso, mas não pare –
Tudo bem diminuir o ritmo nessa época. “Se você está acostumado a fazer uma hora de exercício e quiser diminuir para 20, 30 minutos, não tem problema. O importante é não desistir de se mexer”, diz o personal trainer Marcio Lui, de São Paulo (SP). Ele lembra que, para além de prevenção de doenças e fortalecimento do corpo, se exercitar contribui para a saúde mental, ajudando por exemplo a diminuir o estresse e a ansiedade – o que vem a calhar em tempos pandêmicos. Segundo a última atualização da cartilha de orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o mínimo recomendado para adultos é 2h30min de exercício moderado por semana. O documento também valoriza qualquer atividade que coloque o corpo em movimento – tipo subir a escada em vez de pegar o elevador. -
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Invista nas horas de sol –
“No frio, a tendência de bater a preguiça à noite é muito maior, ainda mais se está escurecendo cedo”, diz a educadora física e influenciadora paranaense Carol Borba. Se os seus horários forem flexíveis, pode ser interessante aproveitar a hora do almoço ou uma brecha no meio da tarde – e quem sabe até sair para se mexer ao ar livre, se for um dia ensolarado. Caso não seja possível, Borba recomenda pular da cama de manhã e já fazer exercício, sem pensar duas vezes. -
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Aproveite o boom de aulas online –
“A tendência do exercício online chegou para ficar, porque deu pra ver que a gente consegue ter um resultado bacana sem se deslocar”, diz o personal trainer Marcio Lui. Ele lembra que isso ajuda quem tem pouco tempo para se exercitar e, nos dias frios, colabora para não ficar parado quando não dá vontade de sair de casa. “Às vezes, a gente até paga a academia à toa nessa época. Eu, que sou super regrada, faltei a uma aula na semana passada por causa do frio”, conta Carol Borba. E a pandemia trouxe uma revolução nesse sentido: nunca houve tantas oportunidades de se exercitar online: de aulas nas redes sociais a plataformas pagas de exercícios. Uma série de profissionais também passou a trabalhar de forma remota. -
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Diversificar (as atividades) é preciso –
“Eu sempre recomendo que se tenha três atividades diferentes na semana. A variedade nos estimula, ainda mais no frio”, diz Marcio Lui. Em um estudo feito na Universidade da Flórida, nos EUA, participantes que repetiam os exercícios se mostraram mais propensos a desistir do que aqueles que variaram o tipo de atividade entre as sessões. Pode ser um momento para descobrir práticas novas: no YouTube, dá para fazer uma degustação: de aulas de dança a treino funcional e alongamento. “Isso ajuda a virar a chave e passar a ver o exercício como algo prazeroso que faz bem para mente, corpo e espírito, e não algo chato e negativo”, diz Carol Borba. “Você pode inclusive variar a atividade de acordo com o seu humor: se estiver mais devagar, fazer yoga. Se quiser esquentar de verdade, procurar um Hiit (high intensity interval training, treino intervalado de alta intensidade em inglês).” -
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Antes acompanhado do que só: a união faz a força –
Algumas pessoas preferem se exercitar sozinhas, mas, para outras, ter companhia – virtual ou presencial – pode ser um incentivo a se mexer, sobretudo naqueles dias em que o clima não ajuda. “Nesses tempos de exercício online, vi algumas alunas se juntando em grupos de Whatsapp para se ajudarem a manter a rotina. Ver a foto de uma amiga que já treinou pode nos estimular”, diz Carol Borba. Um estudo da MIT feito nos EUA com mais de 1 milhão de pessoas mostrou que exercício físico pode ser socialmente contagiante e que, no geral, nos motivamos vendo os feitos das pessoas ao nosso redor.