Conhecê-las é também uma maneira de visitar jeitos de ver e de estar no mundo. Inaugurando a Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032), instituída pela ONU e coordenada pela UNESCO, a exposição "Nhe'? Porã: Memória e Transformação" – em versão online e presencial em SP, no Museu da Língua Portuguesa – trata da diversidade linguística do Brasil. Com 175 línguas faladas por 305 etnias, engana-se quem pensa que somos um país de uma língua só. Até 23/4. (Luara Calvi Anic)
Apoiado pelo projeto Rumos Itaú Cultural e idealizado pela professora de história indígena Graciela Chamorro, o primeiro dicionário kaiowá-português já está disponível online no site da editora Javali. O dicionário conta com 6 mil verbetes, ilustrações da artista kaiowá Misael Concianza, fotos e depoimentos de colaboradores indígenas. A versão impressa deve ser lançada em 2023, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. (Andressa Algave)
“O Manto da Noite” (Companhia das Letras, 2022) toca na ancestralidade indígena e na história violenta que circunda o continente. A autora de “Flores Azuis” traça uma viagem pela Cordilheira sul-americana, em que identidade e ancestralidade se confundem. Uma história em que “nada é somente o que diz ser”, nas palavras da também escritora Natalia Borges Polesso. (Leonardo Neiva)