Depois de quase dois anos sem lançamentos, a cantora norte-americana está de volta com "A&W", abreviação de "american whore" (prostituta americana), como se refere a si mesma na letra do single. Com desafiadores sete minutos, a balada tem duas partes, a primeira de estilo folk e com cantos em harmonia, e a segunda que, surpreendentemente, vira um trap de batidas secas. Vale ouvir em loop para um bom efeito hipnótico. (Isabelle Moreira Lima)
Colaboradoras de longa data, as bailarinas Aline Bonamin e Clarice Lima voltam ao palco com Força Estranha para discutir o desejo de mover-se e de criar. "Evocamos forças que vêm de fora do corpo, que não conhecemos nem conseguimos nomear, mas que sabemos que existem. E fazemos um convite para imaginar outras danças", diz Bonamin. A temporada, grátis, será desdobrada nos teatros Alfredo Mesquita (24 a 26/2), Paulo Eiró (2 a 5/3) e Cacilda Becker (10 a 12/3). (Isabelle Moreira Lima)
Para os fãs da cantora, vale a leitura de "Beth Carvalho: De pé no chão" (Cobogó, 2022), que analisa, investiga e relata a história do pagode como movimento cultural, a partir do álbum homônimo. É o disco que marca a segunda metade do "século do samba" e abre portas para a reinvenção do gênero. Além dele, o filme "Andança: Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho", dirigido por Pedro Bronz e feito a partir de filmagens amadoras da cantora, rememora sua trajetória e parceria com grandes nomes da música. (Manuela Stelzer)
Jessie Ware é como aquela amiga insistente que quer levar todos à pista de dança o tempo todo. Com o novo single "Pearls" ela reafirma o título de diva disco contemporânea, mesclando arranjos que parecem saídos dos anos 70 com letras atuais (quer algo mais 2023 do que uma mulher multitasking?). É um aperitivo para o novo álbum que sai em março. Enquanto ele não chega, ouça seu podcast Table Manners. (Isabelle Moreira Lima)
Intitulado "Ele era Tom Verlaine", Smith homenageia seu grande amigo, morto em 28/1. Ícones da cultura do final do século 20, se conheceram em 1973 e dividiram interesses. Ela relata com detalhes a primeira vez que o viu se apresentar, em abril do ano seguinte. "O que vimos naquela noite foi familiar, nosso futuro, uma fusão perfeita entre poesia e rock’n’roll. Enquanto via Tom tocar, pensei: Se eu fosse um menino, teria sido ele", escreveu. (Manuela Stelzer)
Gama ouviu de antemão com exclusividade e indica o podcast original da Deezer, que tem apresentação de Fernanda Torres e propõe um passeio pela vida de uma pessoa por meio de uma playlist. O primeiro episódio terá Marcelo D2 em uma conversa sobre a influência dos pais na música, o gosto pelo samba, pelo pop rock e pelo punk. Mart’nália, Pabllo Vittar e Dráuzio Varella também contarão suas histórias. A partir de 3/2. (Andressa Algave)
A artista, famosa por músicas como "Dona Cila" e "Shimbalaiê", celebra 20 anos de carreira com o álbum “Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor”. Nele, a cantora traz regravações de canções brasileiras que marcaram sua vida, homenageando nomes como Caetano Veloso, Rita Lee, Renato Russo, Marisa Monte e Gonzaguinha. No sábado, 28/1, às 19h, Maria Gadú apresenta esse trabalho mais recente no Centro Cultural São Paulo – e o melhor de tudo: gratuitamente. (Manuela Stelzer)
Para quem tem ouvido fraco para a disco music, "Coeur Encore" da francesa Clara Luciani é um prato cheio. Ou melhor, uma pistinha doméstica e improvisada cheia. Além das músicas do álbum "Coeur", de 2021 (ouça "Le Chanteur", com seu refrão bem arranjado e dramático, no repeat), ela reedita em francês clássicos de bandas como Abba e Sister Sledge e até o hino #semdefeitos "I Feel Love", que vira "C'est l'Amour". (Isabelle Moreira Lima)
“Fossora”, de Björk, “Un Verano Sin Ti”, de Bad Bunny, “Motomami”, de Rosalía, “Dawn FM”, de The Weeknd estão no ranking, que coroa em primeiro lugar a rainha Beyoncé, pelo dançante “Renaissance”. Mas embora pareça uma lista feita de hits conhecidos, há pelo menos duas centenas de álbuns a serem explorados. A lista com toda a seleção e uma breve crítica sobre os álbuns está aqui. (Manuela Stelzer)