Finalista do Booker Prize 2021, o livro da britânico-canadense tem ares conhecidos por seus leitores: a protagonista é uma escritora de meia-idade que fala de temas como arte, literatura, beleza e maternidade. Desta vez, porém, a narrativa se dá toda dentro de uma casa, onde M, que vive com o marido e a filha, hospeda um prestigiado pintor. A história é inspirada nas memórias da escritora americana Mabel Dodge Luhan (1879-1962). (Betina Neves)
Usar o nome da sua principal série no título já é, de certa forma, uma injustiça com Matthew Weiner que, em entrevista à Folha, falou sobre a dificuldade de vender projetos depois de “Mad Men”. Para quem procura traços da história dos Draper em “Acima de Tudo, Heather” (Ed. Planeta), talvez veja semelhanças na trajetória de uma adolescente modelo – a Heather do título –, que vive num círculo privilegiado de uma rica Nova York, e nos interesses obscuros que uma personagem feminina forte pode atrair. (Amauri Arrais)
Voz aclamada na literatura de língua espanhola, o autor retorna no fim do mês à Festa Literária Internacional de Paraty, da qual participou em 2012, para falar do novo ”Poeta Chileno” (Companhia das Letras). Para quem ainda não conhece sua obra, porém, vale embarcar em “Ficção 2006-2014”, reunião dos romances "Bonsai", “A Vida Privada das Árvores” e “Formas de Voltar para Casa”; além dos contos de “Meus Documentos” e outros inéditos e de “Múltipla Escolha”, seu texto mais experimental. Suas histórias cativam pela simplicidade, em livros que a gente passa a tratar como bons amigos. (Betina Neves)
Quais os passos para escrever uma biografia? Eis a proposta do curso com o jornalista e escritor Mário Magalhães, com início em 30 de novembro. Em quatro aulas ao vivo pelo Zoom, a ideia é estruturar as etapas de uma biografia, da escolha de personagem à montagem do livro, passando pela apuração, organização das informações coletadas e redação. Magalhães já recebeu uma série de prêmios jornalísticos e literários no Brasil e no exterior e é autor de “Marighella: O guerrilheiro que incendiou o mundo” (Companhia das Letras, 2012), recém-adaptado para o cinema por Wagner Moura. (Betina Neves)
Não é exagero dizer que o português Tiago Rodrigues, ator, autor e diretor, é um dos nomes mais fortes do teatro contemporâneo, tanto que, em 70 anos, é o primeiro não-francófono à frente do Festival de Avignon, na França. Antes da pandemia, trouxe à Mostra Internacional de Teatro de SP, o texto “By Heart”, em que tira membros da plateia para encenar -- entre eles, é comum encontrar atores ávidos pela oportunidade de encenar seu texto, como foi o caso de Camila Pitanga e Martha Nowill. O volume editado pela 34 traz essa e outras peças de Rodrigues, cheias de humor e poesia, em um retrato lírico do que pode ser a vida no mundo contemporâneo. (Isabelle Moreira Lima)
Jacqueline Blábláblá, Andrea de Mayo e Cris Negão foram travestis que comandaram a prostituição no centro de São Paulo entre a década de 70 e os anos 2000. A história das três é contada pelo jornalista Chico Felitti, autor de “Ricardo e Vânia” e “A Casa”, no audiobook recém-lançado, que mergulha nos casos de inúmeras outras travestis, transexuais, transformistas e drag queens da capital paulista. “Rainhas da Noite” tem sete capítulos e é encontrado exclusivamente na plataforma Storytel. (Daniel Vila Nova)