Trinta histórias protagonizadas por mulheres com tudo e nada em comum. Essa é a ideia de “Rugido” (Harper Collins, 2022), livro da irlandesa Cecelia Ahern. Nascidos de ditados populares, cada conto usa o realismo mágico para exagerar situações de constrangimentos e desejos rotineiros, com as quais muitas mulheres podem se identificar. A obra virou série, com Nicole Kidman, Cynthia Erivo e Alison Brie. (Leonardo Neiva)
Baseado no livro homônimo das jornalistas Jody Kantor e Megan Twohey, “Ela Disse” (2022) conta em 2h09min a apuração e os impactos da série de acusações de estupro e assédio sexual feitas contra Harvey Wenstein – tudo isso sem mostrar o rosto dele. O filme foi dirigido pela alemã Maria Schrader e se passa antes da explosão do movimento #MeToo, que encorajou vítimas de abuso a contarem suas histórias. A produção tem previsão de lançamento no Brasil no dia 8/12. (Andressa Algave)
A vencedora do Prêmio Nobel de Literatura de 2022, a francesa Annie Ernaux, acaba de ganhar uma tradução de "A Vergonha" (1997), pela Fósforo. Seguindo a autoficção, que a acompanha em livros como "O Acontecimento", que narra sua experiência com o aborto, nesse livro ela investiga com a precisão característica o contexto social e as transformações vivenciadas ao presenciar, aos 12 anos, um episódio de violência doméstica em sua casa. (Luara Calvi Anic)