A exposição, em cartaz no Instituto Tomie Ohtake (SP), traz retratos feitos pelo fotojornalista japonês em uma série de viagens com o filósofo indígena a alguns dos principais povos indígenas brasileiros. O projeto, realizado ao longo dos anos 90, conferiu à dupla o título de "amigos para sempre", e essa intimidade é palpável nos retratos de Nagakura. Guiado por Krenak, se afasta do clichê do olhar estrangeiro e constrói uma rede de afetos com as comunidades. (Isabela Durão)
Após o elogiado “Little Electric Chicken Fish” (2019), a artista passou alguns anos se aventurando na produção musical e agora lança seu terceiro álbum de estúdio. Em "Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua", volta mais madura, com um disco tão íntimo quanto feroz. Passeando por décadas e estilos, traz baladas românticas e sensuais sobre sua vivência de amores não-binários. Nostálgico e atual na mesma medida, o álbum é uma mistura de groove-pop-disco-jazz que testa limites de gênero em todas as suas definições. (Isabela Durão)
Uma dor profunda guia “A Metade de Nós”, filme de Flávio Botelho, em cartaz na 47ª edição da Mostra Internacional de Cinema. No longa, que terá mais duas sessões no festival, um casal da terceira idade tenta se adaptar à vida depois do suicídio do único filho. Num mundo de medos e melancolia, eles seguem caminhos distintos para aliviar a sensação de culpa e entender as motivações do rapaz e, assim, encontrar novas maneiras de viver com o luto. (Ana Elisa Faria)
Os vocais de Mick Jagger seguem vigorosos, embora agora cantem sobre envelhecimento, mortalidade e missão de vida. O novo álbum é solar, com vários arranjos dançantes e letras celebrativas. Não tem como não se emocionar com “Sweet Sounds of Heaven”, que sugere: “Vamos deixar os velhos acreditarem que são jovens”. A faixa, aliás, tem participação de Stevie Wonder e Lady Gaga, que se juntam a um time de convidados estelares como Elton John e Paul McCartney. Entre os melhores álbuns da banda, sem exagero. (Dolores Orosco)
Vai até 28/10 um dos principais congressos de gastronomia realizados hoje no país, que neste ano traz Albert Adrià como principal estrela. O chef catalão, que encerra o evento às 17h30 do sábado, fala sobre a descoberta da nova linguagem gastronômica do seu restaurante Enigma, um dos cinco que fechou na pandemia e o único a ser reaberto. Além dos painéis de tendências, há uma grade de aulas, jantares magnos e uma feirinha aberta ao público. (Isabelle Moreira Lima)