Desenhos de baixo estímulo para ver com as crianças
Trocas de cenas espaçadas, melodias calmas, cores suaves e pouca carga emocional são algumas das características dessas animações
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Com enfoque no dia a dia e em aprendizados da infância, “Sarah e o Pato” (2013-2017) é uma premiada série educativa da BBC que pode ser uma boa influência para os pequenos. O desenho inglês é recomendado para crianças em idade pré-escolar e aborda a trama de uma menina de sete anos e seu amigo pato. Eles vivem em uma pequena aldeia e usam a imaginação para explorar o mundo próximo e distante — fazem isso ao visitar um arco-íris ou ao ajudar um guarda-chuva, por exemplo. Disponível no Looke e no Youtube.
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“Sereno – O Panda Zen” (2020-2023) tem uma animação detalhista digna de contemplação e poucos personagens. Parece uma escolha perfeita para acalmar os pequenos — e os adultos também. Sempre com um conselho ou uma história para cada ocasião, o sábio panda Sereno ajuda seus vizinhos, os irmãos Karl, Addy e Michael, em seus dilemas cotidianos. Com inspiração budista — como o título adianta —, de mameira leve o desenho americano traz lições dessa filosofia milenar. Disponível no Apple TV.
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Uma clássica animação de baixo estímulo, “Pocoyo” (2005-2007) apresenta cenários minimalistas, com fundo neutro, e um protagonista curioso que fala pouco, por saber poucas palavras, mas interage com o telespectador junto a voz do narrador. O autor espanhol da trama, Guillermo García Carsi, já revelou que queria se distanciar de desenhos como “Teletubbies”, por ter a intenção de ensinar lições típicas às crianças, como não serem egoístas. Disponível no Max.
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A premiada série de desenhos animados alemã “Die Maus” (1971-2018), ou o rato, não tem tradução para o português — o que não é problema nenhum, já que ela não contém falas. Com animação simples e fluida, cada episódio é formado por vários pequenos segmentos silenciosos, alguns deles muito bem-humorados, em que o ratinho protagonista realiza uma série de ações cotidianas, como pegar maçãs de uma árvore ou desenhar num computador. Isso sempre ao lado de seu fiel companheiro: um pequenino elefante azul. Com quase 50 anos de existência, a série se mostrou atemporal e já divertiu mais de uma geração de crianças pequenas. Alguns dos episódios estão disponíveis no YouTube.
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Que tal acompanhar as aventuras de uma filhote de papagaio-do-mar, seu irmãozinho e uma trupe de amigos enquanto eles aprendem coisas novas sobre natureza, amizade e família? Tudo isso acontece na ilha “Puffin Rock” (2015-2016), que também dá nome a essa série infantil britânica de belos traços e movimentos lentos. Narrados pelo ator Chris O’Dowd, os episódios apresentam Oona, Baba e companhia realizando tarefas como ajudar um ovo a encontrar seus pais ou libertar uma bebê gaivota presa numa linha de pesca. No total, são duas temporadas, recomendadas para crianças de dois a cinco anos. Disponível na Netflix.
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“Bluey” (2018 – 2022) acompanha as aventuras de uma cachorrinha, que dá nome à série, e sua vida com a mãe, o pai e a irmã. A cada episódio, a protagonista vive um momento de desenvolvimento, seja aprender a andar de bicicleta, ganhar dinheiro da fada do dente, entre outros exemplos, que embora cotidianos, sempre são transformados em eventos divertidos. A animação australiana é recomendada também como um desenho para os pais: “Faz minha criança interior ficar acolhida”, diz um comentário no TikTok. Disponível no Disney+.
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Baseado no livro infantil de grande sucesso do escritor norte-americano Ezra Jack Keats, “Um Dia de Neve” (2016) mostra a jornada de Peter enquanto ele vai à casa da avó pegar sua ceia de Natal e aproveita para se divertir na neve. Trazendo uma criança negra como protagonista, o livro foi considerado um dos pioneiros na busca por maior diversidade dentro da literatura para os pequenos. Este especial de fim de ano, premiado com dois Daytime Emmys, segue a mágica caminhada do personagem enquanto ele explora a vizinhança logo após a primeira nevasca da temporada, encapotado num casaco de neve todo vermelho. A obra, que traz ainda as vozes dos atores Regina King, Laurence Fishburne e Angela Bassett, preserva os traços do livro e é voltada para crianças em idade pré-escolar. Disponível no Prime Video.
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Uma amizade para lá de inusitada guia as tramas dos episódios do desenho “Zé Coleta” (2020-2021): Hank, um garoto de seis anos, feliz e cheio de imaginação, tem como melhor amigo nada menos do que um caminhão de coleta de lixo. Acompanhados por uma turma de animais, como um grande urso e uma elegante ratinha, os dois exploram o mundo e vivem fantásticas aventuras. Em uma delas, o automóvel chega até a voar, em outra, o veículo surfa. Ele também participa da festa do pijama de Hank. Disponível na Netflix.
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Lançado em 2012 e com novos episódios exibidos até hoje, “Daniel Tigre” acompanha um fofinho tigrinho. Daniel tem quatro anos, é tímido, mas muito corajoso. Junto de vizinhos e amigos — como o Coruja, os príncipes Terça-Feira e Quarta-Feira e a senhorita Elaina —, ele se diverte enquanto aprende as habilidades necessárias para lidar com a escola e a vida. Voltado para crianças em fase pré-escolar, o desenho, baseado no reino fictício da série americana dos anos 1960 “Mister Rogers’ Neighborhood”, criada por Fred Rogers, é super educativo e aborda temas como a raiva, a calma, o uso do penico e as amizades. Disponível no YouTube.
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Com uma música de abertura bonitinha e chiclete, “Caillou” (1997-2011) é um desenho clássico que marcou a infância de gerações. Baseado nos livros da escritora e ilustradora canadense Hélène Desputeaux, o programa acompanha o menino de quatro anos que dá nome à série enquanto aprende coisas novas sobre o mundo e a vida, sempre ao lado da família e dos amigos. A cada episódio, o garotinho passa por uma nova aventura, que o leva a um novo aprendizado e, assim, ele vai amadurecendo ao longo das temporadas. Disponível na Max.
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