Michel Alcoforado: “O sexo perdeu a importância para os jovens” — Gama Revista
E sua vida sexual, hein?
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Foto: Divulgação. Ilustração: Isabela Durão

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Podcast da semana

Michel Alcoforado: “O sexo perdeu a importância para os mais jovens”

Para antropólogo e autor de “De Tédio Ninguém Morre”, estamos vivendo uma nova transformação no jeito de encarar a atividade sexual

Isabelle Moreira Lima 08 de Setembro de 2024

Michel Alcoforado: “O sexo perdeu a importância para os mais jovens”

Isabelle Moreira Lima 08 de Setembro de 2024
Foto: Divulgação. Ilustração: Isabela Durão

Para antropólogo e autor de “De Tédio Ninguém Morre”, estamos vivendo uma nova transformação no jeito de encarar a atividade sexual

Estamos vivendo uma transformação no jeito de encarar as relações sexuais, de acordo com o antropólogo Michel Alcoforado. E essa é uma questão geracional: são os jovens que dão uma importância diferente ao sexo. “Os mais jovens estão dizendo que sexo é igual tomar banho e escovar dente. Você faz se tiver com vontade”, afirma ao Podcast da Semana sobre sexo e relacionamento. O antropólogo acredita que o resultado dessa mudança de perspectiva é que as pessoas vão ficar mais à vontade para afirmar que têm pouco desejo sexual.

Alcoforado, que acaba de lançar o livro “De Tédio Ninguém Morre: Pistas para entender os nossos tempos” (Ed. Telha) e é comentarista da rádio CBN, tem se dedicado ao tema na atual temporada de seu podcast, o “É Tudo Culpa da Cultura”. Lá, ele entrevista outros antropólogos sobre diversos aspectos do sexo, desde sex shops em comunidades evangélicas até as festas de orgia em saunas gays.

Ao Podcast da Semana, Alcoforado fala sobre as transformações que vivemos desde o aparecimento dos apps de namoro. Ele aposta que até 2030, 3% da população vai se declarar assexuada. Acredita também que o sexo ficou mais difícil porque “vamos para a cama com muitas bandeiras”. “É muita satisfação que temos que dar conta: do teu prazer, do meu prazer. Eu tenho que dar conta do prazer dos homens e das feministas. Eu tenho que dar conta da igualdade de gênero. Eu tenho que dar conta de tanta pauta para além da minha vontade de gozar, que transforma uma relação sexual em algo infinitamente penoso”, afirma.

O antropólogo comenta ainda fenômenos como o detox de homem e essa mania que o brasileiro tem que dizer que transa demais.

Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima

No link abaixo e também no Deezer, no Spotify e no Apple Podcast você escuta este episódio.

Produto

  • “De Tédio, Ninguém Morre”
  • Michel Alcoforado
  • Ed. Telha
  • 216 páginas

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