João Camarero: “A música é o elemento mais humanizador possível”

Foi no apartamento da tia-avó Helenita, na avenida Paulista, que o violonista João Camarero teve contato com um instrumento musical pela primeira vez. Ela percebeu seu interesse e sua aptidão e deu a dica para a mãe do músico, então com 4 anos de idade. Essa é uma das primeiras memórias musicais que ele tem e uma das histórias que conta no primeiro episódio da série “Motivações Genuínas”, que investiga o que move criadores e artistas. A série é criada e dirigida por Ioram Finguerman e tem o apoio da Gama.

O episódio, que foi lançado nesta quarta-feira (16), traz uma entrevista com Camarero que, aos 33 anos, é considerado um dos maiores solistas do Brasil hoje. Ele fala sobre a descoberta da música; sobre a admiração que sente por Raphael Rabello, violonista virtuose morto precocemente em 1995; sobre as reuniões de músicos que presenciou em casa desde a infância; sobre como quem é músico toca até para relaxar.

“A música é o elemento mais humanizador possível. Qual outra coisa no mundo que você consegue reunir pessoas que não têm nada a ver entre si, às vezes nem se dão bem, de diferentes países, lugares e culturas, e de repente todo mundo fica emocionado? O que mais tem esse poder?”, questiona no episódio. “É um negócio que cria uma comunhão entre as pessoas.”

Camarero abre a primeira temporada da série “Motivações Genuínas”, uma série documental que apresenta um olhar sobre a formação e as histórias de artistas e criadores que realizam projetos relevantes, originais e que tem um efeito positivo na sociedade. Os outros quatro episódios desta temporada trazem a fundadora do grupo bloco de mulheres negras Ilú Obá De Min, Beth Beli; os psicanalistas e escritores André Alves e Lucas Liedke, que juntos fazem o podcast Float Vibes e analisam tendências de comportamento; o designer, artista plástico e criador do Erê Lab, de brinquedos para espaços públicos, Roni Hirsch; e Rubens Amatto, fundador da Casa de Francisca, casa de shows que ocupa um palacete centenário no centro de São Paulo. São entrevistas de 12 a 25 minutos em que eles contam sobre suas vidas e obras. Os episódios serão lançados semanalmente.

Os vídeos podem ser assistidos no site da Gama e no canal da revista no YouTube.