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5 dicasComo responder as perguntas das crianças sobre sexo
Com o maior acesso à internet, as dúvidas infantis sobre sexualidade estão surgindo cada vez cedo. Não seja pego de surpresa e saiba como estabelecer um canal de diálogo livre com seu filho
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Com o maior acesso à internet, as dúvidas infantis sobre sexualidade estão surgindo cada vez cedo. Não seja pego de surpresa e saiba como estabelecer um canal de diálogo livre com seu filho
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Seja lúdico, mas não minta –
“De onde vem os bebês?”. A pergunta costuma pegar os pais de surpresa e é o ponto de partida para uma série de dúvidas e descobertas sobre sexualidade que vão surgir ao longo da infância. Portanto, estabeleça desde esse início um vínculo forte de confiança com seu filho. “Não diga que foi a cegonha ou um anjinho que trouxe o bebê, por menor que a criança seja. Ela vai desenhar essa imagem na cabeça e, mais tarde, descobrirá que os pais mentiram”, diz a bióloga Ivana Marques, autora do projeto de educação sexual “De Bem Comigo, De Bem com a Vida”.
Claro que nesse primeiro momento, seria precoce se aprofundar no tema, falando em óvulo e espermatozóide. Mas a história da “sementinha que o papai colocou na mamãe” é lúdica e mais próxima da realidade. “Como essa explicação faz sentido, por um período ela será suficiente para a criança”, afirma a educadora sexual Rita Bueno. “O importante nessa fase das primeiras dúvidas é ser objetivo. Não adianta entrar em muitos detalhes, porque os pequenos nem entenderiam.” -
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Não fuja de nenhum tema –
Mudar de assunto ou dizer que aquela “não é uma conversa de criança” é uma péssima maneira de reagir aos primeiros questionamentos infantis sobre sexualidade. “Fugir da pergunta passa a mensagem de que aquele é um tema velado, que não deve ser falado e que existe algo proibido em torno do sexo. Por mais que os pais tenham sido pegos de surpresa, não devem deixar a criança sem resposta”, explica Rita. “Uma saída é dizer: ‘olha filho, eu vou pesquisar e quando souber a resposta certinha te digo’. E retomar a conversa em um momento mais tranquilo e oportuno.”
Também é importante ouvir a criança e dar credibilidade as suas dúvidas, como explica Marcos Ribeiro, autor do livro “Você Conversa com seu Filho Sobre Sexo?” (Editora Autêntica; R$ 49,65; 184 págs.). “Isso é essencial para que elas tenham um desenvolvimento sadio, num ambiente seguro. Quando a educação sexual começa desde cedo, é meio caminho andado para a prevenção da violência sexual.” -
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Antes de proibir, entenda a origem da pergunta –
Seja por meio dos hits da música pop ou das dancinhas hipersexualizadas que viralizam nas redes sociais, está cada vez mais complicado controlar o acesso infantil aos conteúdos impróprios na internet. Se por acaso a criança repetir ou quiser saber o que significa um termo de duplo sentido ou um palavrão, reprimir não é o caminho. “Aproveite para conversar sobre o assunto. Pergunte o que ela achou e entendeu daquilo”, diz Rita. “Primeiro escute a criança ao invés de passar um sermão ou dizer que é feio e não pode. Às vezes, ela está fazendo uma leitura inocente e o adulto vai lá e despeja uma série de informações desnecessárias.”Demonstrar curiosidade sobre o que a criança está dizendo, também pode ser uma forma de explicar o assunto adequadamente. “Faça perguntas como: ‘o que você acha que isso significa?’. Isso vai ajudar a ter uma ideia de onde seu filho ouviu aquela informação e o que já tem de conhecimento sobre o ele e aí vai ser mais fácil elbaorar uma resposta”, completa Ivana.
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Explique que algumas práticas são íntimas –
Descobrir as primeiras noções de prazer sexual através do toque e de brincadeiras com os órgãos genitais é parte do processo de crescimento e não deve ser reprimido. Porém é preciso que a criança entenda que aquela prática deve acontecer em privacidade. “A hora do banho é um bom momento para explicar que algumas partes do nosso corpo são íntimas, apenas nossas. Por isso usamos roupas íntimas, como calcinha e cueca”, explica Rita. “Por isso não é legal ficar tocando na frente de outras pessoas.”
Quando acontecer de a criança se tocar em público, nada de gritos como “tire a mão daí”. “Isso só vai constrangê-la. Vá mais na linha: ‘sei que é gostoso, mas lembra que a mamãe explicou que algumas partes são só nossas, que são íntimas?’”. -
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Diga que cada um tem seu jeito de namorar –
Falar sobre orientação sexual com uma criança não deve ser nenhum bicho de sete cabeças. Assim como as outras dúvidas sobre sexualidade, as respostas devem ser simples e diretas. “Explique que as pessoas são diferentes e que, por isso, cada uma tem o seu jeito de namorar e querer ficar junto”, diz Marcos Ribeiro. “Pais heterossexuais devem explicar ao filho que nem todas as pessoas são como o papai ou a mamãe, mas que há casais como os ‘tios João e Luis’, por exemplo, que estão juntos e são felizes.”
Se a criança for mais velha, com uma melhor compreensão, é possível acrescentar que orientação sexual não pode ser a medida para o julgamento de uma pessoa. “E mais importante do que ser hétero, homo ou bissexual, é ser capaz de viver a própria sexualidade de forma saudável, respeitando a si e ao outro”, completa o educador.
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