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Bloco de notasFilmes que causam ansiedade
Dez longas-metragens capazes de deixar ansioso até o telespectador mais calmo
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Dez longas-metragens capazes de deixar ansioso até o telespectador mais calmo
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As “127 Horas” (2010), de Danny Boyle, causam ansiedade e aflição puras durante uma aventura que não dá certo. O nome do filme faz referência à quantidade de tempo que o alpinista Aron Ralston ficou preso em uma fenda num cânion localizado em Utah, nos EUA. O longa-metragem é uma adaptação do livro homônimo e autobiográfico do esportista sobre o ocorrido, publicado no Brasil pela Seoman. A obra é estrelada por James Franco, que foi indicado ao Oscar de melhor ator pelo papel. Além disso, a produção também concorreu em outras categorias do prêmio: melhor filme, melhor trilha sonora original e melhor montagem. Disponível no Disney+.
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A partir de uma premissa de rivalidade feminina por uma posição numa companhia de balé, “Cisne Negro” (2010), de Darren Aronofsky, contrói um filme de terror psicológico agoniante. A bailarina Nina Sayers, interpretada por Natalie Portman, quer o papel de protagonista em uma montagem de “O Lago dos Cisnes” (1877), de Tchaikovski, porém a conquista é ameaçada por outra bailarina. A situação desencadeia um desequilíbrio mental em Nina que a faz perder a noção da realidade e imaginar dezenas de situações perturbadoras. A nós, telespectadores, a sensação é de constante falta de ar. Pela intensa atuação, Portman ganhou o Oscar de melhor atriz. Disponível no Disney+.
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O filme brasileiro “O Lobo Atrás da Porta” (2013), de Fernando Coimbra, se baseia no caso Fera da Penha, ocorrido em 1960. Na trama, acompanhamos a investigação do sequestro de Clarinha. A principal suspeita é Rosa (Leandra Leal), a amante do pai da menina, que é intimada pela polícia a depor. O depoimento recheado de meias-verdades e mentiras é o principal fio condutor para tentar entender o que de fato aconteceu com a criança. As cenas de violência podem causar pânico e a ânsia pela verdade é o que motiva o público a chegar até o fim do longa. Disponível em Disney+, YouTube Filmes, Amazon Prime e Apple TV.
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Em “Fale com Ela” (2002), de Pedro Almodóvar, a ansiedade aparece de muitas maneiras ao observarmos situações chocantes cometidas com personagens que não podem se defender. Os trabalhos do renomado diretor espanhol têm como características enredos que envolvem angústia e bizarrices e, desta vez, não é diferente. No filme vencedor do Oscar de melhor roteiro original, Benigno (Javier Cámara) é um enfermeiro dedicado que cuida de Alicia (Leonor Watling), uma bailarina que entra em coma depois de um acidente — tempos antes de se acidentar, a jovem era stalkeada pelo cuidador. A devoção de Benigno vai além do profissional, e ele desenvolve um amor profundo e platônico pela dançarina. Disponível na Netflix.
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Qualquer filme de guerra poderia entrar nesta lista que ecoa o sentimento de ansiedade, mas apenas um deles tem Wagner Moura como protagonista — e efeitos sonoros que, de tão avassaladores, viram um personagem central da trama. “Guerra Civil” (2024), de Alex Garland, traz um grupo de jornalistas e fotojornalistas que tentam sobreviver e, ao mesmo tempo, realizar seus ofícios durante um conflito violento que atravessa os Estados Unidos. Além do fazer jornalístico, a obra discute ética, questões geracionais e a polarização. Disponível em Amazon Prime, YouTube Filmes e Apple TV.
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A depressão humana e a iminente colisão de um planeta com a Terra conduzem “Melancolia” (2011), dirigido por Lars von Trier, que é marcado pelo gradual aumento da sensação de desespero com o inevitável fim da vida. O filme é dividido em duas partes e, cada uma delas, mergulha na psique de uma das irmãs: Justine (Kirsten Dunst), que enfrenta uma severa depressão e que está noiva, e Claire (Charlotte Gainsbourg), que já está casada e lida com o desmoronar de sua vida. Disponível no Prime Video.
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Conhecer os pais do(a) parceiro(a) pode causar ansiedade, mas o cenário de “Corra!” (2017), de Jordan Peele, é ainda mais aterrorizante. No longa, Chris (Daniel Kaluuya), um jovem negro, conhece a família de sua namorada branca, Rose (Allison Williams). Durante a estadia na casa dos sogros, coisas estranhíssimas começam a acontecer. A vontade de gritar “Corra, saia imediatamente daí” cresce conforme as bizarrices e os problemas vão surgindo. Disponível na Netflix.
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Indicado à Palma de Ouro, “Festa de Família” (1998), de Thomas Vinterberg, é uma homenagem ao movimento cinematográfico Dogma 95. O enredo retrata o aniversário de 60 anos de Helge (Henning Moritzen), o patriarca da família. Tudo ocorre relativamente bem até o filho Christian (Ulrich Thomsen) denunciar o assédio que o aniversariante praticava com ele e com a irmã, que cometeu suicídio recentemente. As denúncias continuam em série enquanto os demais convidados se apresentam, ora chocados e ora debochando da situação, evidenciando o cinismo da sociedade perante o grotesco. A fotografia, a ordem do enredo e os próprios acontecimentos são capazes de causar uma sensação nauseante, de tão ansiosa. Disponível no Prime Video.
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Um grupo de dançarinos urbanos se reúne em uma festa inicialmente divertida. O problema é que as bebidas foram batizadas com drogas sem que eles soubessem, o que os leva a um transe surreal durante o filme “Clímax” (2018), de Gaspar Noé. Para alguns, a droga causa efeitos alucinógenos divertidos, porém outros são jogados ao inferno com alucinações e crises de pânico. O longa é uma mistura de erotismo com desespero que pode incomodar ao assistir. Disponível no Prime Video.
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Um clima de ansiedade e confusão guia o enredo de “Shiva Baby” (2020), de Emma Seligman. A personagem principal, Danielle (Rachel Sennott), se encontra em um funeral judaico com sua família, sua ex namorada, Maya (Molly Gordon), e seu sugar daddy, Max (Danny Deferrati), que está ali na companhia da esposa e do filho recém-nascido. A chegada de cada um dos personagens causa a Danielle a sensação de estar num beco sem saída. A medida que o cenário muda constantemente, o telespectador que anseia por uma atitude que resolva os conflitos vai ficar ainda mais aflito, afinal Danielle opta pelas piores opções possíveis. Disponível no Mubi e no Prime Video.
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