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Sextech, educação sexual, literatura erótica. As dicas da equipe Gama esquentam o tema de Semana
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Bloco de notas
Sextech, educação sexual, literatura erótica. As dicas da equipe Gama esquentam o tema de Semana
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“Tenho interesse em registrar essa comunidade gay da qual eu faço parte e que às vezes é vista com discriminação ou de forma pejorativa”, diz a Gama o fotógrafo GIANFRANCO BRICEÑO. “Existe beleza nesses momentos íntimos das relações entre homens. É uma questão de naturalizar o olhar.” O peruano radicado no Brasil trabalha especialmente com moda, nus e seminus masculinos (foto acima e a PB de abertura do Bloco de Notas). Há três anos, juntou esses interesses no FANZINE UNCUT — produzido manualmente e com edições limitadas. Com a publicação, sua ideia é criar cenas que tenham uma clara referência às campanhas dos anos 1990, como por exemplo da Calvin Klein; além de, com seu olhar, “explorar a sexualidade íntima do outro”.
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Bryony Cole, fundadora do site FUTURE OF SEX garante que, para além dos apps e gadgets, sexo e tecnologia tem algo melhor para oferecer: educação sexual. Em seu PODCAST, cria um espaço seguro para ajudar a entender sexualidade e desejo. O objetivo é conduzir as pessoas ao futuro: uma vida sexual divertida, sem vergonha e rodeada de tecnologia. “Sextech” é o novo termo para isso.
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Entre as criações de JAVIER MAYORALA encontra-se de tudo, mas o principal tema do artista espanhol radicado nos Estados Unidos é o sexo. De mulheres nuas a cenas de sexo explícito, o resultado são obras capazes de manter qualquer curioso dentro de seu site por horas. Suas pinturas ilustraram os conteúdos JANELA INDISCRETA e MANUAL DO SEXO PARA VIRGENS VIRTUAIS, na Gama.
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“Ele me provoca. Morde minhas orelhas e me beija, e eu gosto de sua impetuosidade”
Prova de que ficção e a realidade coabitam quando se trata de sexo é que dois dos maiores nomes da literatura erótica viveram juntos um dos affairs mais tórridos do universo literário de todos os tempos. Henry Miller é até hoje conhecido por “Trópico de Câncer”, relato autobiográfico que foi censurado por décadas nos Estados Unidos (foi tachado como “pornográfico”). Anais Nin, nascida em 1903, ganhou fama com seu clássico de contos “Delta de Vênus” e “Henry e June” (trecho acima). Quando seus diários foram publicados, porém, segredos emergiram: entre as revelações, drogas, sexo e a prova de que romances secretos vividos pelos escritores inspiraram parte das obras ditas fictícias.
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O título lembra uma disciplina de ensino médio, e tem muito disso, mas SEX EDUCATION consegue falar de educação sexual e inclusão de forma engraçada, sexy, didática, tudo ao mesmo tempo. Na série britânica há de nerds a atletas e garotas populares. Todos têm perguntas. E ninguém fica sem resposta nas sessões com o “terapeuta” adolescente Otis, protagonista e filho de Jean, a verdadeira terapeuta sexual da história.
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Voltada para a arte erótica, a revista brasileira NIN foi criada por duas mulheres para pensar em sexo e PENSAR O SEXO, além de celebrar e desmistificar o corpo nu. Com edições bilíngues, a Nin apresenta visões pessoais de colaboradoras ao redor do globo sobre sexualidade e tudo que a envolve. Pensada para homens e mulheres, o intuito da revista (cujo subtítulo é “naked for no reason”) é simples: falar sobre sexo e enaltecer o quê artístico de todo corpo nu. Afinal, precisa ter razão para estar nu?
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O contexto atual tem trazido uma nova profundidade aos encontros marcados por apps de relacionamento – justamente porque não há o encontro logo de cara. O que abre espaço para muita conversa, descobertas, intimidade. Se antes bastava algumas frases ocas e fotos bonitas para rolar algo ao vivo (e, logo, um match frustrado), agora o papo se delonga no app e ainda ganha a videoconferência. SAI O SEXO CASUAL, E ENTRA O DATE POR VÍDEO.
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“A ORIGEM DO MUNDO” (1866, á esquerda) daria um belo romance de aventura. A tela de Gustave Courbet ficou anos escondida sob um pano verde no banheiro de um diplomata turco – passando então pelas mãos de nazistas, russos e do psicanalista Jacques Lacan, até descansar de vez no Museu D’Orsay, em Paris. Em 1989, a tela foi reinterpretada pela artista francesa Orlan com o título “A ORIGEM DA GUERRA” (foto à direita). A obra, em sua versão masculina, foi exposta no mesmo museu onde descansa a tela original.
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Já ouviu falar da maior best-seller erótica do Brasil? A maranhense LANI QUEIROZ fez de sua saga “Príncipes Di Castellani”, repleta de homens misteriosos e envolventes, intrigas em ilhas italianas e tórridas cenas eróticas um sucesso inconteste na Amazon brasileira. Professora do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Tocantins, ela começou a escrever inspirada pelos romances de banca de jornal, do tipo “Sabrina”. Publicou o primeiro livro em 2014 na plataforma Wattpad e não parou mais. Lani é um fenômeno (foi sucesso na BIENAL DO LIVRO do ano passado e apareceu na lista de mais vendidos da Veja) que traduz como a literatura erótica cumpre papel importante. Confira entrevista com a autora no PODCAST DA SEMANA, da Gama.
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Sexo e cinema vivem um relacionamento sério – e não é de hoje. Desde 1933, quando o filme tcheco “ÊXTASE” (foto) levou as primeiras cenas picantes às telas. Dali em diante, diretores não mediram esforços para trazer erotismo e sexualidade ao escuro do cinema. De “LOVE“, recebido com tapete vermelho pelo Festival de Cannes em 2015 à série “THE DEUCE”, sobre o boom da pornografia americana nos anos 1970, a temática tem se complexificado – e exigido MAIS CONSCIÊNCIA NA HORA DE GRAVAR desde o início do movimento #MeToo.