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SemanaBloco de notas
Saudosas coreografias de axé, uma fusão de yoga com dança, memórias do bailarino e coreógrafo Ismael Ivo. Veja uma lista de referências Gama sobre o tema da semana
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SemanaBloco de notas
Saudosas coreografias de axé, uma fusão de yoga com dança, memórias do bailarino e coreógrafo Ismael Ivo. Veja uma lista de referências Gama sobre o tema da semana
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Marcos Villas Boas
ISMAEL IVO (1955-2021) foi um fenômeno na dança mundial. O paulistano cofundou o ImpulsTanz, na Áustria, um dos mais importantes festivais de dança contemporânea da Europa, foi o primeiro negro e estrangeiro a dirigir o Teatro Nacional Alemão e ainda chefiou a seção de dança da Bienal de Veneza. Em 2017, voltou ao Brasil para comandar o Balé da Cidade de São Paulo – em 2019, recebeu a Gama no Theatro Municipal e dividiu um pouco de sua história, mostrando fotografias ao lado de gente como a alemã Pina Bausch e a sérvia Marina Abramovic. Em abril, ele faleceu por complicações da covid-19.
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Fundado em 1975, o GRUPO CORPO segue sendo um dos mais proeminentes grupos de dança do país, e “Lecuona”, coreografia de 2004, um de seus trabalhos mais memoráveis. Feito para as canções de amor do músico cubano Ernesto Lecuona – coisa incomum para o grupo, que costuma dançar trilhas originais –, o espetáculo é uma reunião de danças em dupla por “cômodos” compostos por jogos de luzes. Hoje, dá para assistir o espetáculo completo em streaming.
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“É graças a bunda que a gente fica em pé. Então mexer e manter essa parte do corpo com uma funcionalidade e uma mobilidade treinada só traz benefícios”
Taísa Machado, criadora do Afrofunk Rio, em entrevista ao jornal O Globo. O projeto traz uma aula de dança que mistura funk com danças africanas com foco no rebolado.
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Companhia das Letras
Em “Ritmo Louco” (Companhia das Letras, 2018), quinto romance da consagrada escritora inglesa Zadie Smith, duas amigas de infância descendentes de imigrantes na periferia de Londres têm a amizade selada pela PAIXÃO PELA DANÇA, mas acabam seguindo caminhos diferentes. A trama, permeada de várias formas pelo universo musical, explora os desencontros da relação delas entre reflexões sobre raça, gênero e pertencimento.
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Entre as diversas etnias indígenas do Brasil, a dança se relaciona com rituais, festas e cerimônias. Em 2019, o Instituto Socioambiental registrou DANÇA DO POVO KHISÊTJÊ em comemoração aos 20 anos da retomada de seu território tradicional na região do Mato Grosso. Entre as cenas, o vídeo reconta a luta pela demarcação da Terra Indígena Wawi e a resistência dessa comunidade.
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Foto Autumn Sonnichsen
Já existem várias iniciativas que unem YOGA COM DANÇA. A bailarina Camila Ribeiro, do Theatro Municipal de São Paulo, criou o chamado “Yoga Movement”, que mistura movimentos de dança contemporânea com sequências de vinyasa yoga. Quem quiser conhecer pode participar do workshop presencial em São Paulo (SP) no domingo, dia 19/12, no belo espaço da Casa Udjain.
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O rebolado e as COREOGRAFIAS DE AXÉ marcaram gerações no Brasil. “Axé – Canto do Povo de um Lugar” (2017) faz uma linha do tempo nostálgica do gênero que levou o sincretismo cultural da Bahia para o mundo, com participação de todos os seus ícones – Ivete Sangalo, Carlinhos Brown, Daniela Mercury. O documentário reflete também sobre a comercialização do axé, mostrando a transformação dos blocos em negócio, e a futura perda de protagonismo para funk e sertanejo.
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@luisxarte
Na seção “Quem Estamos Seguindo”, da Gama, já figuraram BAILARINOS INCRÍVEIS. Teve o americano Harper Watters, solista da quarta maior companhia de balé dos EUA, que dança de sapatilha e salto alto, a também americana Precious Adams, estrela do English National Ballet que defende que bailarinos negros usem sapatilhas da cor de sua pele, e o carioca Luís Fernando, que venceu barreiras e preconceitos para se tornar um dos mais promissores dançarinos do país.
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Foto William Gomes/Divulgação
A dança conversa de diversas formas com a arte visual contemporânea. No Instituto Inhotim, “Folly”, da artista mineira Valeska Soares, fica instalada em uma estrutura coberta por espelhos. A obra exibe uma PROJEÇÃO COM PESSOAS DANÇANDO no antigo Cassino da Pampulha, em Belo Horizonte, ao som da canção The Look of Love (1967), de Burt Bacharach. Quem assiste se sente parte da cena.
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Nos tempos de distanciamento social, sair para dançar à noite era impraticável. Inspirado nisso, o músico David Byrne realizou em abril o SOCIAL DISTANCE DANCE CLUB, um espetáculo interativo em Nova York nos quais os participantes ficavam em pontos específicos, longe uns dos outros, iluminados por luzes coloridas, enquanto ouviam música e recebiam sugestões de movimentos para dançarem em sincronia. Aqui dá para ter uma ideia de como foi.
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CAPA Saudade de dançar?
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