5
Bloco de notasBloco de notas
Exaustão na maternidade, cansaço como sequela de Covid, Gkay com burnout e dicas para aprender a fazer nada. Veja as referências da equipe Gama
- @gamarevista
- saúde mental
- sociedade
Bloco de notas
Exaustão na maternidade, cansaço como sequela de Covid, Gkay com burnout e dicas para aprender a fazer nada. Veja as referências da equipe Gama
-
Autoexplicativa, da ilustradora Amanda Pinho.
-
“A maternidade é um tema coletivo dos mais urgentes”
Bianca Santana, pesquisadora e colunista da Gama, em texto sobre o cansaço das mulheres negras. Em outra reportagem, falamos da CRISE DAS MÃES NA PANDEMIA, mostrando como o período evidenciou a exaustão vivida por essas mulheres. Também já propusemos uma edição todinha sobre “Como descansar”.
-
Reprodução Fundação Pierre Verger
O franco-brasileiro Pierre Verger (1902-1996) registrou, entre as décadas de 1930 e 1950, PESSOAS DESCANSANDO EM LUGARES PÚBLICOS do Brasil e de países como Peru, Congo, China, Guatemala e México. O fotógrafo mostrou como esses trabalhadores, em sua maioria de atividades braçais, recorrem ao espaço público para os momentos de pausa, fazendo pensar como o tempo – e os direitos – relacionados ao ócio e ao descanso vêm desaparecendo hoje.
-
Estudos mostram que mesmo pacientes recuperados da Covid-19 sofrem com os chamados sintomas persistentes da doença. Infográfico da revista Piauí mostra que pouco mais de um terço dos recuperados agoniza com falta de ar por semanas, 40% têm FADIGA E EXAUSTÃO, 30%, problemas para dormir, e 20%, perda de cabelo. Além disso, de cada cem pessoas que estiveram internadas com o vírus, doze morreram semanas depois de receber alta, por motivos variados. É, de fato, uma doença que deixa marcas.
-
“TRABALHAR CANSA” (2011), disponível no Youtube, dos diretores brasileiros Marco Dutra e Juliana Rojas, cruza as histórias de uma mulher que resolve abrir um pequeno mercado e de seu marido, que perde o emprego. A trama desenvolve a complexidade dos personagens entre as dificuldades financeiras e o cansaço do dia a dia em meio a um mistério que acomete o negócio.
-
Sariana Fernández
É cada vez mais comum o BURNOUT ENTRE CRIADORES DE CONTEÚDO e influenciadores digitais, muito por causa da rotina intensa de trabalho – sem hora pra terminar – e da necessidade constante de postar e interagir lidando com algoritmos de funcionamento obscuro. No ano passado, a influenciadora Gessica Kayane, (a Gkay), com 19 milhões de seguidores, ficou afastada das redes por um tempo por causa da síndrome.
-
A série documental “SOCIEDADE DO CANSAÇO” (2021), disponível na Globoplay, investiga como a cultura atual, movida pelo desempenho e produtividade constantes, atinge a saúde mental e física da população. Os dez episódios abordam temas como consumo, perfeccionismo, trabalho e falta de segurança.
-
© Francis Alÿs
A foto mostra um frame de uma performance do artista belga Francis Alys, em que ele sai pelas ruas da Cidade do México empurrando um gelo até a peça derreter por completo. Com o título “Sometimes Making Something Leads to Nothing” (às vezes fazer algo não leva a nada, em tradução livre), a obra de 1997 também nos faz pensar no propósito das coisas que fazemos. É a imagem que escolhemos para escolher esta #semana_gama, que tem como tema a exaustão dos dias de hoje.
-
Divulgação
Em “Não Aguento Mais Não Aguentar Mais” (HarperCollins, 2021), a jornalista americana Anne Helen Petersen usa dados para mostrar como o contexto político, social e econômico das duas primeiras décadas do milênio moldou as pessoas que entraram no mercado de trabalho nesse período e fez dos “millennials” a GERAÇÃO DO BURNOUT. O livro é sobre os EUA, mas as semelhanças com a situação brasileira são muitas.
-
“Tome cuidado com o vazio de uma vida ocupada demais”
Sócrates, filósofo grego, trouxe essa reflexão há mais de 2 mil anos.
-
Divulgação
Em “How to Do Nothing: Resisting the Attention Economy” (2019) [COMO FAZER NADA: Resistindo à Economia da Atenção”] – sem edição no Brasil, mas disponível em ebook em inglês, a artista e professora da universidade de Stanford Jenny Odell fala sobre como sair da lógica produtivista capitalista e das ferramentas digitais que viciam nossa atenção e cultivar momentos de contemplação e conexão consigo mesmo e com o mundo ao redor. Como ela explica nesta palestra no Google (que vale ouvir), não é um manifesto antitecnologia, mas uma proposta para reconfigurar a vida diante do cansaço e da alienação que podemos estar sentindo.