Medalha olímpica
Concebida em 1896 para os Jogos Olímpicos em Atenas, é considerada uma das mais altas condecorações do esporte mundial
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O que é
Um pedaço de metal de formato circular sustentado por uma fita de tecido que enfeita o pescoço dos melhores atletas do mundo. Com tamanho padrão mínimo de 60 milímetros de diâmetro e 3 milímetros de espessura, o material varia: as de ouro, concedidas aos primeiros colocados dos jogos, são feitas de 92,5% de prata e folheadas em 6 gramas de ouro; as de prata mantém a porcentagem do material na produção, e as de bronze recebem 92,5% de cobre, 0,5% de lata e 2,5% de zinco. O design feito no metal depende do país que sedia os Jogos Olímpicos e muda a cada edição — desde que sejam conservadas as medidas mínimas e as porcentagens de cada material utilizado. As primeiras medalhas olímpicas da história, um pouco menores do que as atuais, estrearam como condecoração nas Olimpíadas de 1896, em Atenas. A frente possuía um desenho de Zeus segurando Nice, a deusa grega da vitória. No verso, a Acrópole de Atenas, uma colina rochosa que abriga edificações importantíssimas, como os templos Partenon e Erecteion. Na edição deste ano dos jogos, em Tóquio, as medalhas olímpicas têm uma novidade: todas foram feitas inteiramente de eletrônicos reciclados. A frente possui o emblema dos Jogos Olímpicos e os cinco anéis característicos. O lado oposto traz novamente a deusa Nice, dessa vez em frente ao Estádio Panatenaico de atletismo, um dos mais antigos do mundo.
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Quem faz
A cada Olimpíada, as medalhas ganham novos criadores e designers. A primogênita, dos jogos de 1896, foram desenhadas pelo escultor francês Jules-Clément Chaplain e produzidas pela Casa da Moeda de Paris, que acabou sendo responsável também pelas condecorações da edição seguinte, de 1900, que aconteceu em Paris. Tal fato deu início à tradição que vigora até hoje, que diz que a cidade-sede das Olimpíadas carrega a responsabilidade de idealizar e produzir as medalhas de bronze, prata e ouro. No entanto, nos jogos inaugurais, os vencedores não recebiam as de ouro, apenas uma de prata e um ramo de oliveira, e os vice-campeões, as de bronze (ou cobre) e um ramo de louro. Foi apenas em 1904, na edição que ocorreu em St. Louis, nos Estados Unidos, que o ouro passou a ser parte do regulamento olímpico. Na mais recente edição dos jogos, em Tóquio, o design das medalhas foi de autoria de Junichi Kawanishi, diretor da Associação de Design do Japão e da Sociedade de Design de Osaka.
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Por que é tão desejada
Reza a lenda que quem a recebe jamais será esquecido pelo tempo. Atletas determinados a conquistá-la, seja na versão de ouro, prata ou bronze, dedicam-se por anos à modalidade esportiva em que competem. Sofrem lesões, enfrentam outras competições, e até lutam contra a própria dor (física e mental) para representar seus países, chegar ao pódio e pendurar o círculo de metal no pescoço. Considerada uma das mais altas condecorações do esporte, a medalha olímpica é motivo de lágrimas, honra e, claro, intensa felicidade.
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Vale?
Valer não é o verbo mais adequado, mas merecer. As medalhas dos Jogos de Tóquio, por exemplo, pesam entre 450g (bronze) e 556g (ouro) — o que, convenhamos, não vai deixar ninguém milionário. Os atletas brasileiros que sobem ao pódio também ganham premiações em dinheiro do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) no valor máximo de R$ 250 mil para o ouro em esportes individuais. Para além do prêmio em dinheiro, no entanto, escrever o nome na história do esporte pode render aos medalhistas, além de reconhecimento, contratos de patrocínio milionários.
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Como comprar
As oficiais, obviamente, não estão à venda. Há, acredite, quem já tenha dito que vendeu sua medalha olímpica. Mas, caso você queira sentir um pouco do gostinho do que é ser campeão olímpico, há no mercado opções de moedas que imitam as medalhas, peças comemorativas ou até mesmo réplicas, com valores que podem chegar a 20 libras (cerca de R$ 142,00)